De acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desempenho do segmento de serviços no segundo trimestre deste ano, em comparação ao primeiro, demonstrou melhoras em Mato Grosso do Sul, com o crescimento da receita nominal de 0,8 p.p. Somente no mês de junho, em relação a maio, esse crescimento foi de 2,9% e para o volume de vendas, de 0,9%.

"Observa-se nesse contexto que o desempenho do segmento de serviços durante o ano de 2018 tem se sobressaído sobre o comércio de bens, tanto nas vendas, quanto na geração de empregos. Dentre os motivos, está o fato de que no momento de instabilidade econômica, tende-se a buscar mais a criatividade, o empreendedorismo e formas de geração de renda, e isso se dá, principalmente, por meio do segmento de serviços", explica a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Dias.

Outro aspecto relevante, segundo a economista, diz respeito aos meses de maio e junho, que foram marcados pelos reflexos da greve dos caminhoneiros. "A greve trouxe consigo, além de reflexões e receios, o desabastecimento de inúmeros produtos e consequentemente a elevação de preços, que explica em partes o aumento da receita nominal. A alteração do comportamento do consumidor também foi presenciada, já que parte significativa da população voltou a estocar, principalmente alimentos", avalia.

Lançada esta tarde (13), na Fecomércio-MS,a Black Friday Fronteira 2018. A sétima edição da Black Friday Fronteira será realizada de 06  a 09 de setembro com mais de 40 empresas confirmadas em Ponta Porã e outras cem em Pedro Juan Caballero, com descontos de 20% a 70% em produtos identificados. Segundo a organização do evento, este ano, hotéis e restaurantes também vão participar de forma mais intensa da ação.

O lançamento contou com a presença de empresários da região de fronteira, do presidente do Sistema Fecomércio-MS, Edison Araújo, do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Porã, Amauri Ozório, do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã (ACEPP), Eduardo Gaúna, e também do vice-presidente da Câmara de Indústria, Comércio, Turismo e Serviço de Pedro Juan Caballero (CICTS), Victor Hugo Barreto. A Fecomércio apoia a realização da Black Friday Fronteira.

Edison Araújo convidou todos para o lançamento da unidade do Sesc e Senac em Ponta Porã, no dia 31 de agosto, atuando nas áreas de esporte e saúde e qualificação, respectivamente.  Edison explicou o apoio da Federação à Black Friday Fronteira diante de sua importância econômica. “Juntos, com esta parceria, queremos fomentar o turismo de compras e lazer de fronteira, beneficiando todas as rotas que chegam a Ponta Porã, bem como as vendas dos dois lados de fronteira, hotelaria, bares, restaurantes e postos de combustíveis”. 

Eduardo Gaúna ressaltou que o evento contribui de forma importante para o desenvolvimento da região. “O apoio da Fecomércio foi muito importante para consolidar a Black Friday Fronteira”, destaca. 

“A Black Friday é uma marca de fronteira e um trabalho forte e sólido”, destacou Victor Hugo, lembrando que do lado paraguaio o número de empresas participantes é 25% maior e que o Guarani valorizado estimula os negócios. O presidente do  Comércio Varejista de Ponta Porã, ressaltou que o número de empresas participantes já representa quase 100% mais que em 2017.    “Acreditamos em um marco de vendas” ,ressaltou Amauri Ozório, lembrando da parceria entre a PM de Ponta Porã e polícia nacional do Paraguai para garantir o reforço da segurança no período.

Edição 2017 – No ano passado, a  Black Friday Fronteira registrou gasto médio de R$ 1.756,94, por pessoa, com público de mais de cem mil pessoas, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa  e Desenvolvimento Fecomércio/MS (IPF/MS) e da Empresa de Consultoria Júnior FIP – MAGSUL. A movimentação econômica foi de 45 milhões de dólares.

Já está sendo comercializado o novo voo direto entre a capital de Mato Grosso do Sul e Foz do Iguaçu (PR), com início da operação marcada para a segunda quinzena do mês de dezembro.

A rota, que liga diretamente os dois principais destinos de ecoturismo do Brasil, é uma reivindicação antiga do trade turístico de Mato Grosso do Sul, pois vai facilitar a entrada de turistas estrangeiros que vêm da cidade paranaense em busca do turismo do Pantanal e Bonito, considerado o melhor destino de ecoturismo do País.

Com saídas diárias às 19h, o voo fará o trecho Campo Grande x Foz do Iguaçu e  Foz do Iguaçu x Campo Grande, com saídas às 8h30.

