Oficinas de micro empreendedores superam crise e crescem 11,5%
Dados do Simples Nacional (Sinac) mostram que o número de oficinas mecânicas mantidas por micro e pequenos empresários em todo o Brasil cresceu 11,5% em relação ao ano passado, mesmo com a crise econômica.
São 355 mil serviços automotivos de micro e pequeno porte neste ano, contra 317.691 no ano passado. Os recursos movimentados chegaram a R$ 66,4 bilhões, em 2016, conforme a Associação de Entidades Oficiais de Reparação de Veículos do Brasil (Sindirepa).
O coordenador do segmento de Transporte, Logística e Mobilidade do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional), Frederico Lopes Cabaleiro, disse hoje (30) que o crescimento do setor se deve à decisão dos consumidores que, diante da crise, adiaram a compra do carro novo e passaram a procurar mais as oficinas para tentar aumentar a vida útil dos seus veículos usados. “O crescimento do consumo no setor acaba aumentando o número de micro e pequenas empresas que atuam no ramo (de oficinas)”, disse Cabaleiro à Agência Brasil.
Segundo Cabeleiro, a reposição automotiva, que é a venda de peças, e as oficinas mecânicas e de reparação, vêm na contramão da crise que afetou o setor automotivo. Já o comércio de varejo de automóveis sob consignação e novos de micro e pequenas empresas caiu 4,36% entre 2016 e 2017, passando de 3.176 empresas para 3.028, de acordo com o Simples Nacional.
Empreendedorismo
Abrir uma oficina de venda de peças e de reparo de automóveis é uma saída, no momento atual, para quem quer empreender, afirmou o coordenador. Um dos primeiros requisitos é a habilidade técnica. “Competência técnica é muito importante para empreender. Mas também tem que ter habilidades empreendedoras”, disse, destacando que o Sebrae oferece muitas soluções para esse público, porque os mecânicos não têm, em geral, formação universitária.
“O Sebrae configura uma oportunidade de suprir a falta de conhecimento empresarial, de direção, afirmou”. Na sua opinião, “quem quer empreender, além da habilidade técnica, tem que ter conhecimento gerencial, buscar novas soluções e buscar inovar, em especial quem já tem sua oficina mecânica”, disse Cabaleiro. Uma das ideias de negócios do Sebrae para quem quer empreender é o manual explicativo voltado para os empreendedores.
O Sebrae disponibiliza também a cartilha Minha Empresa Sustentável, mais voltada para quem já tem uma empresa. “Uma empresa sustentável, além de reduzir custos para o empreendedor, vai ao encontro dos anseios dos consumidores”, observou.
Cabaleiro disse acreditar que a tendência é que as pessoas prolonguem cada vez mais o uso do carro usado e, neste cenário, as oficinas mecânicas devem se expandir ainda mais.
Exemplos
Francisco Severiano Alves abriu sua oficina mecânica em 1994. Ele tinha experiência na área, mas não conhecia estratégias de gestão de negócios. Começou a fazer cursos no Sebrae em 2002 e, em 2010, acabou ganhando o Prêmio Competitividade para Micro e Pequenas Empresas (MPE), categoria Modelo de Excelência e Gestão no segmento comércio, no estado de São Paulo. “Procurei fazer a gestão da empresa”, disse Alves.
Outro que viu seu negócio prosperar foi Kleybson César Braz de Lucena. Ele começou sua oficina em 2005, com dois funcionários, e hoje emprega 22 pessoas e tem faturamento de R$ 350 mil mensais, contra R$ 30 mil/mês, em 2005. Segundo Lucena, as dificuldades foram superadas com perseverança e a consultoria e treinamentos do Sebrae.
Agência Brasil
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Transporte aéreo cresce nos últimos seis anos, mas tendência é de reversão
O transporte interestadual rodoviário perdeu passageiros, enquanto o transporte aéreo ganhou viajantes nos últimos seis anos. Entre 2010 e 2016, a quantidade de passageiros rodoviários nas rotas interestaduais recuou 27,1%, de 59 milhões para 43 milhões de pessoas. Paralelamente, o número de passageiros que usaram o transporte aéreo cresceu 25,8%, de 66 milhões em 2010 para 83 milhões em 2016. No entanto, a tendência é de reversão, segundo dados do Anuário Estatístico de Transportes.
