Intenção de Consumo das Famílias atinge maior índice desde setembro de 2015
Neste mês de janeiro a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) campo-grandenses atingiu 87,3 pontos, de acordo com a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O índice é 6,33% maior que o verificado em dezembro último e comparado a janeiro do ano passado o salto é de 10,23%.
“Foi o maior patamar registrado desde setembro de 2015, ano em que a economia entrou em processo de arrefecimento. O que pudemos verificar é que, embora tenha ocorrido uma melhora geral na percepção da economia, muitos consumidores ainda veem estagnação ou piora da renda, então o processo de retomada é lento”, pondera o presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS (IPF-MS), Edison Araújo.
O índice de consumidores que alegam redução do consumo familiar em relação a igual período do ano passado é de 53,3%.
Confira a pesquisa na íntegra.
IPF-MS e CNC
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Mato Grosso do Sul abriu 6.046 empresas em 2017; melhor resultado dos últimos dois anos
A abertura de empresas em Mato Grosso do Sul teve, em 2017, o melhor resultado dos últimos dois anos. Foram 6.046 unidades constituídas entre janeiro e dezembro do ano passado, sendo 296 a mais que em 2016.
Os números de 2017 e a série histórica desde 2006 são da Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul), órgão vinculado a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
Os números do ano passado também representam a primeira alta após três anos consecutivos de queda na abertura de empresas no Estado. O presidente da Jucems, Augusto César de Castro, explica que apesar de devagar é possível constatar a tendência de recuperação da economia e seus resultados.
Também cresceu em 2017 a quantia de filiais constituídas, foram 1.162 contra 1.132 em 2016 e 1.046 em 2015. “Quando há abertura de novas filiais é sinal de que os empresários estão mais confiantes na economia e por isso decidem expandir. Geralmente são empresas de porte maior, que geram emprego e renda e dinamizam a economia”, afirma Augusto.
O número de empresas extintas cresceu 10% em 2017, passando de 2.670 para 2.937. O presidente da Jucems explica que o aumento desta categoria está ligado a Lei Complementar nº 147/2014, em vigor desde 2015, e que possibilita o empresário extinguir sua empresa já fechada sem ter que quitar dívidas trabalhistas.
Desde que a lei entrou em vigor o número de empresas extintas tem crescido, isso por que muitas pessoas só souberam disso no ano passado e aproveitaram para regularizar a situação. Neste caso a dívida sai do CNPJ e passa para o CPF do empresário”, explica ele sobre o aumento crescente nesta área.
Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro)
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Representantes do turismo de Mato Grosso do Sul apresentam modelo de gestão turística no Chile
Com o objetivo de trocar experiências, conhecer a atuação dos setores público e privado sul-mato-grossenses no turismo e motivar o trabalho interno no destino de San Pedro de Atacama e Alto El Loa, no Chile, o “Programa Territorial Integrado Región de Antofagasta – Turismo del Desierto” convidou a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur-MS), o COMTUR e o Bonito Convention & Visitors Bureau para palestrarem sobre o modelo de gestão de Bonito e o desenvolvimento do setor no estado.
Desde a última sexta-feira (19.01), o diretor-presidente da (Fundtur-MS), Bruno Wendling, o presidente do COMTUR de Bonito, Cícero Peralta, e o presidente do Bonito Convention & Visitors Bureau – Observatório de Turismo de Bonito-MS (OTB), Rodrigo Coinete, estão na região de Antofagasta realizando visitas técnicas e participando de reuniões com representantes de comunidades Atacamenhas, comunidades indígenas locais, empresários do setor turístico e poder público ligados ao turismo de San Pedro de Atacama, da localidade de Lasana. As atividades acontecem até esta terça-feira (23).
Segundo Bruno, o convite para as apalestras e atividades de benchmarking aconteceu após o Adventure Trave World Summit (ATWS), realizado em outubro de 2017 na cidade de Salta, na Argentina. Na ocasião, o diretor-presidente da Fundtur proferiu palestra sobre os impactos do turismo de aventura na economia regional. “O convite se desdobrou por causa de nossa participação como palestrantes no maior evento de ecoturismo do mundo. E, claro, vamos aproveitar a oportunidade para conhecer como eles fazem toda a gestão do turismo lá e também fazer nossa promoção, com os mapas turísticos em espanhol, apresentar nosso novo vídeo institucional do turismo. Vai ser uma boa parceria nas trocas de informações”, avalia.
