Comércio pode ficar com R$ 4 bilhões dos recursos do PIS/Pasep
Terão direito ao benefício mulheres com mais de 62 anos e homens com mais de 65 anos. Até então, os recursos só eram liberados quando os beneficiários completavam 70 anos.
Os saques serão permitidos a partir de outubro e oito milhões de pessoas serão contempladas. Segundo o Ministério do Planejamento, a maioria dos cotistas receberá cerca de R$ 750, embora o presidente tenha declarado que a média dos pagamentos seria de R$ 1.200 por pessoa.
Voo de galinha
O professor da FGV Ebape, Istvan Kasznar, diz que a medida é bem-vinda por permitir a disponibilidade de recurso da população de baixa renda. A tendência, aponta, é que o destino dos saques seja o pagamento de dívidas de curto prazo e algum consumo.
Ele alerta que o efeito da liberação de R$ 15,9 bilhões em PIS/Pasep é marginal diante do quadro econômico e fiscal. "É uma medida que tem fôlego curto. Não permite mais que um voo de galinha."
Revista PEGN
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Jornada do Consumidor: o desafio de gerenciar a experiência dos clientes
A globalização da informação e a consequente evolução do acesso ao mundo digital trouxe maior poder aos consumidores. Se antes os produtos eram “empurrados” para as pessoas, atualmente compreender as necessidades dos clientes se tornou tarefa indispensável para impulsionar as vendas e ampliar os negócios. E isso significa conhecer detalhadamente o perfil de seu público-alvo e o caminho percorrido pelo mesmo até chegar a seu produto ou serviço. Este trajeto é denominado de Jornada do Consumidor.
Dividida em três etapas (consciência, consideração e decisão), a Jornada do Consumidor se mostra de extrema importância para as empresas, uma vez que por meio dela é possível compreender os hábitos e comportamentos de seus clientes, analisar os pontos fortes e fracos da sua companhia, planejar o conteúdo ideal para seu público-alvo e verificar as melhores estratégias para agarrar novos consumidores e manter os já existentes.
Segundo Yuri Sonoda, CEO da Facemedia, empresa do Grupo GS& Gouvêa de Souza, para determinar como os consumidores interagem com as marcas, como se identificam com os propósitos e como vivenciam suas experiências de compra é fundamental ouvir a voz do consumidor, aprender com ele. “Com mudanças em alta velocidade, as empresas que terão sucesso são aquelas sensíveis às forças disruptivas que continuam a acelerar e estas estão se capacitando para o futuro com uma arquitetura corporativa que tenha agilidade para se manter atualizada e extrair os benefícios do fortalecimento da parceria com os consumidores”, enfatiza Sonoda.
Indicada pela NVIDIA como uma das 8 Top Startups mais disruptivas do varejo global, a Facemedia desenvolve soluções para trazer o analytics do ambiente digital para o mundo real. Com isso, a empresa consegue um mapeamento dos consumidores e de suas reações antes de entrarem na loja, durante o atendimento e quando estão deixando o estabelecimento. “A partir dessas métricas conseguimos gerar vários benefícios aos nossos clientes – os varejistas – impactando na receita, na redução de custos (operacionais, de pessoas e treinamento, por exemplo) e até reduzindo riscos”, aponta Sonoda. “Com equipes de analytics (integrando canais on e offline) e fóruns de tomada de decisão, a Jornada do Consumidor é avaliada com precisão cirúrgica, reconhecendo por exemplo, quem frequenta a loja (gênero, faixa etária), como frequenta (horários, fluxos, áreas quentes da loja), por quanto tempo um consumidor ficou com cada produto na mão, qual o tempo e fluxo na loja, quanto tempo até ser atendido e qual o grau de satisfação com o atendimento”, completa o CEO.
Estimativas do mercado demonstram que 89% dos consumidores abandonam o interesse por uma marca após uma experiência insatisfatória, sendo assim a utilização de ferramentas adequadas por profissionais de marketing com o objetivo de extrair o máximo de informações sobre a Jornada do Consumidor tem se mostrado um verdadeiro coeficiente de sucesso.
