Intenção de consumo das famílias cresceu mais 3% em novembro
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), calculada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) aponta um crescimento de 3%, em Campo Grande, quando comparamos novembro com o mês anterior. O índice do mês de novembro alcançou 77,3 pontos contra 74,9 no mês de outubro.
“O índice é o maior desde outubro do ano passado quando alcançamos 82,3 pontos. De agosto para cá, já aumentou 22%, o que nos deixa mais otimistas quanto às vendas de fim de ano”, diz o presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Edison Araújo.
O ICF revela que a segurança em relação ao emprego está melhor, hoje 30,4% já dizem se sentir mais seguros em relação ao mesmo período do ano passado. Também observamos uma melhora no índice dos que esperam uma melhora profissional (47,9%) para os próximos seis meses.
Já em relação ao índice de consumo atual, 61,5% dizem ter reduzido, 11,8% aumentaram e 25,6% mantiveram o mesmo nível de 2015.
Confira a pesquisa na íntegra em anexo
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MS Competitivo realiza capacitação para organizações inscritas no PQG/MS
O Movimento Mato Grosso do Sul Competitivo (MS Competitivo) realiza nesta quinta e sexta-feira (24 e 25 de novembro), em Campo Grande, mais uma capacitação sobre o Modelo de Excelência na Gestão (MEG). Com o tema “Capacitação de Relato Organizacional”, os dois dias de atividades serão destinados a capacitar os participantes a realizarem o diagnóstico da gestão de sua organização, visando concretizar a candidatura ao Prêmio Qualidade da Gestão MS – PQG/MS, por meio da descrição de práticas de gestão existentes.
Voltado para organizações públicas e privadas de grande e pequeno porte, o MEG tem o objetivo de melhorar os processos gerenciais relativos à cultura organizacional e desenvolvimento da gestão, governança, exercício da liderança e análise do desempenho de uma organização.
Entre as vantagens em alinhar a gestão organizacional ao MEG estão a possibilidade de networking com organizações que implementaram o Modelo, a análise de desempenho da organização, baseada em um modelo reconhecido internacionalmente, com união de teoria e prática.
MS Competitivo – Lançado em 2004, o MS Competitivo teve sua oficialização em 2005, quando se consolidou com apoio do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Petrobras, Gerdau e Sebrae. O Movimento tem como compromisso mobilizar lideranças para a melhoria da qualidade, produtividade e competitividade das organizações privadas, públicas e do terceiro setor, com o objetivo de consolidar as cadeias produtivas que fortalecem a vocação natural do Estado, agregando qualidade de vida para à população sul-mato-grossense.
Serviço – A capacitação é realizada no Senac Campo Grande, localizado na Rua Francisco Candido Xavier, 75, Centro, em Campo Grande, das 8h às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Outras informações pelo telefone (67) 3211-5333.
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Comitiva de MS realiza viagem de conhecimento a região turística da Espanha
Um grupo de 25 pessoas de Mato Grosso do Sul, entre empresários e representantes do Sistema Fecomércio (Sesc – Senac – IPF), Conselho empresarial de Turismo (CETUR), Sebrae e do governo do Estado, participa de uma viagem de conhecimento em gestão de turismo à região Maiorca, na Espanha. A viagem teve início dia 20 de novembro e segue até o dia 28.
Maiorca é um dos destinos mais completos para avaliar o processo de gestão turística internacional. É a maior ilha do arquipélago das Ilhas Baleares, localizada a leste da Espanha, e sua maior cidade é a capital Palma de Maiorca.
Segundo a secretária executiva do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da Fecomércio MS, Nilde Brun, o objetivo é fortalecer o desenvolvimento da atividade turística em Mato Grosso do Sul. “Nesses quase dez dias faremos visitas a importantes destinos turísticos da região, como o Parque Bit, um parque tecnológico a serviço do turismo, além de apresentações sobre o instrumento público de gestão, como a agência de turismo das Ilhas Baleares. Queremos estudar os casos de sucesso, graças a uma boa gestão pública e cooperação público-privada, criando destinos turísticos competitivos”, afirma.
