Vendas nos supermercados crescem 4,58% em setembro, mostra Abras
Os supermercados brasileiros registraram crescimento real de vendas de 4,58% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, conforme o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O resultado desconta a inflação do período, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
No acumulado do ano até setembro, as vendas reais registram alta de 1,11% ante igual período do ano anterior.
Em termos nominais, sem descontar a inflação, a alta na vendas foi de 7,25% em setembro ante igual mês de 2016. No acumulado do ano, as vendas nominais apresentam alta de 4,84%.
A Abras manteve em 1,5% a expectativa de crescimento de vendas reais para o ano 2017.
Projeções de Natal
Os supermercados esperam um crescimento nominal de 8,34% nas vendas de final de ano em 2017 na comparação com o ano anterior, segundo dados da Pesquisa de Natal da Abras. Em termos reais, descontando-se a inflação, a expectativa é de crescimento de 0,27%.
O ânimo dos supermercadistas este ano está um pouco menor do que em 2016. No ano passado, a expectativa era de alta de 0,67% em termos reais. Considerando-se as vendas sazonais e não sazonais, o mês de dezembro do ano passado terminou registrando aumento real de 2,23% nas vendas.
A avaliação da Abras é que a maioria dos empresários do setor está cauteloso com as vendas de final de ano, embora tenha havido um aumento no número de empresários otimistas.
Em 2017, 54% dos supermercadistas entrevistados na pesquisa projetam estabilidade nas compras junto às indústrias e fornecedores, e 24% estão mais otimistas, e acreditam em vendas superiores em relação a 2016. No ano passado, esse porcentual que acreditava no crescimento de vendas era de 16%.
Assim como no ano passado, as projeções dos supermercados indicam um Natal mais econômico para as famílias brasileiras. A expectativa é de que as vendas sejam maiores em categorias de produtos mais baratos, como frango e cerveja, ao mesmo tempo em que a expectativa é de queda em termos reais nas vendas de itens mais caros, como aves natalinas.
"O momento político e econômico ainda gera incertezas na população, que segue cautelosa em relação ao consumo, priorizando produtos mais baratos e de menor valor agregado. A retomada do crescimento não veio como gostaríamos em 2017", disse em nota o presidente da Abras, João Sanzovo Neto.
Apesar de alguns segmentos de consumo já apresentarem crescimento de vendas mais acelerado no Brasil – caso de bens discricionários como eletroeletrônicos – os supermercados ainda não enxergaram uma recuperação no volume de produtos vendidos. Dados da Nielsen apresentados pela Abras apontam que o setor acumula queda de 5,2% nas vendas em volume no ano até junho.
A avaliação de empresários tem sido que o recuo nos preços de alimentos ainda não foi percebido por consumidores, os quais seguem racionalizando os gastos com alimentação dentro do lar.
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O que empresas tradicionais podem aprender com as startups
Sempre começo minhas palestras contando os motivos que me levaram a trocar um emprego formal, no mercado financeiro, pela aventura de empreender. Sim, falo que é uma aventura, porque os desafios são muitos, o que exige do empreendedor um perfil profissional mais disposto a assumir riscos para propor novas ideias ao mercado.
Cada vez mais empresas tradicionais nos sondam em busca de inspiração. Esse perfil mais ousado, que tenta algo diferente do que já é feito, que testa, é algo que elas ainda não sabem como adotar, mas precisam aprender para inovar em seus segmentos de atuação.
Seleção de talentos
Para manter um negócio inovador, é preciso antes de tudo contar com um time engajado e colaboradores com uma identificação forte com a cultura e clima da empresa. E, acima de tudo, ter pessoas apaixonadas por criar negócios inovadores e com potencial de escalar e dominar o mercado.
Remuneração
É muito importante que todos colaboradores tenham uma participação ativa na empresa, o que é possível oferecendo ao funcionário a possibilidade se tornar acionista da empresa, numa combinação de salário e equity. Isso ajuda a gerar o sentimento de dono e motivar as pessoas a darem o melhor para ver a empresa crescer e serem recompensadas pelos esforços no futuro.
Propósito de negócio
Não é só com equity que se motiva uma equipe. Mostrar para o time o impacto gerado pelo nosso negócio, é o melhor estímulo para que as pessoas se dediquem a dar o melhor de si. Isso pode ser incentivado por meio de projetos de comunicação, usando vídeos, texto ou quadros espalhados pelas paredes do escritório, por exemplo, para contar histórias de sucesso dos usuários do seu produto ou serviço.