Lançado pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal de pesquisas no setor, e pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, o documento traz informações sobre os sistemas de transporte em geral no país, com o intuito de ajudar na formulação de políticas públicas e na tomada de decisões sobre o setor.
O anuário aponta uma expansão do uso do transporte aéreo no período não só para as rotas nacionais. Entre 2010 e 2016 o número de passageiros pagos transportados em voos internacionais subiu de 15,4 milhões para 20,8 milhões, um incremento de 34,1%.
Rodoviária Novo RioArquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil
A quantidade de voos internacionais à escolha no mercado também aumentou no período, de 117,5 mil para 134,3 mil, com 14,3% mais opções em 2016 do que em 2010. Já a quantidade de voos domésticos caiu, apesar do aumento da quantidade de passageiros. Eram 844,7 mil rotas em 2010 contra 827,8 mil em 2016, ou seja, uma redução de 2%.
Reversão
O levantamento traz outros dados que sinalizam um arrefecimento da demanda pelo transporte aéreo. A taxa de ocupação de voos domésticos cresceu 12 pontos percentuais entre 2010 a 2014, passando de 68% para 80%. Nos últimos três anos, no entanto, permaneceu estável nesse patamar. Já a ocupação dos voos internacionais subiu de forma menos intensa e registrou algumas quedas no período entre 2010 a 2016. No ano passado, estava em 84%.
A quantidade de aeronaves registradas no país também caiu recentemente. Houve alta de 4,7% nos registros entre 2010 e 2016, mas recuo de 9,1% entre 2015 e 2016.
“O setor aéreo passa por um momento de reestruturação. A diminuição da frota de aeronaves registradas é consequência da recessão econômica, que esfriou a demanda por passagens aéreas e reverteu a trajetória de crescimento do setor. A aviação viveu um momento de ascensão da oferta entre 2003 e 2012. A partir de 2013, começaram a aparecer sinais de que esse ciclo tinha se esgotado”, afirma o diretor-presidente da EPL, José Carlos Medaglia Filho.
O presidente do Instituto de Segurança do Trânsito (IST), David Duarte, também credita a queda no transporte rodoviário e expansão do transporte aéreo a reflexos do período pré-crise econômica. “O que aconteceu com as viagens aéreas é que, considerando o período todo, houve um incremento, as pessoas utilizando o transporte aéreo para as viagens mais longas. Mas, mais recentemente, essas viagens diminuíram”, ressalta.
Tipos de veículos
O anuário revela também que o veículo mais presente nas vias do Brasil é o carro. Em 2016 havia 51,3 milhões de unidades circulando, o equivalente a 56,2% da frota terrestre do país. Por outro lado, as motocicletas, apesar de ocuparem o segundo lugar na frota, com 24,9 milhões de unidades – 27,9% do total – cresceram mais que os automóveis. Enquanto a frota de veículos de passeio aumentou 37,9% no período, a de motocicletas teve um incremento de 52,1% no período analisado.
Os carros de passeio são maioria da frota brasileira de veículos Arquivo/Agência Brasil
O governo avalia, na pesquisa, que “o crescimento da frota desde 2010 foi impulsionado por políticas de incentivo à indústria automobilística, com a concessão de crédito e isenções tributárias”. Segundo o documento, observa-se um movimento de desaceleração a partir de 2014. Entre os incentivos concedidos ao setor automobilístico nos últimos anos estava a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros, que terminou em 2015.
Para David Duarte, do IST, a crise econômica impactou na aquisição de carros e nas viagens terrestres dos brasileiros.“Se a gente pegar, por exemplo, nas rodovias com pedágio, a quantidade de veículos que passam por ali reduziu sensivelmente” afirma.
Segundo o Anuário Estatístico do Transporte, além de carros e motocicletas, em 2016 a frota terrestre do país era composta por utilitários (11,7%), caminhões (3,6%) e ônibus (1,1%).