Portal do Governo de Mato Grosso do Sul

No dia 3 de agosto de 2018 foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1822/2018. Os contribuintes que aderiram ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT), instituído pela Lei nº 13.496, de 2017 e regulamentado pela IN RFB 1.711/2017, terão um prazo para apresentar as informações necessárias à consolidação do parcelamento ou do pagamento à vista com utilização de créditos.

Em relação aos débitos previdenciários, a IN 1822/2018 estabeleceu as regras necessárias à prestação das informações, que deverão ser cumpridas no período de 6 a 31 de agosto de 2018.

A prestação das informações para consolidação dos demais débitos será realizada em etapa posterior. As principais informações a serem prestadas são: o número de prestações, os créditos que serão utilizados para quitar parte da dívida e os débitos que o contribuinte deseja incluir no programa.

A Instrução Normativa RFB nº 1822 pode ser acessada aqui. 

Receita Federal

A comissão organizadora do Black Friday Fronteira marcou a nova data do lançamento em Mato Grosso do Sul: será no dia 13 de agosto, às 14 horas, na sede da Fecomércio MS e contará com a presença do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Porã, Amauri Ozório, do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã (ACEPP ), Eduardo Gaúna, e também do vice-presidente da Câmara de Indústria, Comércio, Turismo e Serviço de Pedro Juan Caballero (CICTS), Victor Hugo Barreto.

A Black Friday Fronteira será realizada entre os dias 06 a 09 de setembro com mais de 60 empresas confirmadas e com novas parcerias em andamento. Segundo a organização do evento, este ano hotéis e restaurantes também vão participar da ação. “Alguns hotéis vão entregar voucher para uma nova estadia; há ainda restaurantes que darão descontos e outros oferecerão a sobremesa. É o esforço em conjunto para promover a campanha”, afirma Carlos Joaquim. As lojas que participam da Black Friday Fronteira poderão ser conhecidas pelo facebook: blackfridayfronteira.

Fomento à economia – Segundo o presidente do Sistema Comércio, Edison Araújo, campanhas em conjunto como a Black Friday Fronteira sempre fomentam a economia na região. “A importância se dá porque segmentos como mercados, restaurantes, hotéis, além das próprias lojas, nas cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, recebem consumidores”. Ele destaca que as duas cidades fronteiriças têm uma dinâmica própria de mercado e que cada uma tem o público do país vizinho. “Nessas promoções, 40% dos paraguaios cruzam a fronteira para fazer as compras no lado brasileiro, principalmente de eletromóveis, roupas e calçados. Índice semelhante de brasileiros que vão até o Paraguai em busca de eletrônicos, perfumes, por exemplo. Quem ganha é o comércio de ambos os países”.

Esta edição da campanha é uma realização da Associação Comercial de Ponta Porã e da Câmara de Indústria, Comércio, Turismo e Serviço de Pedro Juan Caballero, com apoio da Fecomércio-MS, Sindivarejo Ponta Porã e uma realização da HS Comunicação.

Edição 2017 – No ano passado, a  Black Friday Fronteira registrou gasto médio de R$1.756,94, por pessoa, com público de turistas estimado em 100 mil pessoas, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa  e Desenvolvimento Fecomércio/MS (IPF/MS) e da Empresa de Consultoria Júnior FIP – MAGSUL.

Serviço:

Lançamento Black Friday Fronteira

Data: 13 de agosto

Horário: 14 horas

Local: Fecomércio MS – R. Almirante Barroso, 52 – B. Amambai

O setor turístico de Mato Grosso do Sul encerrou o primeiro semestre deste ano com 29.531 pessoas ocupadas, 2% a menos que em igual período de 2017, segundo informações dos Estudo de Empregabilidade do Turismo de Mato Grosso do Sul do IPF-MS, originado de dados desagregados das Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

“O estudo mostra que é preciso recuperar a empregabilidade do turismo de Mato Grosso do Sul de forma mais efetiva, temos alguns momentos melhores alternados com momentos piores durante o ano de 2018”, observa o presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS, Edison Araújo.

Ainda conforme análise, estratégias empresariais podem ser adotadas, com vistas à atração de turistas, mas um aspecto relevante deve ser considerado, com as proximidades das eleições e, dados os reflexos da greve dos caminhoneiros: a confiança na experiência a ser fornecida ao potencial consumidor.
 

De acordo com os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para Campo Grande, verificou-se um crescimento no número de famílias endividadas em 6,4%. Em julho eram 174.271 e em junho 163.783 famílias endividadas.