Para ele o convite é resultado do bom trabalho que vem sendo feito em Mato Grosso do Sul. “Cada um de nós da delegação do estado vai falar sobre um tema. O Coinete fala sobre o Observatório de Bonito, o Peralta fala sobre o sistema de voucher único e eu falo da política pública do turismo adotada pelo Estado e sobre como estamos fazendo as parcerias para a implementação do Observatório de Turismo de MS, que vai nos ajudar no controle de informações de políticas públicas para os municípios. Para nós é uma honra, pois nosso modelo de gestão ser visto como referência pelo setor do Deserto do Atacama, um atrativo conhecido mundialmente, é o reconhecimento de muito trabalho”, ressalta Bruno.
Portal do Governo de Mato Grosso do Sul
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Gás para indústria e comércio já acumula alta de 34%
Ao contrário do setor residencial, que a partir de agora terá reajustes trimestrais, os consumidores industriais e comerciais do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) vão continuar com imprevisibilidade em relação ao preço do combustível e cronograma de revisões.
De junho do ano passado até dezembro, os reajustes médios da Petrobras nesse segmento somaram 34%, segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás).
A sequência dos aumentos abalou o caixa dos consumidores que dependem do combustível para produzir e provocou uma queda de 1,44% no consumo do gás até novembro do ano passado.
A escalada dos preços chega num momento delicado da economia e do setor empresarial, que lentamente se recupera de uma grave recessão.
Para as companhias, o cenário é complicado e sem muitas alternativas. Se de um lado o preço do gás não para de subir, a outra opção seria enfrentar o encarecimento da energia elétrica (combustível que poderia substituir o gás). Mas, apesar disso, algumas empresas estudam mudanças na matriz energética.
No passado, como o preço da eletricidade estava muito alto, alguns estabelecimentos converteram os equipamentos para gás, que era mais vantajoso por causa do preço.
Hoje, no entanto, pegam o caminho inverso. Na empresa de Vicente Silva, dono de uma rede de panificadoras no Vale do Paraíba, 70% da produção era movida a gás e 30%, à energia elétrica.
Com a alta do preço do gás, esse mix está em 50% cada. “Antes era 100% a eletricidade, mas trocamos os equipamentos para gás e agora somos obrigados a rever essa política”, diz Silva.
Mas nem todos tem essa opção. A proprietária da Mister Clean Lavanderia Industrial, Simone Montenegro, diz que a conversão das secadoras para energia elétrica significaria o fechamento do negócio. “Já fizemos essa tentativa, mas é inviável. Não temos saída.” Ela conta que, além de sofrer com os aumentos diretos do GLP, ainda tem de incorporar nos custos o avanço dos preços dos fornecedores pelo mesmo problema.
Atualmente há dois grandes segmentos de GLP. O P-13 é o botijão de 13 quilos vendido sobretudo para o consumidor residencial. O industrial e comercial usam o gás a granel, que são aqueles botijões maiores, fixos e que são abastecidos localmente. Os aumentos mensais ocorreram nos dois segmentos para repassar o preço praticado no mercado internacional.
Subsídio
O presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, critica a política da Petrobrás e acusa a estatal de promover um subsídio cruzado entre o residencial e o industrial/comercial.
Os aumentos promovidos nos últimos meses foram feitos baseados nos preços internacionais.
Para o executivo, o valor do GLP para as empresas está 36% acima da paridade internacional (que considera os custos de fretes e outros componentes). Enquanto isso, o valor do P-13, para o residencial, está 5,2% abaixo da paridade.
A Petrobrás diz que os preços do gás para o consumo residencial obedecem uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que “reconhece como de interesse para a política energética nacional a comercialização” de GLP “a preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos”.