Agência Brasil
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MEI poderá parcelar débitos a partir do dia 3 de julho
Os Microempreendedores Individuais (MEI) que possuem boletos mensais em aberto, até maio deste ano, poderão parcelar os débitos em até 120 meses a partir do próximo dia 3 de julho. Essa é a primeira vez que esse segmento empresarial poderá pagar os impostos devidos em parcelas. Cada prestação deve ter valor mínimo de R$ 50. O prazo para aderir ao programa de renegociação das dívidas é de 90 dias.
De acordo com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, 60% dos microempreendedores individuais possuem boletos atrasados. “É sempre preocupante a inadimplência, principalmente diante de um programa de redução da informalidade com valores reduzidos. O maior prejudicado com a falta de pagamento da contribuição mensal é o próprio MEI, por isso nos empenhamos para conseguir junto à Receita Federal esse parcelamento”.
Afif destaca que quem parcelar seus débitos poderá reaver os direitos previdenciários como aposentadoria, auxílio-doença ou licença-maternidade, além de participar de licitações com os governos Federal, estaduais e municipais.
A solicitação de adesão será feita por meio do site da Receita Federal. Para solicitar o parcelamento, o MEI deve apresentar a Declaração Anual Simplificada para o Microempreendedor Individual (DASN-Simei) relativa aos respectivos períodos de apuração. O valor de cada parcela mensal será acrescido de juros da taxa Selic mais 1%, relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado.
Desde que foi criado, em julho de 2009, mais de sete milhões de pessoas se formalizaram como MEI. O número de empreendimentos desse porte já superou o número de micro e pequenas empresas, que corresponde a cinco milhões em todo o Brasil. Trabalhadores autônomos, como cabeleireiros, pedreiros, entre outros, que estavam na irregularidade agora possuem um CNPJ e direito a benefícios previdenciários como aposentadoria e licença-maternidade.
Sebrae MS
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Saques nas contas inativas do FGTS já injetaram R$ 7,2 bilhões no varejo
Levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que os recursos provenientes das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) provocaram, em março e abril, um impacto positivo de R$ 7,2 bilhões nas vendas do comércio varejista brasileiro. No acumulado do bimestre, esse valor corresponde a 43% do montante sacado (R$ 16,6 bilhões, segundo a Caixa Econômica Federal) e a 6,2% das vendas nos segmentos positivamente impactados. Somente no mês de abril, quando foram autorizados os saques para os beneficiários nascidos entre março e maio, R$ 11,1 bilhões foram sacados, correspondendo a mais do que o dobro dos R$ 5,5 bilhões retirados em março e elevando em R$ 4,56 bilhões o faturamento do varejo.
Dentre os sete segmentos do varejo que foram impactados positivamente pelos recursos do FGTS no bimestre, três respondem por 80% deste resultado: vestuário e calçados (R$ 2,9 bilhões), hiper e supermercados (R$ 2 bilhões) e móveis e eletrodomésticos (R$ 802,5 milhões).
“Apesar de os recursos oriundos das contas inativas do FGTS estarem cumprindo papel relevante na reativação do consumo no Brasil, a recuperação parcial do varejo ao longo do ano se insere em um quadro mais amplo de desaceleração dos preços e melhoria nas condições de crédito”, afirma Fabio Bentes, economista da CNC. Ele ressalta, no entanto, que a consolidação do setor como um todo depende do crescimento geral da atividade econômica e seus reflexos positivos sobre as condições do mercado de trabalho.
Comparação por período
Com alta de 11,6% e 10,7% em relação a março e abril do ano passado, respectivamente, o ramo de vestuário e calçados segue como o mais impactado positivamente, registrando aumentos expressivos no comparativo anual. Esse ritmo de vendas não era percebido por esse ramo do varejo desde os primeiros meses de 2010 (+11,9%).
Nos hiper e supermercados, a alta de 3,5% em relação a abril de 2016 foi a maior nesse tipo de comparação para os últimos três anos. Já as vendas no ramo de móveis e eletrodomésticos, que haviam se destacado no mês de março, mantiveram-se estáveis (-0,1%), o que não impediu que esse segmento apurasse, no bimestre analisado, seu melhor resultado em três anos.