Além do endividamento, também houve aumentos de 3,19% no número de famílias com contas em atraso e de 8,41% para àquelas que se consideraram inadimplentes. “Embora não necessariamente o endividamento implique na inadimplência, os indicadores do mês de julho trouxeram algumas preocupações, pois com o aumento do endividamento veio também o crescimento das contas em atraso e inadimplência. Por isso, indica-se para este semestre cautela e maior planejamento orçamentário, avalia o presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS, Edison Araújo.

São consideradas dívidas, compras realizadas, utilizando enquanto forma de pagamento: cheques, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros, por exemplo.

Nesse sentido, observa-se que o cartão de crédito (60,9%) continua sendo o vilão do endividamento, seguindo pelos carnês (26,9%) e financiamento da casa (12,8%). Logo, segundo o IPF/MS, algumas dicas aos consumidores podem ser consideradas em meio a esse cenário, tais como:

1-     Desenvolva um planejamento orçamentário, ou seja, escreva todas as receitas e despesas previstas para aquele mês e subsequentes e com isso verifique qual o saldo restante, para que identifique até quanto poderá comprometer da renda com dívidas, compras a vista e poupança;

2-     Faça uma lista de prioridades dos bens ou serviços a serem adquiridos;

3-     Pesquise preços;

4-     Há maior poder de barganha nas negociações a vista;

5-     Já estando inadimplente tente a renegociação da dívida com taxas de juros mais atrativas e parcelamento que caiba no planejamento orçamentário. Compare as modalidades de endividamento. Será que seria mais interessante pagar um empréstimo pessoal ou a dívida atrasada do cartão de crédito?

Para Edison Araújo, essas dicas são fundamentais, porque "quanto menor a quantidade de famílias inadimplentes e com contas em atraso, maior a possibilidade de recuperação do crédito, de tendência de melhoria da confiança empresarial e do próprio consumidor acerca das expectativas sobre a economia”, complementa.

O setor de supermercados registrou crescimento de 2% no primeiro semestre de 2018 na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No mês junho, o setor teve queda de 0,70% ante o mês anterior. Na comparação com junho de 2017 o resultado foi 3,37% maior.

Em valores nominais, as vendas cresceram 5,37% no primeiro semestre. Em junho, apresentaram alta de 0,55% em relação ao mês de maio e, quando comparadas a junho do ano anterior, registraram crescimento de 7,89%, segundo os dados divulgados hoje (31).

Para o superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), Marcio Milan, a paralisação dos caminhoneiros foi o que impactou no resultado de junho. “Já esperávamos uma queda nas vendas em relação ao mês anterior. Algumas pessoas estocaram produtos no final de maio com a preocupação de que a paralisação se estendesse por mais tempo. O setor também sofreu com o desabastecimento de alguns itens, e isso também refletiu no resultado negativo de junho”, explicou Milan.

Milan ressaltou ainda que apesar de o setor ter crescido no primeiro semestre, a entidade preferiu fazer uma revisão das projeções para 2018, por conta da situação econômica do país. “A nossa projeção inicial era de 3,00%. Mas, com a queda na previsão do PIB para o ano e alta da inflação dos últimos 12 meses (4,39%) próxima da meta do governo, reflexo da paralisação dos caminhoneiros, aliados à alta do dólar e a queda na produção industrial, estamos projetando 2,53% para o encerramento de 2018, um resultado ainda bem positivo, na comparação com o fechamento das vendas de 2017, que registrou 1,25%”

Cesta de produtos

O preço da cesta de produtos Abrasmercado, com 35 produtos de grande uso pelo consumidor apresentou alta de 2,70% junho com relação a maio ao passar de R$ 445,25 para R$ 457,27. As principais altas registradas foram nos itens leite longa vida (20,87%), batata (8,30%), frango congelado (8,13%) e queijo muçarela. No sentido contrário aparecem a cebola (-11,59%), creme dental (-2,62%), farinha de mandioca (-2,54%) e tomate (-1,61%).

A única região que registrou queda nos preços da cesta foi a Norte, com -1,59%. a maior variação apareceu na região Sudeste (6,70%). Na região Centro-Oeste o aumento foi de 3,65%, Sul (3,05%) e no Nordeste (2,48%).

Agência Brasil

Um dia voltado para o compartilhamento e a troca de experiências das boas práticas em gestão. Nesta quinta-feira, 02 de agosto, o MS Competitivo realizou o   4º Workshop de Boas Práticas de Gestão. O evento contou com a presença de 170 participantes e foi feito em parceria com o Sebrae MS.