Organização dos times
Para continuar crescendo rapidamente e ajudar muito mais profissionais a terem clientes fieis, startups do mundo inteiro, incluindo as que já cresceram muito – como Uber, Netflix e Airbnb, uma estrutura de organização de times chamada Squad. Criada pelo Spotify, esse método propõe a divisão dos times em pequenos grupos com missões bem definidas sobre o produto. No GetNinjas, por exemplo, temos squads de aquisição, experiência do usuário, receita e marketing. Em cada um desses times, há pessoas de tech, produto, design, BI e conteúdo, o que os torna bem completos e independentes.
Outra metodologia bastante adotada por startups, e que ajudou o Google a se estruturar e crescer, é o OKRs (Objectives and Key Results). Criada pelo ex-CEO da Intel, o OKR é uma forma de se definir, medir e reavaliar resultados num curto prazo, 3 meses. Isso garante aos times manter um direcionamento e independência maior na execução dos projetos já pré-definidos e estipulados, o que permite tomar decisões mais rápidas para um crescimento contínuo do negócio.
Clima Organizacional
Outro ponto importante sobre um negócio de sucesso é o bem-estar da equipe. Para isso, o time de Recursos Humanos precisa ser bastante ativo e criativo. Sempre cito nas minhas palestras, as iniciativas lideradas pelo nosso RH, que visam melhorar a comunicação entre os times. Como exemplo, temos o Papo Reto, um encontro mensal com uma conversa informal que ajuda no desenvolvimento e satisfação de toda a empresa.
Outras ações do RH, que também contam com participação e engajamento de todo time são os Embaixadores da Cultura e o Gente Ninja. Os embaixadores são formados por um grupo de cerca de 10 funcionários que se reúnem periodicamente para construir uma cultura empresarial viva e ativa, que ajude a disseminar os propósitos da empresa para todos funcionários. O Gente Ninja é outro grupo que discute sobre tudo que engloba diversidade dentro e fora da empresa.
Com essas ideias de ações, empreendedores novos e também os mais tradicionais podem pensar em como trazer ideias simples e ativas para dentro das organizações a fim de estimular o poder criativo dos times e motivar a produção.
Iniciativas como essa são importantes para levarmos para empresários de todo país propostas inovadoras e de alto impacto social e econômico. Assim, mostrando como startups lideradas pela nova geração estão revolucionando a forma de se gerenciar e como indústrias de segmentos mais tradicionais podem impulsionar seus negócios com iniciativas simples, mas de grande impacto.
Eduardo L'Hotellier – Fundador e CEO do GetNinjas
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Gastos de brasileiros no exterior aumentam 32,6% em setembro
Os gastos de brasileiros no exterior chegaram a US$ 1,716 bilhão, em setembro, e acumularam US$ 14,145 bilhões nos nove meses do ano, informou nesta quinta-feira (26) o Banco Central (BC). Os resultados superaram em 32,6% e em 15,9%, respectivamente, os gastos registrados em iguais períodos de 2016. As despesas mensais foram as maiores para o período desde setembro de 2014, quando ficaram em US$ 2,377 bilhões.
O chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Renato Baldini, explicou que o dólar mais barato que no ano passado estimula as viagens ao exterior. Ele acrescentou que a recuperação da economia ainda é gradual e deve influenciar as viagens ao exterior ao longo do tempo.
“A recuperação da atividade é um fator que justifica o aumento dos gastos com viagens, mas a taxa de câmbio é um fator mais determinante”, disse. Baldini disse ainda que não se espera grandes variações na taxa de câmbio nos próximos meses.
Já as despesas de estrangeiros em viagem no Brasil ficaram em US$ 407 milhões, em setembro, e em US$ 4,360 bilhões de janeiro ao mês passado. Com os gastos de brasileiros no exterior maiores que os de estrangeiros no país, a conta de viagens internacionais ficou negativa em US$ 1,309 bilhão, no mês passado, e em US$ 9,785 bilhões, no acumulado do ano.
Os dados das viagens internacionais fazem parte da conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) das transações correntes. Em setembro, o país registrou superávit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo.
O resultado positivo ficou em US$ 434 milhões. No mesmo mês de 2016, houve déficit de US$ 504 milhões. No acumulado deste ano, as transações correntes registraram saldo negativo de US$ 2,706 bilhões, contra US$ 13,590 bilhões em igual período de 2016.