A rede varejista Pontofrio, por exemplo, utiliza a plataforma Hootsuite para interagir com usuários que estão em busca de algum produto e entraram em contato com a empresa através das redes sociais. “Essa ferramenta mapeia todos aqueles que nos procuraram diretamente por meio do tagueamento, o que facilita o nosso trabalho de monitoramento para ativar reativamente o canal de vendas do Pontofrio no e-commerce”, informou a assessoria de imprensa da empresa. “Conseguimos através dele inserir palavras-chave para identificar potenciais clientes nas redes sociais que manifestaram indecisão sobre o que comprar, mas que não nos acionaram até o momento. Dessa forma, fazemos o contato proativamente sugerindo algumas opções de acordo com o que o internauta está buscando”, completa.
Os estágios da Jornada do Consumidor
Consciência
No estágio da consciência, a persona nota que possui um problema ou uma necessidade e busca informações para resolver o que precisa. Por exemplo, um dentista percebe que está com problemas respiratórios e vai em busca de informações para solucionar o que precisa.
Consideração
Na etapa seguinte, a consideração, o consumidor já se deparou com algumas opções para resolver seu problema e agora analisa a melhor estratégia para resolvê-lo. O dentista percebe que precisa, além de um descongestionante nasal, realizar reparos em seu sistema de ar-condicionado.
Decisão
Por fim, no estágio da decisão, a persona já escolheu dentre as opções a melhor solução de produto ou serviço para ele. Aqui, o dentista resolveu que utilizará tal marca de congestionante nasal e decidiu qual a melhor empresa para realizar o reparo de seu ar-condicionado.
Portal Varejista
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FGTS injetou mais de R$ 190 bilhões na economia em 2016
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) injetou R$ 190,37 bilhões na economia brasileira em 2016. Desse valor, R$ 108,89 bilhões foram colocados em circulação por meio dos saques feitos pelos trabalhadores e R$ 81,48 bilhões são referentes a financiamentos concedidos com recursos do FGTS . Os resultados foram divulgados nessa terça-feira (22) em reunião do Conselho Curador do FGTS.
A maior parte das operações de crédito realizadas em 2016 foi no setor de habitação, para o qual foram liberados R$ 80,86 bilhões. Em saneamento, foram contratados R$ 226,64 milhões e, em infraestrutura, R$ 386,32 milhões.
No ano passado, o FGTS registrou lucro de R$ 14,55 bilhões, o melhor resultado da sua história.
Novas regras
Na reunião de hoje, o Conselho Curador do FGTS aprovou novas regras para o Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), que empresta dinheiro do Fundo de Garantia para a realização de obras de infraestrutura nas áreas de geração de energia, saneamento, ferrovias, rodovias e portos.
Uma das medidas aprovadas é a criação de um comitê de auditoria, que será formado por três membros: um representante do governo, um dos trabalhadores e um dos empregadores. O grupo terá a função de monitorar as operações do Comitê de Investimentos do FI-FGTS. Também foi reduzido o período dos mandatos dos membros do comitê, que podiam ser reeleitos indefinidamente e agora só poderão ser eleitos por dois anos com possibilidade de reeleição por apenas mais dois.
Agência Brasil
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Governo lança programa para agilizar crédito a micro e pequenas empresas
No momento em que a retomada da atividade econômica é prioridade, o governo lançou hoje, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, o programa BNDES Giro. É para agilizar a concessão de crédito para capital de giro de micro, pequenas e médias empresas.
Com o programa, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) espera acrescentar cerca de R$ 20 bilhões em novos financiamentos a essas empresas até agosto de 2018.
Pelo BNDES Giro, o empresário que solicitar em uma plataforma digital financiamento ao BNDES, por meio de agentes financeiros, saberá já no ato do pedido se está apto a receber os recursos pretendidos.
Se estiver apto, o recurso estará disponível na conta da empresa no prazo de 24 horas, de acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Segundo ele, atualmente, o prazo para esse processo pode chegar a 60 dias.
Redução da taxa de juros
O ministro explicou que houve redução na taxa de juros para a concessão do crédito de 2,1% para 1,5%. No caso da micro e pequena empresa, será a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 1,5%. No caso de médias empresas, será de 50% da TJLP, mais 50% da Selic e mais 1,5%. Os agentes financeiros, que são os bancos, acrescentarão ainda o custo do risco de crédito.
Em discurso na cerimônia, o presidente Michel Temer reafirmou a vocação do BNDES para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. “Quando se volta para as micro, pequenas e médias empresas, estamos pensando no social, tendo como objetivo central o combate ao desemprego”, disse.