O presidente do MS Competitivo, Edison Araújo – que é também presidente do Sistema Comércio MS e do Sebrae MS – destacou a importância de melhorar a gestão em tempos atuais.  “A presença cada vez maior de pessoas interessadas em melhorar suas práticas nas empresas e instituições, mostra o quanto o assunto é importante e traz resultados e produtividade tanto para clientes quanto para a sociedade”.

O diretor regional do Senac Rio Grande do Sul, José Paulo da Rosa, abriu os trabalhos do dia com a palestra “Como a liderança transformadora e o compliance geram valor”. A instituição participa do Movimento Brasil Competitivo desde 2008 e já conquistou 146 premiações, incluindo etapas locais, estaduais, chegando ao Prêmio Nacional de Qualidade da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), sendo a única instituição de ensino do Brasil a conquistá-lo.

Os participantes ainda assistiram a palestra “Cultura Organizacional – Alavancando a Inovação”, proferida por Jefferson Moreira – Diretor de Operação da Jera Software, reconhecida com o troféu bronze no Prêmio Qualidade da Gestão MS em 2017 e Certificada pelo Google entre as 50 melhores desenvolvedoras de aplicativos para sistema operacional android no mundo. Finalizando a manhã o diretor de expansão da Unigran Net, Thiago Filipe Abreu Silva aborda sobre “Plataforma de Ensino a distância ampliando a universidade para o mundo”.

A discussão sobre Gestão de Riscos foi debatida na mesa temática composta pelo diretor-presidente do MS Competitivo e assessor de gestão do CMO, Walney Ávila e do diretor de gestão e modernização do TCE/MS, Douglas Avedikian. Na última mesa, conduzida pela analista técnica da unidade de auditoria do Sebrae MS, Camila Sousa, teve “Compliance” como tema.

Para o diretor executivo do MS Competitivo, Reginaldo Lima, ações como esta são fundamentais para o progresso do trabalho no estado. “Compartilhando as melhores práticas de organizações, sejam com as empresas ou com as instituições, que se pautam pela excelência, pretendemos fazer essas ações motivarem outras empresas a repensarem e aplicarem suas ações”.

Pela terceira vez seguida, o Banco Central (BC) não alterou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve hoje (1º) a taxa Selic em 6,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Em comunicado, o Copom informou que indicadores recentes mostram que a economia está se recuperando após a greve dos caminhoneiros, mas em ritmo mais lento que o esperado antes da paralisação. Em relação à economia internacional, o Copom ressaltou que, mesmo com certa acomodação recente do mercado, os riscos de elevação dos juros em países avançados e incertezas sobre o comércio global continuam.

Com a decisão de hoje, a Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018.

Em maio, o BC interrompeu uma sequência de quedas da Selic e manteve a taxa em 6,5% ao ano, numa decisão que surpreendeu o mercado financeiro. Na ocasião, o BC alegou que a instabilidade internacional, que se manifestou na valorização do dólar nos últimos meses, influenciou a decisão.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula 4,39% nos 12 meses terminados em junho, abaixo do centro da meta de inflação, que é de 4,5%. O índice, no entanto, foi o maior para meses de junho desde 1995 por causa da greve dos caminhoneiros, que provocou escassez de produtos e alta de preços. O IPCA de julho só será divulgado nos próximos dias.

Segundo a nota do Copom, os dados recentes indicam que o impacto da inflação de junho foi temporário e que o efeito da paralisação dos caminhoneiros sobre os preços deve se diluir nos próximos meses. De acordo com o texto, ao retirar os fatores relacionados à greve, a inflação continua baixa. “As medidas de inflação subjacente ainda seguem em níveis baixos, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária”, destacou o comunicado.

Até 2016, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecia meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Para 2017 e 2018, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto percentual. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano nem ficar abaixo de 3%.

Inflação

No Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerrará 2018 em 4,2%. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano num nível parecido: 4,11%.

Do fim de 2016 ao final de 2017, a inflação começou a diminuir por causa da recessão econômica, da queda do dólar e da supersafra de alimentos. Os índices haviam voltado a cair no início deste ano, afetados pela demora na recuperação da economia, mas voltaram a subir depois da greve dos caminhoneiros, que durou 11 dias e provocou desabastecimento de alguns produtos no mercado.

Crédito mais barato

A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica. No último Relatório de Inflação, divulgado em junho, o BC projetava expansão da economia em 1,6% para este ano, estimativa revista para baixo depois da greve dos caminhoneiros. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de 1,76% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2018.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Agência Brasil Brasília