No bimestre março-abril de 2017, seis dos dez ramos do varejo ainda registraram quedas nos volumes de vendas em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora o cenário corrente do setor ainda seja predominantemente negativo, observou-se nesse período o menor grau de disseminação de quedas desde o bimestre entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015.
Menor variação dos preços dos bens de consumo
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os preços médios dos bens de consumo duráveis registraram oito quedas mensais nos últimos nove meses encerrados em maio. Nos últimos 12 meses, esse grupo de produtos acumulou variação de preços negativa (-1,4%). Já os produtos semiduráveis, caracterizados por um predomínio de itens de vestuário, acumularam variação de 2,7% nos últimos 12 meses, percentual significativamente abaixo daquele observado em maio de 2016 (+6,2%). Na média, o IPCA apurou alta de 3,9 % no período.
Empréstimos e financiamentos mais baratos
De forma complementar à evolução mais favorável dos preços, o recuo no valor médio das prestações de empréstimos e financiamentos contraídos pelos consumidores tem contribuído para a reação das vendas em segmentos que dependem das condições de crédito.
Cálculos da CNC mostram que, considerando-se a taxa e os prazos médios vigentes nas operações com recursos destinados às pessoas físicas, o valor médio dos empréstimos e financiamentos teve recuo real de 8,4% nos últimos 12 meses. Segundo dados do Banco Central, no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em abril de 2017, a concessão de crédito com recursos livres às pessoas físicas apresentou avanço de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior – maior taxa em um ano e meio.
O estudo da CNC baseia-se no comportamento das vendas e dos preços no varejo medidos através da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), em indicadores do mercado de trabalho disponibilizados mensalmente através do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), além do comportamento da concessão de crédito ao consumidor divulgado mensalmente pelo Banco Central.
CNC
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Pelo segundo mês consecutivo, intenção de consumo das famílias reage
O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Campo Grande apontou uma ligeira reação em junho, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
De acordo com o levantamento, em junho o ICF foi de 82,7 pontos, um aumento de 3,41% em relação ao mês anterior ( 76,9 pontos). O aumento é ainda maior quando comparado com junho do ano passado, que foi de 68,6 pontos (20,83%).
“De uma certa forma, o primeiro semestre deste ano foi ligeiramente melhor do que o do ano passado”, explica o presidente do Sistema Fecomércio MS, Edison Araújo.
A intenção de consumo das famílias está melhorando aos poucos, afirma a economista do IPF, Daniela Dias. “Os índices que compõem esse indicador estão reagindo: os consumidores estão pagando dívidas, alguns comprando bens duráveis, e os comerciantes estão com promoções. Acreditamos que a liberação do FGTS pode te impulsionado momentaneamente nossa economia, mesmo com o indicador de emprego atual instável.”
Sobre o ICF – A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador que tem a capacidade de medir, com a maior precisão, a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a sua capacidade de consumo, atual e de curto prazo, nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro.
Trata-se de um indicador antecedente do consumo, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, tornando-o uma ferramenta poderosa para a própria política econômica, para as atividades produtivas, para consultorias e instituições financeiras.
CNC – ICF
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Demanda por crédito das empresas cai 5,4% em maio
A demanda por crédito pelas empresas apresentou queda de 5,4% em maio deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a abril, a demanda por crédito subiu 2,3%. No acumulado do ano, a demanda das empresas por crédito teve queda de 3,2% em relação mesmo período do ano passado, segundo o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a procura por crédito por parte das empresas ainda segue bastante deprimida, apesar de a economia demonstrar alguns sinais de saída da recessão. O agravamento da crise política a partir da segunda quinzena de maio pode ter também impactado negativamente o apetite por crédito por parte das empresas.
A análise por porte das empresas mostrou que entre as micro e pequenas a queda em maio foi de 5,2%, comparada a maio do ano passado. Já a demanda por crédito das médias empresas caiu 8,6% e, das grandes empresas, 8,7%. No acumulado de janeiro a maio deste ano, a demanda por crédito das micro e pequenas empresas recuou 2,9% em relação aos primeiros cinco meses do ano passado. Nas médias empresas esta queda foi de 9,3% e, nas grandes empresas, o recuo em relação aos primeiros cinco meses do ano passado foi de 9,0%.