Para Temer, essas empresas são as “campeãs do emprego e do desenvolvimento do país” e presença importante no comércio, na indústria e nos serviços. Por isso, a urgência na concessão de crédito para as micro, pequenas e médias empresas.
O ministro do Planejamento disse que o BNDES Giro tem três diretrizes que são o aumento de volume de recursos, redução do custo do dinheiro e a redução do tempo para a liberação do crédito.
O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, destacou que os R$ 20 bilhões a mais para capital de giro que serão disponibilizados pelo programa “parecem pouco, mas é chuva depois de muita seca”.
O programa passa a integrar o novo sistema de aprovação automática de operações do banco, chamado de BNDES Online. A plataforma conecta os processos automatizados dos agentes financeiros aos do BNDES, proporcionando às operações indiretas ganhos de eficiência, celeridade e segurança.
Agência Brasil
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Compras parceladas no cartão viram problema para os negócios
Uma invenção brasileira criada na década de 1990 já é responsável por mais da metade das compras feitas no cartão de crédito. Criado para substituir os cheques pré-datados, o parcelamento no cartão caiu no gosto de clientes e lojistas brasileiros e a operação responde por mais da metade do valor faturado pela indústria de cartões de crédito no Brasil. Pesquisa anual do Banco Central revela que, em 50,7% das compras feitas no último trimestre de 2016, clientes optaram por parcelar em pelo menos duas vezes no cartão.
Do caixa de supermercado ao site da companhia aérea, a opção de dividir a compra supera os pagamentos feitos em uma única vez, ou 49,3% das transações. O parcelamento no cartão é uma operação de crédito oferecida pelo lojista e que é apenas gerida pela instituição financeira. O varejista recebe da operadora conforme o calendário de parcelas dado ao consumidor."Essa operação é uma jabuticaba que nasceu para substituir outra jabuticaba. O parcelamento nasceu como opção ao cheque pré-datado", diz o diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito (Abecs), Ricardo Vieira.
Na época, a economia brasileira tinha menor oferta de crédito e maior informalidade. Diante desse cenário, operações como cheque pré-datado e parcelamento no cartão nasceram como alternativa de financiamento menos complicado. O tempo passou, mas muitos desses problemas ainda dificultam o acesso ao crédito tradicional. Um exemplo está no número 636 da Rua Conselheiro Nébias, no centro de São Paulo. Especializada na revenda de táxis usados, a Rosane Automóveis sempre viu dificuldade em fechar negócio porque alguns taxistas não conseguem comprovar renda para o crédito tradicional. Para contornar a situação, a loja permite até comprar um carro parcelado no cartão.
"Começamos a oferecer essa opção há uns três anos. O objetivo é tentar facilitar a compra para quem não consegue, seja por falta de dinheiro para a entrada ou acesso ao financiamento", diz o gerente da loja Wagner Santos. "Analisamos caso a caso porque o custo da operação é nosso e o cliente precisa ter esse limite, mas é possível parcelar 100% do valor do carro no cartão."
"Nas operações sem juros, o custo desse financiamento acaba sendo do lojista, que precisa administrar esse fluxo de caixa futuro", diz o diretor da Abecs. "Mas o risco de inadimplência da transação é totalmente do banco."Segundo Santos, no cheque e no boleto, o calote médio na loja fica entre 20% e 30%. "No cartão, é zero. O problema é que nem sempre o cliente tem limite disponível."
Pequenas Empresas, Grandes Negócios
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Com aumento do desemprego, cresce número de empreendedores
O aumento do desemprego tem impactado no nascimento de empresas em Mato Grosso do Sul. De acordo com dados do indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, nos cinco primeiros meses do ano, foram registradas 13.389 firmas abertas no Estado. No entanto, segundo levantamento com base nos dados da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems), deste total, pelo menos 10 mil são microempreendedores individuais (MEIs). Por mês, cerca de 2,5 mil novas empresas abriram as portas no Estado, neste ano.
Somente no mês de maio, foram registrados 2.924 nascimentos de empresas, o que corresponde a um aumento de 3,5% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Esse foi o terceiro melhor resultado entre os estados brasileiros, atrás somente do Amapá, com crescimento de 19,2% de um mês para o outro, e Santa Catarina, com alta de 7,6%. A média nacional foi de 0,6%.