O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbic), Adriano Pires, não condena a política da Petrobrás de acompanhar o preço do mercado internacional, mas ele avalia que é preciso cortar os subsídios nessa área.
“O produto é o mesmo para o residencial e para as empresas, então o preço tem de ser igual.” Pires afirma que não se pode usar combustível para fazer distribuição de renda, uma vez que quem usa GLP pode ser o consumidor pobre ou rico. “Se é para ter subsídio, então que recriem o vale-gás.”
As empresas que dependem do combustível criticam a falta de previsibilidade. Simone Montenegro, da Mister Clean, afirma que seus contratos preveem reajustes anuais com base no IGP-M.
“Ou seja, não conseguirei repassar esses aumentos. No fim do ano, por exemplo, sempre contrato alguém para ajudar nas encomendas; neste ano, tivemos de fazer sozinhos os trabalhos extras.”
Na Metalcoating, empresa que faz revestimentos anticorrosivos de tubos, a situação é ainda pior. Os contratos são de três anos com reajustes indexados à inflação.
“No ano passado, tivemos reajuste de 34%; o combustível representa 28% dos custos de fabricação e soma um aumento de custo direto de 9,6%”, afirma Felipe Marcicano de Goes, gerente industrial da empresa.
O Estado de S. Paulo
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CNH Digital já está disponível em Mato Grosso do Sul
Condutores sul-mato-grossenses podem acessar a versão digital da Carteira Nacional de Habilitação (CNH-e). O serviço funciona por meio de um aplicativo gratuito, que pode ser baixado pelo Play Store e pela App Store.
“Não temos como fugir da tecnologia, que estará presente em tudo, inclusive na CNH. Estamos avançando continuamente e precisamos nos adaptar sempre. Com a CNH Ágil, por exemplo, tivemos facilidades no agendamento de exames”, avalia o presidente do Sindicato dos Despachantes Documentalistas no Estado de Mato Grosso do Sul (Sindesp/MS), Carlos Queiroz.
De acordo com o diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS), Roberto Hashioka, a CNH-e tem o mesmo valor do documento impresso e não implicará em custos para o usuário. “A CNH-e armazena todas as informações da carteira impressa, garantindo a autenticidade do documento. Praticidade, segurança e comodidade para o condutor são algumas das vantagens da versão digital, cujo valor jurídico é o mesmo do documento impresso”, afirma.
O Detran-MS ressalta que a CNH-e só pode ser gerada para quem tem a última versão da CNH impressa, que conta com um QR Code na parte interna. O código está disponível nos documentos de habilitação emitidos a partir de 02 de maio de 2017.
Porém, caso o usuário deseje o documento digital e não possua a última versão da CNH, o mesmo deverá antecipar a renovação ou solicitar uma segunda via, nestes casos específicos é necessário pagar as taxas do órgão.
A versão impressa continuará sendo emitida normalmente, mas o condutor poderá dirigir apenas com a CNH-e. Nesse caso, deverá atentar para o funcionamento de seu smartphone, já que, para efeitos de fiscalização, se o aparelho estiver descarregado, será considerado que a CNH não está sendo portada. O condutor será autuado com base no artigo 232 (conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório), uma infração leve que prevê multa de R$ 88,38, três pontos na CNH e retenção do veículo até a apresentação do documento.
A CNH-e é acessível offline, sem necessidade de conexão wi-fi ou dados móveis habilitados.
Para quem tem a CNH com QR Code
1- Se possuir um assinador digital (*), pode acessar o Portal de Serviços do Denatran e cadastrar os dados.
2- Se não possuir um assinador digital e o e-mail e o telefone celular não estejam atualizados no cadastro da habilitação, o condutor deverá se dirigir a uma Agência do Detran e solicitar a inclusão ou atualização desses dados e depois acessar o Portal de Serviços do Denatran e cadastrar os dados.
3- Após o cadastro ser efetuado no Portal de Serviços do Denatran, ir ao Menu “CNH Digital” e clicar em “Ativação”, para receber um e-mail com o código de validação.