A maior queda de procura empresarial por crédito em maio de 2017 ante maio de 2016 foi de 9,5% nas empresas do setor industrial. Nas empresas comerciais, o recuo foi de 9,1%, e nas empresas de serviços a queda foi de 0,6%. Nos primeiros cinco meses deste ano, a demanda das empresas por crédito caiu 6,3% na indústria, 5,3% no comércio e 0,3% nas empresas de serviços em relação ao acumulado de janeiro a maio do ano passado.
No acumulado dos primeiros cinco meses deste ano, todas as regiões tiveram recuos na demanda das empresas por crédito em comparação ao período de janeiro a maio do ano passado: Centro-Oeste (-4,1%); Norte (-4,1%), Sul (-4,3%), Nordeste (-5,6%), Sudeste (-1,4%).
Agência Brasil
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Prazo para contribuir na elaboração do plano municipal de turismo vai até domingo
Quem quiser contribuir com a elaboração do Plano Municipal de Turismo pode enviar suas contribuições até o próximo domingo, dia 25 de junho. Para isso, a secretaria disponibilizou na internet um site no endereço eletrônico www.capital.ms.gov.br/sectur/canais/plano-municipal-de-turismo/ para interessados colaborarem com o projeto.
O Plano Municipal de Turismo é um documento que irá orientar as políticas públicas para o segmento, bem como a aplicação de recursos para o município nos próximos anos. A elaboração do plano começou a ser executada pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur).
A fim de que o plano seja o principal norteador para as tomadas de decisões e projetos executados pela prefeitura, na área do turismo, o Executivo Municipal conclama a população a participar da elaboração do documento. No plano estarão reunidos os princípios orientadores para o desenvolvimento da atividade turística no município.
No endereço eletrônico, é possível oferecer sugestões sobre as seguintes diretrizes: Gestão do Turismo Infraestrutura Básica e Turística, Gestão de Eventos Geradores de Fluxo Turístico, Qualificação dos Produtos e Serviços Turísticos, Promoção e Comercialização do Destino, Gestão da Informação – Observatório do Turismo, Produção Associada ao Turismo, e, por fim, Campo Grande como Destino Indutor Regional e Estadual.
foto: Luciano Muta
PMCG
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Faturamento de empresas do turismo cresce 4,3% no primeiro trimestre
A expectativa de reação da economia e o aumento da demanda doméstica tiveram impacto positivo no faturamento médio das empresas de turismo no primeiro trimestre deste ano. Segundo o Boletim de Desempenho Econômico do Turismo (BDET), estudo do Ministério do Turismo, o crescimento foi de 4,3%, de janeiro a março, na comparação com o mesmo período de 2016.
Os aumentos no faturamento médio foram registrados em cinco dos sete segmentos pesquisados. Variam de 21,3%, caso das operadoras de turismo, a 3,4% em parques e atrações turísticas. Entre as organizadoras de eventos, o crescimento foi 6,9%, enquanto nas agências de viagens houve alta de 5,7%, e no transporte aéreo de 5,4%. Os meios de hospedagem registraram queda de 0,4%, enquanto no turismo receptivo a baixa foi de 6,4%.
As perspectivas para o próximo trimestre são favoráveis, uma vez que 70% do setor manifestou a intenção de investir o montante de 10,3% do faturamento apurado. No transporte aéreo, a expectativa de novos aportes nos negócios atinge 100% das empresas pesquisadas e nas operadoras de turismo 86%. As principais áreas a serem beneficiadas com os aportes de recursos são marketing e promoção de vendas, compra de novos materiais e treinamento de funcionários.