A conta de serviços costuma registrar saldo negativo. Em setembro, o déficit ficou em US$ 2,879 bilhões e nos nove meses, em US$ 24,335 bilhões. Por outro lado, o superávit comerciale chegou a US$ 4,918 bilhões, no mês passado, e a US$ 51,224 bilhões, de janeiro a setembro.
O balanço das transações é formado também pela conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) que apresentou saldo negativo de US$ 1,995 bilhão, em setembro, e de US$ 31,318 bilhões, no acumulado do ano.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) ficou positiva em US$ 390 milhões, em setembro, e em US$ 1,723 bilhão, no acumulado do ano.
Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir esse déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o investimento direto no país (IDP), porque recursos são aplicados no setor produtivo do país. Em setembro, esses investimentos chegaram a US$ 6,339 bilhões e acumularam US$ 51,758 bilhões, nos nove meses do ano.
Baldini destacou que a tendência é de continuidade do processo de redução do déficit em transações correntes, que deve ficar abaixo da projeção do BC de US$ 16 bilhões deste ano.
Agência Brasil
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Bancos anunciam repasse da queda da Selic às linhas de crédito
Com mais uma redução da Selic pelo Banco Central os bancos anunciaram repasses às taxas praticadas em suas linhas de crédito ao consumidor.
O Itaú Unibanco informou que vai repassar integralmente o corte de 0,75 ponto percentual para linhas de crédito para pessoas físicas e jurídicas. As novas taxas no Itaú Unibanco passam a valer a partir do dia 1º de novembro.
Segundo nota do Itaú Unibanco, haverá redução de juros nos juros do empréstimo pessoal para pessoas físicas. Para micro e pequenas empresas, a redução será nas taxas do capital de giro e cheque especial. Para veículos, o banco já vem reduzindo ao longo do ano a taxa de financiamento, acompanhando o movimento de queda da Selic. As taxas cobradas variam de acordo com o perfil e histórico de relacionamento de cada cliente com o banco.
O Banco do Brasil anunciou novas taxas em linhas de crédito a partir da próxima segunda-feira, dia 30. Haverá redução de 0,2 ponto percentual em linhas do consignado. Também serão reduzidas as taxas de juros nos empréstimos para compra de veículos. Para novos e seminovos a taxa mínima passa para 0,99% ao mês e a máxima para 2,23% ao mês, ante 1,19% e 2,33% ao mês cobrados até então. O Banco do Brasil também reduzirá os juros para quatro linhas da pessoa jurídica, incluindo recebíveis e linhas de desconto de títulos.
Sem entrar em detalhes, o Bradesco também informou que vai repassar o corte da taxa Selic nas principais linhas de crédito de pessoa física e pessoa jurídica. O santander também vai repassar a queda da Selic para as taxas de juros cobradas no cheque especial.
O Globo
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Sefaz cria canal com orientações e informações sobre o Refis
Embora o programa seja do Estado, o governador Reinaldo Azambuja destaca que todos os 79 municípios serão beneficiados, pois 25% do ICMS e 50% do IPVA são destinados às prefeituras municipais.
Para acessar o portal clique: http://www.sefaz.ms.gov.br/refis-2017/
Portal do Governo de MS
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Receita vai bloquear acesso de cem mil empresas ao programa do Simples
A Receita Federal vai bloquear o acesso de 100 mil micro e pequenas empresas ao programa do Simples. A malha fina do Leão identificou que esses contribuintes se valeram de abatimentos irregulares para reduzir o imposto a pagar. Segundo o Fisco, houve discrepâncias em 1,6 milhão de declarações entregues nos últimos cinco anos, o que aponta para uma sonegação em torno de R$ 1 bilhão.
Segundo o subsecretário de Arrecadação da Receita, João Paulo Martins, quando acessarem o programa do Simples, os 100 mil empresários serão informados de que se valeram de descontos indevidos e, por isso, precisam retificar suas declarações e pagar os tributos corretamente. Quem não fizer os ajustes necessários, será excluído do Simples no final do ano.
Martins explicou que micro e pequenas empresas optantes do regime precisam apresentar uma declaração mensal à Receita. Assim, quem não puder acessar o sistema, não conseguirá cumprir com essas obrigações. Hoje, cerca de 7 milhões de companhias estão enquadradas no Simples. Ele pode ser utilizados por empresas com faturamento bruto anual de até R$ 3,6 milhões. Em 2018, esse montante subirá para R$ 4,8 milhões.