4- Baixar o aplicativo “CNH Digital”. O primeiro acesso será com o código de autenticação/validação, para gerar uma nova senha com quatro dígitos.
Para quem tem a CNH sem QR Code:
1- Caso a CNH tenha sido emitida antes de 02 de maio de 2017, o condutor deverá requerer uma nova via da CNH impressa, com custos, atualizando o número de celular e endereço de e-mail.
2- Acessar o Portal de Serviços do Denatran e cadastrar seus dados.
3- Após o cadastro ser efetuado no Portal de Serviços do Denatran, ir para o “Menu CNH Digital”, em seguida clicar em “Ativação” e irá receber o e-mail com o código de autenticação/validação.
4- Baixar o aplicativo “CNH Digital”. O primeiro acesso será com o código de autenticação/validação e para gerar uma nova senha com quatro dígitos
(*) Assinador digital com validade jurídica, equivalente a assinatura de próprio punho. O certificado para assinatura digital de documentos pode ser adquirido através de uma Autoridade de Certificação (AC) vinculada ao ICP Brasil. Exemplos de ACs vinculadas habilitadas: Secretaria da Receita Federal, Serasa, Certisign, Caixa Econômica, Presidência da República. Não é obrigatório a aquisição de certificado digital apenas para obtenção da CNH-e.
Para melhor entendimento sobre o processo e os recursos da CNH Digital, foi disponibilizado um tutorial visual, com o passo a passo para a ativação e utilização da CNH Digital.
Com informações do Detran-MS
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As principais lições do NRF Retail’s Big Show 2018 para o varejo brasileiro
O avanço tecnológico e a mudança de comportamento do consumidor estão transformando o setor de varejo. Para sobreviver nesse ambiente tão competitivo, as empresas precisam inovar como nunca. É o que disseram curadores e especialistas do Grupo GS& Gouvêa de Souza, que acompanharam as apresentações no NRF Retail´s Big Show 2018, em Nova York.
As tendências foram discutidas também durante a reunião Retail Executive Summit, realizada nesta quarta-feira (17), no Mandarim Oriental Hotel, em Nova York. Confira a seguir os principais pontos destacados pelos especialistas:
Consumidor
“Em um ambiente tão competitivo e complexo como esse que atuamos, essa conexão entre pessoas e marcas é muito importante. […] Quando temos valores semelhantes aos dos nossos clientes, é mais fácil se conectar a eles.” – Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da GS&MALLS
“O consumidor começou a exigir do varejo mais compartilhamento, inovação e conveniência. […] O papel do varejo está tendo de ser repensado para se aproximar mais do consumidor.” -Alexandre van Beeck, sócio diretor da GS&Consult
Tecnologia
“Para os próximos dois anos, não acreditamos que haverá um varejo que não trate direito seus dados, o seu data base, que não alimente o seu algoritmo.” – Jean Paul Rebetez, partner na GS&Consulting
“Em todos os cases, de todas as principais palestras, abordou-se a informação, a tecnologia e os dados. O que mais importa não é se você tem os dados, mas sim como vai usá-los. […] A gente precisa entender que a pirâmide inverteu. As informações existem e a gente precisa saber interpretá-las rapidamente. Precisamos parar de investir dinheiro em mídia sem coletar dados. Todo esse investimento que a gente faz gera mais informação para ser interpretada e usada da melhor maneira para entendemos o que o consumidor está falando, para gerar mais receita.” – Fábio Sayeg, fundador e CEO da ZOLY
Inovação
“Vemos o fim do ponto de venda como a gente conhece. Agora, o PDV começa a ter um comportamento parecido com o site. São lojas que se modificam por períodos, horários, movimento e nos fim de semana. A publicidade também mudou, agora é basicamente feita com influenciadores.” – Jean Paul Rebetez, partner na GS&Consulting
“Inovação é exploração com sucesso de novas ideias. Quando a inovação não tem sucesso, ela é uma invenção. Vimos nos últimos tempos a questão do Google, que chegou e criou esse novo modelo de inovação com seus escritórios, parecia que toda empresa precisaria pensar diferente. A maioria das empresas teve um pouco de dificuldade para adaptar essa inovação. Da noite para o dia, transformar uma empresa de 50 ou 100 anos em um negócio como o Google não é fácil para ninguém. A chance das empresas hoje de pensar fora da caixa é talvez terceirizar por meio das startups.” – Caio Camargo, sócio diretor da GS&UP.