“Mais uma vez o turismo mostra que tem tudo para ajudar o Brasil a sair da crise. Acredito que o nosso setor pode se transformar numa ferramenta ainda mais eficaz de desenvolvimento se alguns ajustes propostos forem feitos”, afirmou o ministro do Turismo, Marx Beltrão. Em abril, o Ministério do Turismo lançou o Brasil + Turismo, um pacote de medidas para fortalecer o turismo com ações para enfrentar gargalos históricos do setor e de facilitação de viagens.
DESEMPENHO – As empresas atribuem o bom desempenho dos negócios à expectativa de reação da economia e ao aumento da demanda interna por viagens. Dados do setor aéreo, por exemplo, revelam que houve crescimento de 5,4% na demanda por voos domésticos em março, em comparação com o mesmo período do ano passado. “É importante destacar que o aumento da procura por voos acontece em meio à retomada do turismo de negócios e maior número de feriados prolongados”, destaca o boletim elaborado pela Fundação Getulio Vargas.
Como fatores inibidores da expansão dos negócios, as empresas apontam o momento econômico ainda desfavorável e os custos operacionais e financeiros. Para esta edição do Boletim de Desempenho Econômico do Turismo (BDET) foram ouvidas 782 empresas, que geram 70,1 mil postos de trabalho e tiveram faturamento de R$ 8,2 bilhões no trimestre.
Ministério do Turismo
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BC mantém projeção de crescimento do PIB em 0,5%; inflação deve ficar em 3,8%
O Banco Central (BC) manteve a projeção para o crescimento da economia este ano e reduziu estimativa para a inflação. De acordo com o Relatório de Inflação, divulgado hoje (22), em Brasília, a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, segue em 0,5% para 2017.
Entretanto, no relatório, o BC cita as reformas propostas pelo governo, como a da Previdência e trabalhista, para que a economia se recupere este ano. “A manutenção, por tempo prolongado, de níveis de incerteza elevados sobre a evolução do processo de reformas e ajustes na economia pode ter impacto negativo sobre a atividade”.
Sobre a inflação, o Banco Central diz que “permanece favorável, com desinflação difundida inclusive nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária [definição da taxa básica de juros, a Selic]”, diz o relatório.
No relatório, as projeções para a inflação são apresentadas em quatro cenários. A “projeção central”, elaborada considerando as estimativas do mercado para a taxa de juros e o câmbio, indica inflação em torno de 3,8%, 0,2 ponto percentual abaixo da divulgada no relatório de março.
Para o fim de 2018, a projeção permaneceu em 4,5%. Na estimativa para a inflação em 12 meses encerrados no final do segundo trimestre de 2019, o índice cai para 4,3%.
Câmbio e inflação
No cenário com taxa de câmbio constante em R$ 3,30 e taxa Selic estimada pelo mercado financeiro, a projeção para a inflação este ano fica em 3,8% e sobe para 4,3% em 2018, abaixo do centro da meta perseguida pelo BC (4,5%).
O BC também divulgou as projeções feitas com taxa de juros inalterada no atual patamar (10,25% ao ano), mas considera essas estimativas “pouco informativas” porque a Selic está em processo de redução.
“Entretanto, no espírito de manter elevado grau de transparência, o Relatório de Inflação também reporta as projeções condicionais que supõem taxa Selic constante”, diz o BC.
No cenário com taxa de juros e câmbio constantes, a inflação fica em 3,8%, em 2017 e em 3,9%, em 2018. Por fim, no cenário com câmbio projetado pelo mercado financeiro e Selic constante, a inflação fica em 3,8%, este ano, e em 4% em 2018.
Agencia Brasil
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Pesquisa indica que 43% dos internautas fizeram mais compras online este ano
Comprar pela internet se tornou um hábito do brasileiro, revela um estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) nas 27 capitais do país. De acordo com o levantamento, 89% dos internautas realizaram ao menos uma compra online nos últimos 12 meses anteriores à pesquisa, percentual que se mantém elevado em todos as classes sociais analisadas. Os homens lideram entre os compradores online (93%), pessoas de 35 a 49 anos representam 95% dos consumidores e 99% pertencem às classes A e B. Apenas 4% das pessoas que têm acesso à internet admitiram nunca ter feito qualquer compra online.