Correio do Estado
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4 preocupações do varejo físico na era do e-commerce
Segundo estimativa da Ebit, o e-commerce brasileiro deve crescer até 15% e faturar perto de R$ 50 bilhões em 2017. Mesmo que em uma avaliação do varejo nacional as vendas pela internet estejam longe de representar 10% do total movimentado, é impossível negar que o comércio virtual mudou em definitivo a forma como se compra e vende mercadorias hoje em dia – e vai mudar ainda mais no futuro.
Esta é a avaliação de Claudio Correra, sócio-fundador da MPP Marketing, consultoria de inovação em negócios com 30 anos de experiência. “Nunca foi tão urgente analisar o comportamento do consumidor e investir para que ele tenha uma experiência agradável. Na maior parte dos casos, ele poderia comprar pela internet, então, se decidiu sair de casa, é obrigação da marca garantir que seja inesquecível”, diz o especialista, que enumera quatro preocupações-chave para o varejo físico se manter relevante na era do e-commerce:
1 – Ler o consumidor
2 – Experiência é mais que consumo
3 – Integração entre canais
4 – Tecnologia é só um suporte
Portal Administradores
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Governo fecha novo texto para o Refis e amplia prazo de adesão
Uma modalidade nova a ser oferecida permite ao devedor pagar 24% da dívida integral, sem desconto, em 24 vezes, a partir de outubro. Com isso, 3% da dívida será paga ainda neste ano. O restante poderá ser quitado com créditos de prejuízo fiscal ou outros créditos, como Pis/Cofins ou pelo Reintegra – Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras.
A proposta original prevê uma arrecadação de R$ 13 bilhões. Porém, com as mudanças de Cardoso, aprovadas pela comissão especial encarregada de analisar o tema, a receita estimada cairia para menos de R$ 500 milhões. A intenção de Meirelles é que a arrecadação fique próxima de R$ 10 bilhões.
Fenacon
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INSS começa a pagar 13º dos aposentados e pensionistas a partir de sexta-feira
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começa a pagar a partir da próxima sexta-feira (25) a primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas em todo o país. Os abonos serão depositados junto com os benefícios mensais até o dia 8 de setembro, conforme tabela para o exercício de 2017.
Segundo informações do órgão, serão injetados pelo menos R$ 19,8 bilhões na economia brasileira com os pagamentos aos mais de 29,2 milhões de beneficiários.
Conforme o INSS, não haverá desconto de Imposto de Renda na primeira parcela, apenas na segunda, que deverá ser paga entre novembro e dezembro. O valor a ser recebido corresponde a metade do benefício, exceto para quem começou a recebê-lo a partir de janeiro, quando o cálculo será feito proporcionalmente.
Também recebem uma parcela menor que os 50% os segurados que estão em auxílio-doença, já que se trata de um repasse temporário e tem o cálculo feito de forma diferenciada.
Somente não podem receber o 13º da aposentadoria quem ganha algum benefício assistencial, que por lei não tem direito ao abono. Conforme o INSS, existem cerca de 4,5 milhões de pessoas nessa situação em todo o país.
Campo Grande News
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Pelo terceiro ano seguido, desemprego é a principal causa da inadimplência
Pelo terceiro ano seguido, o desemprego é a principal causa da inadimplência no Brasil, de acordo com levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais. Dos consumidores que têm contas em atraso, mais de um quarto (26%) culpa a perda do emprego, percentual que sobe para 27% quando considerado somente os indivíduos das classes C, D e E.
Em anos anteriores, o desemprego respondia por 33% (2015) e 28% (2016) como principal causa da inadimplência, o que representa estabilidade em relação ao dado deste ano, segundo o SPC. Para a economista-chefe da entidade, Marcela Kawauti, os dados refletem as dificuldades do atual cenário macroeconômico, com perda de dinamismo do mercado de trabalho e renda mais curta.
“Mesmo com a economia começando a esboçar um processo de recuperação, o brasileiro ainda não sente no bolso os efeitos práticos desse processo de melhora gradual. Apesar de inflação e juros mais baixos, a atividade econômica ainda não ganhou tração. O desemprego continua elevado e a renda do brasileiro segue deprimida”, disse.
Outros motivos que levaram os brasileiros à situação de inadimplência são a diminuição da renda (14%) , falta de controle financeiro (11%) e o empréstimo de nome a terceiros (5%) .