Época
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Maior feira de varejo dos Estados Unidos, a NRF 2018 mostra a segunda revolução digital do varejo
Com o pano de fundo do fechamento recorde de lojas físicas nos Estados Unidos ano passado – 6.700, segundo o instituto de pesquisas Fung Global Retail & Technology – e a sombra cada vez ameaçadora dos concorrentes puramente digitais (leia-se Amazon), a associação do varejo americano realizou entre domingo e terça-feira em Nova York seu evento anual, o Big Show.
O que mais chamou a atenção nesta edição da convenção da National Retail Federation, ou NRF, foi o destaque dado à inovação e às tecnologias de ponta. Quase 50 startups apresentaram suas novidades no Innovation Lab, espaço dedicado às tecnologias de ponta que vem aumentando ano a ano e que durante boa parte do evento estava intransitável. As apresentações focadas no uso de inteligência artificial, realidade aumentada, comércio via celular e robótica também estiveram entre as mais concorridas do evento. A mensagem era clara: o comércio eletrônico, que já tem quase duas décadas, foi apenas o início de uma transformação muito mais profunda – e sem respiro à vista – para varejistas de todo o mundo.
Um dos temas constantes das edições recentes da NRF é a transformação das lojas. Os consumidores nunca souberam tanto sobre os produtos ou serviços que pretendem comprar, seja graças a pesquisas no Google ou às opiniões postadas nas redes sociais. A expectativa sobre a qualidade da informação oferecida pelo lojista é altíssima. Mas isso não quer dizer que o cliente não vá tirar o celular do bolso quando estiver fazendo compras. “Terás de oferecer Wi-Fi, e é bom que seja de excelente qualidade”, disse aos varejistas presentes Hansang Bae, diretor de tecnologia da americana Riverbed. “Não é uma mera expectativa dos clientes, é uma exigência.”
Bae é parte interessada no assunto, afinal a Riverbed vende sistemas para gerenciamento de redes. Mas o fervor quase religioso em relação à importância do consumidor de celular na mão não esteve presente só na advertência inspirada nos dez mandamentos. Com as tecnologias de realidade aumentada, tela do celular tem o potencial de transformar a experiência das compras no varejo tradicional.
A startup britânica Zappar desenvolveu uma espécie de código QR, mais discreto e estilizado, que pode ser aplicado em embalagens. Usando um app especial – ou com a tecnologia da empresa embutida no app do varejista – o cliente aponta a câmera do celular para o código e consegue ver informações adicionais sobre o produto ou conteúdos em três dimensões. “As embalagens são um canal de marketing subexplorado”, diz Caspar Thykier, co-fundador da Zappar. “Além de criar uma experiência de compra nova e mais divertida, a realidade aumentada gera uma nova dimensão de dados.” Thykier menciona uma campanha realizada pela rede americana de lojas de roupas Tilly’s. Os clientes tinham de “capturar” nas lojas o artista Shaun McBride, uma celebridade das redes sociais conhecida como Shonduras, para concorrer a prêmios e descontos. O Pokémon Go chegou ao varejo.
Outro uso da câmera do celular que promete mudar o que se entende por ir às compras é o reconhecimento de imagens. A startup canadense Slyce desenvolveu um protótipo com a rede americana Home Depot, que vende material de construção e eletrodomésticos. Usando o app da Home Depot, o cliente pode tirar a foto de uma conexão de encanamento, por exemplo, e o sistema identifica automaticamente a peça correta. Mais de 200 000 “buscas visuais” são feitas mensalmente pelos clientes da empresa.