A pesquisa mostrou que, mesmo em um cenário de crise, quase metade dos consumidores online (43%) aumentou a quantidade de produtos adquiridos pela internet este ano, na comparação com 2016. Para 38%, o volume se manteve estável, enquanto 18% diminuíram o número de compras feitas por esse meio. A consulta foi feita entre os dias 18 e 27 de abril passado.
A vantagem que o internauta brasileiro mais destaca é a percepção de que os produtos vendidos pela internet são mais baratos do que nas lojas físicas, razão mencionada por 58% desses consumidores. Outros motivos destacados são a comodidade de comprar sem sair de casa (45%), o fato de poder fazer as compras no horário que quiser (31%) e a economia de tempo (29%). Há ainda 28% de entrevistados que citam a facilidade que a internet proporciona na comparação de preços.
A professora Angela Paradelas compra pela web constantemente. “Compro regularmente, pela praticidade e pelo preço, mas procuro sempre o frete gratuito e faço muita pesquisa”. O empresário Diego Dominguez também compra nos e-commerces frequentemente, mas não adquire roupas nesses canais. “Geralmente compro coisas que eu conheço muito a respeito, me permite escolher o que mais atende às minhas expectativas, mas não costumo comprar vestuário, gosto de experimentar, e a política de troca tem uma burocracia muito grande”.
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a internet está moldando cada vez mais as relações de consumo entre clientes e lojistas. “A internet trouxe ao consumidor a liberdade de comprar quando e onde quiser. Se antes as pessoas tinham de ir até as lojas e demais centros de consumo, agora são os varejistas quem precisam encontrar seus clientes, oferecendo plataformas amigáveis, ofertas convidativas e informações relevantes para reter por mais tempo a atenção de potenciais compradores”, explica o presidente.
Desvantagens
Mesmo com as diversas comodidades, as desvantagens deixam os consumidores receosos. Quase a metade (49%) das pessoas sondadas enxerga o pagamento de frete como o lado negativo das compras online. Há também quem sinta falta de experimentar o produto (42%), não poder levá-lo para casa imediatamente após a compra (42%) ou então nem poder tocar ou sentir o cheiro daquilo que se está comprando (39%). Já a insegurança de que o produto de fato será entregue é preocupação de 30% dos internautas.
A secretária Adelaide Campos é uma das pessoas que ainda preferem comprar pelas lojas físicas. “Pelas poucas consultas online, me pareceu ser bom negócio em questão de valores e compromisso com entrega, porém não é rotina, ainda prefiro comprar com vendedores”. A filha dela, a relações-públicas Bárbara Gouveia, também prefere às lojas tradicionais ao e-commerce. “Podemos encontrar melhores ofertas online, mas acredito que pessoalmente é melhor pela experiência, desde de ser atendida por alguém, poder esclarecer sobre o produto e verificar se aquilo atinge ou não suas expectativas, tudo de forma imediata e pessoal”. O receio dela é se decepcionar com o produto comprado online. “Muitas vezes vemos as funcionalidades, mas, quando recebemos, não é como imaginamos”.
A facilidade e a comodidade proporcionada pela compra online também podem estimular as compras impulsivas. De acordo com a pesquisa, 46% dos compradores admitiram não ter planejado a sua última compra pela internet, seja porque se sentiram atraídos por promoções e funcionalidades do produto (38%) ou porque estavam movidos por aspectos emocionais naquele momento (10%), como ansiedade, baixa autoestima e necessidade de agradar a si próprio. Há, ainda, 5% de entrevistados que compraram online por não terem encontrado o produto nas lojas físicas.
Parcelamento no cartão
Em média, o internauta brasileiro gastou R$ 292 na sua última compra online, sendo que os homens gastaram mais do que as mulheres, média de R$ 343 ante R$ 243 gasto por elas. Nos últimos 90 dias anteriores à pesquisa, os consumidores realizaram três compras pela internet, em média. E na hora de pagar, o parcelamento no cartão de crédito foi o meio mais utilizado por 65% dos compradores. A média de prestações é de cinco parcelas.