O levantamento da inadimplência no Brasil mostrou que as mulheres são maioria entre os devedores entrevistados: 56% contra 44% dos homens. Quanto à faixa etária, a concentração é mais elevada entre os adultos de 25 a 49 anos, que juntos representam 65% da amostra. Nove em cada dez (93%) inadimplentes entrevistados são das classes C, D e E, e 7% pertencem às classes A e B. A pesquisa revelou também que 75% dos inadimplentes têm, no máximo, o segundo grau completo.
Pagamento da dívida
Entre os consumidores com contas em atraso, 48% não têm condições financeiras de pagar nem ao menos uma parte da dívida nos próximos três meses. O cenário é similar ao do segundo semestre do ano passado, quando o índice ficou em 46% . De acordo com o estudo, o valor médio do total das dívidas do brasileiro é de quase R$ 2.980, mas 43% não sabem ao certo o quanto devem.
Apenas 20% das pessoas acreditam que vão pagar a dívida integralmente nos próximos três meses e 26% pretendem pagar ao menos parte do que devem.
A renegociação é a principal estratégia para o pagamento da dívida, com 42% de citações. Outros meios devem ser a geração de renda extra por meio de atividades precárias – os chamados bicos (23%) –, cortes no orçamento (22%) , recebimento de dívidas de terceiros (14%) , utilização de recursos dos saques das contas do FGTS (13%) ou uso do décimo terceiro salário (13%) .
Cortes no orçamento
Entre os inadimplentes que vão fazer cortes no orçamento e economizar para pagar as dívidas (22%) , a maior parte deixará de comprar roupas e calçados (44%) . Para 51%, a maior dificuldade para quitar a dívida em atraso é o fato de o valor total da pendência superar em muitas vezes a renda. Há ainda 26% de entrevistados que enfrentam dificuldades para economizar em despesas básicas e 16% que resistem em economizar com itens supérfluos, abandonando velhos hábitos de consumo.
Segundo o educador financeiro José Vignoli, é importante fazer uma reflexão sobre o que originou a dívida e manter o foco na resolução do problema. “Relutar em eliminar despesas e em alterar o padrão de consumo são alguns dos erros mais comuns para quem precisa ‘sair do vermelho’. A primeira atitude para organizar as finanças pessoais é reconhecer a necessidade de mudar hábitos que colocam o bolso em risco”, disse.
Prioridades
Os compromissos que os inadimplentes mais pagam em dia são aqueles considerados básicos, como plano de saúde (93% dos que têm esse compromisso), condomínio (89%) , aluguel (84%) , internet e TV por assinatura (83%) e conta de água e luz (80%) .
“A iminência de corte de serviços de primeira necessidade quando há atraso no pagamento pode ser um motivo para que essas contas tenham menor percentual de atraso em relação às dívidas bancárias. Como a pessoa não tem recursos para pagar tudo de uma vez, acaba elegendo prioridades como o aluguel e o plano de saúde, por exemplo”, disse a economista Marcela Kawauti.
O SPC apontou que as dívidas que mais estão em atraso, mesmo sem ter gerado o nome sujo, são aquelas ligadas ao crédito de instituições financeiras ou ao comércio, cuja incidência de juros é maior, como cartão de loja (84% entre os que têm essa conta), empréstimo em banco ou financeira (74%) , cartão de crédito (74%) , cheque especial (72%) e crediário (67%) .
Querer aproveitar uma promoção levou quase um terço dos consumidores à inadimplência. Levando em consideração os devedores que admitiram o descontrole financeiro ou acesso ao crédito fácil como causa da inadimplência, 32% afirmou que quis aproveitar uma promoção e acabou fazendo uma compra sem avaliar o próprio orçamento – percentual que cresce para 46% entre pessoas de 18 a 34 anos.
Controle das contas
Entre os entrevistados que alegaram descontrole nas compras e falta de planejamento, 53% tentaram mudar algo em sua atitude para resolver esses problemas, como anotar as despesas e gastos (27%) , diminuir as saídas com amigos gastadores (18%) e até evitar sair com o cartão de crédito na carteira (16%) . O restante (47%) admitiu não ter mudado qualquer conduta, principalmente por acreditar que a dívida não é um grande problema para o seu dia a dia (20%) ou que a situação não os incomoda (11%) .
Após contrair a dívida, a maioria (82%) desses inadimplentes reconhece não ter procurado ajuda para frear os próprios impulsos, principalmente por acreditarem que conseguem resolver sozinhos essa situação (48%) . Somente 18% procuraram algum tipo de auxílio para colocar as contas em ordem.
Agência Brasil
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