A Target, uma das maiores varejistas dos Estados Unidos, anunciou uma parceria com o Pinterest, rede social que desenvolveu uma tecnologia própria de reconhecimento de imagens. E, no ano passado, a Tommy Hilfiger fez um desfile de uma nova coleção. Os presentes que fotografaram os modelos eram levados automaticamente à página de compra das peças. A tecnologia ainda está dando seus primeiros passos, mas a expectativa é que a busca por imagens resolva o problema de descrever em palavras o que se está procurando. “É muito mais fácil simplesmente tirar uma foto”, diz Ted Mann, fundador e CEO da Slyce. A empresa afirma que 90% das buscas retornam o resultado correto.
A FindMine, startup fundada há três anos em Nova York, usa a inteligência artificial para atacar outra questão essencial do varejo de moda: como automatizar o processo de recomendação para que o cliente possa montar um look completo? “Os lookbooks das empresas não mostram nem sequer 10% dos produtos disponíveis”, diz Devon Safran, vice-presidente de vendas da FindMine. “E um grande varejista por receber até 800 novas peças por semana.” O sistema da empresa cataloga imagens e descrições de todos os itens e gera combinações automáticas de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo varejista (uma loja de artigos esportivos, por exemplo, pode criar regras para evitar a sugestão de um shorts do Palmeiras para quem está comprando uma camisa do Corinthians). Safran afirma que a tecnologia gera receitas adicionais de 6%, em média, além de dobrar a duração das visitas dos clientes aos sites e permitir uma exploração mais aprofundada das peças à venda.
A superlotação do espaço dedicado à inovação corresponde aos resultados de uma pesquisa realizada pela Riverbed com 300 executivos de tecnologia de empresas de varejo: 37% deles disseram estar interessados assistentes virtuais; 34% estão considerando usar a realidade aumentada nas lojas; e outros 34% pretendem investir em tecnologias para oferecer uma experiência personalizada para os clientes que vão às lojas físicas. Quase metade dos entrevistados disse que essas tecnologias devem ser implementadas nos próximos três anos. O ritmo de adoção dessas inovações provavelmente não será tão acelerado – mas, como se viu com o comércio eletrônico, a transformação é inevitável.
Exame.com
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Acordo entre Sebrae e BNDES amplia acesso a crédito para micro e pequenos empreendedores
O ano começa com uma boa notícia para as micro e pequenas empresas brasileiras. O Sebrae e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) promovem acordo de cooperação com ações de acesso a financiamento, de garantia de crédito e de orientação empresarial que visa beneficiar até 280 mil empresas de pequeno porte.
O objetivo é ampliar o acesso dos empresários de pequenos negócios aos recursos do BNDES. O acordo foi assinado pelo presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, e pelo diretor do BNDES Ricardo Luiz de Souza Ramos, nesta quarta-feira, 17, na sede do Sebrae Nacional, em Brasília.
“O crédito é o combustível para as micro e pequenas empresas e nossa batalha é desburocratizar o acesso e conseguir melhores taxas de juros para elas”, enfatiza o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Uma das principais ações desse acordo será viabilizar parcerias com as fintechs com vistas a agilizar a concessão de empréstimos com recursos do BNDES.
As concessões de crédito de instituições financeiras públicas e privadas para as empresas de pequeno porte vêm caindo nos últimos quatro anos. Segundo dados do Banco Central, de 2014 a 2017, houve uma redução de 33% para as micro e 29%, para as pequenas empresas.
Com a vigência da Taxa de Longo Prazo (TLP), a diretoria do BNDES aprovou a alteração das Políticas Operacionais que norteiam os financiamentos do Banco. Uma das mudanças mais importantes diz respeito à adoção do critério de classificação dos pequenos negócios em adequação à Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas – isto é, limite máximo de faturamento de até R$ 360 mil por ano para micro e de até R$ 4,8 milhões pequenas empresas. A Lei Crescer sem Medo (LC nº 155/2016), que altera a LC 123/2006 trouxe ainda como mudança o aumento do teto do MEI de R$ 60 mil para R$ 81 mil reais por ano. A tendência é que esses novos parâmetros gerem um efeito positivo no volume de crédito ofertado pelo sistema bancário, que opera as linhas de crédito disponibilizadas pelo BNDES.