Outros meios de pagamentos utilizados com frequência foram o boleto bancário (53%) e a parcela única em cartão (45%). Ferramentas como PayPal, Moip e Pag Seguro foram usados por 31% da amostra e somente 9% fizeram compras por meio de vales-presente.
O economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, lembra que usar o boleto bancário tem vantagem. “Grande parte dos sites oferecem descontos no pagamento com boleto bancário. Além disso, ele pode ser uma boa alternativa para quem possui um limite pequeno para as compras com o cartão de crédito e não quer se comprometer com dívidas”, explica a economista. A pesquisa mostra que, entre quem pagou à vista, 44% disseram ter conseguido algum desconto.
Mais comprados
Considerando os últimos três meses, os itens mais comprados foram peças de vestuário, calçados e acessórios (35%), ingressos para shows, teatro, cinema e eventos esportivos (27%), livros (27%), celulares (24%), produtos eletrônicos (24%), artigos para casa (24%), remédios ou produtos para saúde (22%) e cosméticos e perfumes (21%). A maior parte das compras é feita por meio de computadores ou notebooks (67%), mas 21% já utilizam os smartphones para comprar online.
Os sites das grandes redes varejistas são o principal local de compra na internet (81%), seguidos dos classificados de compra e venda (42%), dos sites especializados em roupas, sapatos e acessórios (30%) e dos sites de ofertas e desconto (28%). Os sites internacionais são preferência de 28% dos compradores online.
Problemas com compras
Entre os entrevistados, 87% dos internautas ficaram satisfeitos com a sua última aquisição na internet, contra apenas 4% de pessoas que ficaram insatisfeitas ou arrependidas com a experiência. Ainda assim, o estudo aponta que nem sempre o processo de compra transcorre de forma tranquila. Quase um quarto (26%) dos compradores online disse ter enfrentado algum problema ao realizar uma compra pela internet nos últimos 12 meses.
Os contratempos mais comuns foram a entrega fora do prazo (11%), não receber o produto (6%) e receber algo diferente do que havia comprado (6%). Há, ainda, 4% de pessoas que receberam o produto danificado.
Entre os que tiveram problemas, 37% não conseguiram ter o problema resolvido e ficaram com o prejuízo. Outros 60% disseram ter conseguido solucionar o problema, geralmente com a devolução do dinheiro (26%) ou com a troca do produto (11%).
Segurança online
Outro problema que aflige os internautas é a questão da segurança. De acordo com a pesquisa, os consumidores online dão nota 7,9 para o grau de segurança nas compras. Apenas 20% dos entrevistados garantem sentir-se totalmente seguros para fazer compras na internet.
Os especialistas do SPC Brasil também alertam que os empresários varejistas que atuam na internet devem encarar o investimento em segurança digital como um dos pilares de seu negócio, seja qual for o tamanho ou ramo de atuação, a fim de garantir a integridade de seus sistemas e dos dados pessoais e bancários de seus clientes.
A pesquisa demonstra que o internauta brasileiro está consciente quanto às medidas de precaução: 97% dos compradores tomam algum tipo de cuidado, a exemplo de comprar sempre em sites conhecidos ou indicados (60%), imprimir ou arquivar todos os passos de compra, inclusive e-mails de informação (40%) e evitar cadastrar dados do cartão de crédito para compras futuras (37%).
A pesquisa também mostrou quais são os produtos que os entrevistados jamais comprariam pela internet. A contratação de seguros (27%), joias (27%), bebidas (16%), remédios ou produtos para a saúde (16%) e produtos eróticos (15%) são as categorias de produtos que afastam os consumidores nas compras pela internet. O medo de ser vítima de fraudes (39%), como adulterações e falsificações são os motivos mencionados entre os que rejeitam esses tipos de produtos.
“Adaptar-se rapidamente às demandas crescentes dos consumidores é o grande desafio para os varejistas que atuam no e-commerce. O consumidor online está em busca de experiências de compra que combinam praticidade, percepção de valor e satisfação com cada produto. Quem dita boa parte das regras neste negócio são os clientes. Eles vão às compras no momento que julgam ser mais adequado e sempre estão em busca de preços competitivos, sem abrir mão da qualidade do produto”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
Agência Brasil
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