Os cruzamentos feitos pela malha fina das pessoas jurídicas mostraram que os contribuintes passaram a marcar campos do programa do Simples que, quando são preenchidos, automaticamente reduzem o imposto a pagar. De acordo com Martins, o Fisco observou que as empresas passaram a utilizar campos como o de imunidade, isenção/redução cesta básica ou lançamento de ofício com mais frequência e sem amparo legal.
— Verificamos até mesmo que escritórios estavam orientando seus clientes a marcarem os campos de imunidades e isenções para tentar sonegar — afirmou o subsecretário.
A regra do Simples prevê, por exemplo, que quando a União, o estado ou município conceder isenção ou redução de PIS/Cofins e ICMS para produtos da cesta básica, as empresas do regime podem se beneficiar deste incentivo caso seja editada uma lei específica para isso. Foi por isso que esse campo passou a fazer parte da declaração do Simples. O problema é que não há em vigor nenhuma lei específica que enquadre as micro e pequenas empresas optantes na isenção de cesta básica. Portanto, nenhum contribuinte poderia ter marcado esse campo.
A Receita já havia vinha trabalhando para ajustar o programa e evitar marcações indevidas. Em junho deste ano, por exemplo, foi publicada uma nova versão do programa do Simples restringindo as hipóteses em que o contribuinte poderia selecionar as opções imunidade, isenção/redução de cesta básica e lançamento de ofício. No caso específico dos incentivos para cesta básica, essa marcação foi excluída justamente porque não há lei que conceda o benefício aos optantes do Simples.
REPRESENTAÇÃO CRIMINAL
Martins também destacou que os 100 mil contribuintes que precisam retificar suas declarações serão observados com lupa pelo Fisco. Assim, se alguém tentar reduzir o valor informado como receita bruta na hora de fazer a retificação para manter o imposto devido mais baixo será autuado.
— Num caso desses nós também vamos fazer representação criminal — adiantou o subsecretário.
A Receita tem feito ofensivas em várias frentes para fechar brechas utilizadas por empresas de menor porte para sonegar impostos no país. Este ano já foram identificadas, por exemplo, irregularidades no pagamento da contribuição previdenciária em 46.483 empresas de pequeno e médio porte. Esse grupo apresentou dados inconsistentes na hora de acertar as contas com o Leão, o que indica uma sonegação de R$ 1,406 bilhão. Diante disso, o Fisco já emitiu um alerta aos contribuintes dando a eles a chance de fazer uma autorregularização antes de serem autuados.
Segundo a subsecretaria de Fiscalização, isso já trouxe resultados. Do total alertado, 8.849 empresas corrigiram suas declarações e recolheram R$ 461 milhões aos cofres públicos. No entanto, ainda existe um universo elevado de companhias que vão passar por auditoria e, com isso, terão que pagar os tributos atrasados, acrescidos de multas e juros. Segundo o Fisco, embora o foco do órgão seja identificar sonegação praticada por grandes empresas, as pequenas e médias têm um índice elevado de irregularidades e, por isso, também estão na mira.
O Globo
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Em MS, mais de 21 mil pessoas ainda podem sacar PIS/Pasep
Mais de R$ 14,324 milhões do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) ainda não foram sacados em Mato Grosso do Sul.
A estimativa foi divulgada nesta semana pelo Ministério do Trabalho. De acordo com o último levantamento, 21,092 mil trabalhadores deixaram de sacar o abono com ano-base 2015 e correm o risco de perder esse recurso.
O volume corresponde a 6,52% do total de participantes. Ainda segundo informações do Ministério do Trabalho, em todo o Estado, são 323,271 mil trabalhadores com direito ao abono.
Deste total, 302,179 mil já sacaram o recurso, o que corresponde a R$ 205,218 milhões liberados, ou uma média de R$ 679,12 por trabalhador.
No Estado, informou o estudo, a taxa de cobertura (93,48%) foi a mais alta da região Centro-Oeste, onde a média foi de 91,72% – dos 1,918 milhão de trabalhadores com direito ao abono na região, 158,764 mil ainda não sacaram o benefício. Na região, são R$ 109,126 milhões disponíveis.