O BNDES vem desenvolvendo ações para simplificar, agilizar e ampliar o acesso ao crédito das micro e pequenas empresas. Entre as diversas iniciativas desenvolvidas, destaca-se o lançamento, em junho de 2017, do Canal do Desenvolvedor MPME. Por meio dele, já foram realizadas mais de 25 mil solicitações de financiamento, com efeito multiplicador de mais de 54 mil propostas remetidas aos agentes financeiros repassadores. A maior parte do público que acessa a ferramenta (95%) é formada por micro e pequenas empresários, majoritariamente do setor de comércio e serviços.
"Nos próximos anos estaremos com mais de 50% de empréstimos para as MPMEs e o Canal do Desenvolvedor é o que me habilita a acreditar nisso”, diz Ricardo Luiz de Souza Ramos, diretor do BNDES. "Essa ferramenta dá mais poder ao empreendedor na negociação de melhores condições de financiamento para desenvolver o seu negócio. Além disso, responde à necessidade de modernização do modelo de negócios do BNDES no atendimento às MPEs, com maior rapidez, simplicidade, proximidade e transparência”, afirma. Até agora, mais de 250 operações foram originadas no Canal e representaram R$ 100 milhões em novos negócios com MPEs.
Pesquisa Sebrae – Em 2016, 83% dos pequenos negócios não recorreram a empréstimos bancários, um número quase 10% maior do que em 2015. Os dados constam em pesquisa do Sebrae com 6.886 empreendedores de todo o país. Para 47% dos empresários, a redução nas taxas de juros seria a melhor solução para facilitar a aquisição de financiamentos. A diminuição da burocracia é apontada como sugestão para 27% dos pesquisados.
“O custo do dinheiro, a burocracia e a exigência excessiva de garantias pelos bancos fazem com que os empreendedores busquem outras fontes para financiar seus negócios”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Como alternativa aos bancos, a maioria negocia prazo de pagamento com fornecedores (52%), usa cheque pré-datado (27%) ou especial (20%) e o cartão de crédito empresarial (21%). Mesmo nessas formas de financiamento, entretanto, houve queda no percentual de utilização. Das empresas pesquisadas, 22% não estão utilizando financiamento algum – dez pontos percentuais acima do ano passado – e 15% mantêm empréstimos em bancos.
Cooperação técnica – O plano de trabalho do acordo de cooperação está centrado em quatro eixos principais que deverão ser executados no prazo de dois anos. O eixo sobre concessão de crédito orientado e garantias é o que abarca o maior número de ações: orientação e capacitação para acesso a crédito; concessão de crédito para MPE; oficinas, cursos e seminários; e sistemas garantidores de crédito. O segundo eixo, canais de distribuição de crédito e financiamento, traz como desafio a utilização das fintechs para melhorar o acesso a crédito para esses empresários. A capitalização das micro e pequenas empresas e o relacionamento institucional constituem os dois últimos eixos. Com isso, espera-se que os financiamentos com MPEs cheguem a R$ 6 bilhões nos próximos dois anos.
Em 2017, os dados consolidados do Sebrae para algumas dessas ações foram:
Número de pequenos negócios atendidos em orientação e capacitação para acesso a crédito: 51.743 empresas
Número de seminários de crédito BNDES realizados: 144, com 7.400 participantes
144 mil pequenos negócios avalizados pelo Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), os quais acessaram mais de R$ 3,6 bilhões em financiamentos junto a bancos conveniados.
BNDES e Sebrae
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Tarifa de energia deve permanecer na bandeira verde até março, diz ministro
A tarifa de energia elétrica deve permanecer na bandeira verde (sem custo adicional nas contas) até o fim do primeiro trimestre deste ano, afirmou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Segundo o ministro, o volume de chuvas acima da média no fim do ano contribui para a permanência da tarifa.
O cenário já vinha sendo sinalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que anunciou, no fim de dezembro, que janeiro terá bandeira verde. Coelho Filho disse, durante visita à Usina Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), que as as precipitações têm permitido a recuperação dos reservatórios das principais usinas do país.