Correio do Estado
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Copom reduz juros básicos para 7,5% ao ano, próximo do menor nível da história
Pela nona vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu nessa quarta-feira (25) a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, de 8,25% ao ano para 7,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.
Com a redução, a Selic iguala-se ao nível de maio de 2013, quando também estava em 7,5% ao ano. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história, e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia.
Em comunicado, o Copom informou que a conjuntura econômica prevê que os juros continuarão abaixo da taxa estrutural (juros necessários para segurar a inflação) por algum tempo. Segundo o BC, somente a aprovação das reformas estruturais poderá garantir a manutenção dos juros em níveis baixos por longo tempo.
Nas últimas quatro reuniões, o Copom reduziu a taxa em 1 ponto percentual. No encontro de hoje, o ritmo de corte caiu para 0,75 ponto. De acordo com o comunicado, a intensidade do corte pode cair ainda mais nas próximas reuniões. “Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária”, destacou o Banco Central.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 0,16% em setembro, próximo da mínima histórica de 0,08% registrada em setembro do ano passado.
Nos 12 meses terminados em setembro, o IPCA acumula 2,54%, a menor taxa em 12 meses desde fevereiro de 1999. Até o ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecia meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Para este ano, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto percentual. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano nem ficar abaixo de 3%.
Inflação
No Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerrará 2017 em 3,2%. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,06%, mesmo com os aumentos recentes nos preços dos combustíveis.
Até agosto do ano passado, o impacto de preços administrados, como a elevação de tarifas públicas; e o de alimentos como feijão e leite contribuiu para a manutenção dos índices de preços em níveis altos. De lá para cá, no entanto, a inflação começou a cair por causa da recessão econômica e da queda do dólar.
Crédito mais barato
A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de 0,73% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2017. A estimativa está em linha com o último Relatório de Inflação, divulgado em setembro, no qual o BC projetava expansão da economia de 0,7% este ano.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.
Agência Brasil
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Monitor do PIB sinaliza crescimento de 0,2% em agosto, segundo a FGV
O Produto Interno Bruto do Brasil (PIB – a soma de todos os bens e serviços produzidos) teve crescimento de 0,2% em agosto, comparado com julho. A informação é do Monitor do PIB, divulgado nesta sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
No trimestre móvel encerrado em agosto, o crescimento foi de 0,6%, em comparação ao trimestre imediatamente anterior, de acordo com a série ajustada sazonalmente. Em ambas as comparações, os resultados apontam para a terceira variação positiva consecutiva do indicador.
Em termos monetários, o PIB acumulado em 2017 até o mês de agosto, em valores correntes, alcançou a cifra aproximada de R$ 4,368 trilhões.
Na avaliação do coordenador do Monitor PIB-FGV, Caludio Considera, em agosto a economia continuou a crescer devido “não só ao bom desempenho da agropecuária, mas também de segmentos que, apesar de ainda continuarem em níveis muito baixos, já começaram a mostrar sinais de melhora”. Segundo o economista, este é o caso da construção civil e o da formação bruta de capital fixo “que são fundamentais para uma recuperação mais consistente da economia a médio e longo prazo”.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o PIB apresentou crescimento de 1,1%, no trimestre móvel encerrado em agosto. Os destaques foram os desempenhos da agropecuária (+12%), da indústria extrativa mineral (+3,5%), da indústria de transformação (+1,9%), do comércio (+3,5%) e dos transportes (+2,9%).
Apesar da tendência ascendente, a construção ainda se encontra em retração (-6%). Já os serviços de informação apresentaram taxas mais negativas desde o trimestre findo em maio de 2017, chegando a 3,6% no trimestre encerado em agosto. Já na com o mesmo mês do ano anterior, o PIB apresentou crescimento de 2% no mês de agosto, o quarto mês positivo consecutivo.
Consumo das famílias
O consumo das famílias apresentou crescimento de 1,8% no trimestre móvel findo em agosto, comparativamente ao mesmo trimestre em 2016; esta é a terceira variação positiva do componente após registrar 28 trimestres móveis consecutivos de queda em relação ao ano anterior, com aceleração do crescimento de todos os segmentos de bens de consumo: o de bens não duráveis cresceu 1,3%, o de semiduráveis, 9%, e o de duráveis, 9,3%. A única taxa negativa foi a de consumo de serviços, que ao fechar em queda de 0,5%, contribuiu com -0,3 ponto percentual para o resultado total do consumo das famílias.
Formação de capital
Embora todos os componentes da formação bruta de capital fixo (FBCF) terem apresentado melhora com relação às taxas divulgadas no trimestre móvel até julho, o indicador fechou o trimestre móvel de junho e agosto com retração de 3%, comparativamente ao mesmo trimestre do ano passado.
O componente de máquinas e equipamentos continua na trajetória de crescimento (+5,1%), contribuindo com 1,8 ponto percentual para a melhora do indicador. Já o componente de construção, apesar de ainda muito negativo (-8,5%), está em trajetória ascendente pelo terceiro mês consecutivo; o mesmo ocorre com o componente de outros que apresentou queda de -4,5% no trimestre móvel até agosto após ter apresentado retração de 6% no 2º trimestre do ano.
A FGV ressalta o fato de que a taxa de investimento (FBCF sobre o PIB) a preços constantes fechou agosto com sinais nítidos de melhora, ao atingir 18,3%. Seu ápice foi em outubro de 2013 (24,3%), mas vinha declinando sistematicamente até o início de 2017.
Crescimento das exportações
Outro avanço significativo e que sinaliza o processo de recuperação da economia diz respeito às exportações, que apresentaram crescimento de 7,3% no trimestre móvel de junho a agosto, comparativamente ao mesmo trimestre de 2016. O destaque positivo se deve aos desempenhos da exportação dos produtos da agropecuária (+20,8%), da indústria extrativa mineral (+27,7%) e da de bens de consumo duráveis (+38,3%).
Por outro lado, a importação apresentou retração de 0,3% na comparação do trimestre móvel com o do ano anterior. “Chama a atenção o desempenho negativo dos produtos agropecuários (-36,9%) e dos bens de capital (-25,6%); e, de destaque positivo, o desempenho dos bens de consumo semiduráveis (+52,1%)”, ressalta a publicação.
Agência Brasil
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MS é o quinto Estado mais competitivo do Brasil pelo segundo ano
Mato Grosso do Sul foi eleito, pelo segundo ano consecutivo, o quinto Estado mais competitivo do Brasil, de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados 2017, um levantamento do CLP (Centro de Liderança Pública), em parceria com a consultoria Tendências e a Economist Intelligence Group. O resultado é motivado, entre outros fatores, pelo reposicionamento de Mato Grosso do Sul nos indicadores sociais e econômicos.
O ranking leva em conta 66 quesitos distribuídos em dez pilares estratégicos, sendo eles Potencial de Mercado, Infraestrutura, Capital Humano, Educação, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Inovação e Sustentabilidade Ambiental. Segundo o estudo do CLP, o índice geral do Estado nos dez pilares é de 62,7, ao passo que a média nacional é de 47,9.
“Em relação a 2016, Mato Grosso do Sul detém em 2017 a mesma posição, o 5º lugar no ranking de competitividade. Fato que não deixa de ser um ponto positivo para o Estado, pelo menos a manutenção de sua competitividade, em um processo lento e gradativo de recuperação da economia, uma vez que em 2015 ocupava o 9º lugar”, aponta a economista do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS), Daniela Dias.
Porém ela lembra que, assim como o Brasil, Mato Grosso do Sul passou por um momento intenso de instabilidade política, que acabou influenciando a economia e, até que ajustes fossem realizados, houve um significativo impacto negativo sobre a solidez fiscal. “Em contrapartida, no que tange ao potencial de mercado, aumentos foram sentidos e posições foram ganhas no crescimento da força de trabalho, tamanho do mercado e, principalmente, na taxa de crescimento.”
Questionada sobre os fatores que contribuíram para a manutenção do bom posicionamento do Estado no ranking, Daniela diz que houve aumento na geração de empregos desde 2002 (de aproximadamente 100%) e de mais de 70% somente entre os estabelecimentos comerciais de bens e serviços. “Além disso, o agronegócio é uma atividade forte da região, que pode se desenvolver ainda mais a partir da agregação de valor. A tecnologia avançou, e com ela a produtividade, mas ainda se trata de um Estado relativamente novo, com muitos potenciais a serem explorados”, afirma a especialista.
O melhor desempenho do Estado foi em 2015 (índice geral de 63,6), quando a crise não havia atingido a sua fase mais aguda. Em 2016, em razão de novas medidas para equilíbrio das contas e recuperação econômica, o índice aumentou para 65,1 e, neste ano, oscilou para 62,7.
O Estado
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