“O sistema [elétrico nacional] é interligado, e a gente veio de cinco ou seis anos de chuvas abaixo da média nos maiores reservatórios, mas os resultados de novembro e dezembro e dos primeiros dias de janeiro têm sido muito animadores”, disse o ministro.
Em dezembro, vigorou a bandeira vermelha para o Patamar 1, quando são cobrados R$ 3 a cada 100 kWh. Nos meses de outubro e novembro, vigorou a tarifa vermelha, no Patamar 2, o que implicou a cobrança adicional de R$ 5 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
A justificativa para a cobrança extra deve-se ao acionamento de usinas termelétricas que apresentam custo maior para a produção de energia. De acordo com a Aneel, com a chegada do período chuvoso, houve acréscimo no nível dos reservatórios, diminuindo a necessidade de acionamento das térmicas.
"O acionamento dessa cor indica condições favoráveis de geração hidrelétrica no Sistema Interligado Nacional. Mesmo com a bandeira verde, é importante manter as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício de energia elétrica", disse a Aneel, em nota no fim de dezembro.
Durante a visita a Itaipu, Coelho Filho participou da inauguração oficial do Centro de Inovação em Mobilidade Elétrica (CI-MES) e da assinatura de um acordo de cooperação, entre Itaipu e Ministério do Meio Ambiente, para a implantação do Programa de Mobilidade Sustentável nos Ministérios.
A iniciativa visa atender ao compromisso assumido pelo Brasil na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP-21), realizada em 2015, em Paris, de reduzir as emissões em 37%, para até 2025, e de 43% até 2030.
O programa será coordenado pelo de Minas e Energia e terá suporte técnico de Itaipu. Pelo menos 10 veículos elétricos da binacional serão cedidos para uso nos ministérios. Hoje, apenas o ministério conta com um modelo elétrico de Itaipu. “O meu carro oficial em Brasília é um veículo elétrico de Itaipu”, afirmou o ministro.
Agência Brasil
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Percentual de famílias brasileiras endividadas aumenta em 2017
O estudo “O perfil de endividamento das famílias brasileiras em 2017”, elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que, após três anos consecutivos de queda, houve aumento no percentual de famílias endividadas, alcançando a média anual de 60,8% do total das famílias brasileiras.
“A recuperação, ainda que lenta, da atividade econômica, aliada à redução das taxas de juros, queda da inflação e reversão, ainda que modesta, das taxas de desemprego, ajuda a explicar a maior disponibilidade de crédito para as famílias e consequente endividamento”, explica a economista da CNC Marianne Hanson.
Segundo dados da Confederação, os indicadores de inadimplência também apresentaram alta no período. A parcela de famílias com contas ou dívidas em atraso aumentou 1,2 ponto percentual em comparação a 2016, alcançando 25,4% na média anual. Já o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas em atraso e que, portanto, permaneceram inadimplentes aumentou 1,1 ponto percentual ante 2016, chegando a 10,2% na média de 2017. O patamar mais elevado desse indicador foi registrado no mês de setembro, quando atingiu 10,9%.
Assim como nos anos anteriores, o cartão de crédito foi o tipo de dívida mais citado pelas famílias brasileiras (76,7%) em 2017. Contudo, pela primeira vez desde o início da pesquisa, em 2010, houve redução no percentual de famílias que aponta essa modalidade como o principal compromisso. Em segundo lugar, ficou o carnê, por 15,7% das famílias, e, em terceiro, o crédito pessoal, por 10,3%. Destaca-se a redução do financiamento de veículos, que caiu da terceira para a quarta posição no ranking de modalidades de dívidas em 2017.
“A diminuição dos juros e a recuperação da massa real de salários permitiram uma redução do comprometimento médio mensal da renda. Isso pode ser visto na queda de 30,6% para 30,1% da parcela média da renda mensal comprometida como pagamento de dívidas”, afirma Marianne Hanson. Apesar disso, a pesquisa mostra que a percepção em relação ao endividamento das famílias piorou e uma parcela maior delas relatou estar muito endividada (14,6%) e mais ou menos endividada (22,5%).
O estudo foi elaborado com base na Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional), apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.
CNC
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