A comitiva participa ainda de palestras com dicas para um destino turístico ser bem sucedido, apresentações sobre a gestão local e o funcionamento do Parque Bit. Para o presidente da Fecomércio MS, Edison Araújo, a viagem será muito importante para a troca de experiências entre os representantes do Estado. “Palma de Maiorca é um destino consolidado e será de extrema importância essa observação in loco das boas práticas desenvolvidas. Essa troca de experiências entre os gestores e empresários de Mato Grosso do Sul também é importante, pois, juntos, conhecendo a nossa realidade local, podemos pensar na aplicabilidade das boas iniciativas realizadas aqui, que contribuíram para a consolidação do turismo nessa região, em nosso Estado, além de oportunidades de parcerias”, diz.
Entre os participantes da comitiva estão os diretores do Senac MS, Vitor Mello, e do Sesc MS, Regina Ferro. A viagem de conhecimento tem o apoio do Sistema Fecomércio, Sebrae e Governo do Estado, por meio da Fundação de Turismo e Secretaria de Cultura e Turismo.
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Audiência pública sobre Plano Diretor é cancelada
A audiência pública que seria realizada nesta quarta-feira, 23 de novembro, para discutir propostas para a elaboração do Plano Diretor de Campo Grande foi cancelada. A informação foi divulgada no Diário Oficial de Campo Grande desta terça-feira (22).
O motivo, segundo a publicação, é a não conclusão dos trabalhos que seriam apresentados. Durante a audiência seria apresentada a proposta final a ser enviada posteriormente para apreciação da Câmara Municipal, como projeto de lei. A publicação não informa outra data para a realização da audiência.
As propostas contidas na minuta do projeto vão originar a lei do novo Plano Diretor de Campo Grande, instrumento que aponta as diretrizes e os rumos da Capital para os próximos 30 anos. Todos os documentos já aprovados podem ser acessados no site: planodiretorcampogrande.com.br.
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Turismo é assunto de Encontro entre operadoras e empresários do trade, em Corumbá
Corumbá vai discutir desafios e oportunidades relacionados à fronteira entre Brasil e Bolívia a partir da próxima sexta-feira até o dia 28 de novembro durante o IV Encontro de Turismo de Fronteira Brasil Bolívia. O evento é uma realização da Fundação de Turismo do Pantanal – FUNDTUR/Pantanal, em parceria com Fecomércio MS, por meio da Câmara Empresarial de Turismo (CETUR), Sebrae, Confederação Nacional do Comércio (CNC) e terá presença de todo trade do setor.
Na programação, além de rodadas de negócios entre operadoras e empresas, constam palestras e worshops sobre “Roteirização Turística”. Estão agendados passeios em locais turísticos como o centro histórico de Corumbá, com visitas a Casa do Artesão, do Massa Barro e ao Mirante do Cristo Rei do Pantanal.
“Já estamos na quarta edição de um evento de sucesso, que amplia parcerias e estimula negócios, alinhando políticas públicas, envolvendo os diversos segmentos socioeconômicos e culturais, fomentando a recolocação da dinâmica do processo de desenvolvimento na fronteira e também outros países da América do Sul”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio MS, Edison Araújo.
A ação reúne integrantes do trade de turismo em seminários, rodadas de negócios, reuniões institucionais, famtours e press trips, produzindo ferramentas de fortalecimento das relações entre os municípios da Rota Pantanal e Bonito, alinhados à estratégias de integração dos negócios turísticos com a Bolívia e Paraguai, visando sempre a conexão e futura comercialização de novos roteiros nesta faixa de Fronteira, importante portão internacional de turistas, reconhecido e monitorado pelo MTur anualmente.
Para a 4ª edição do evento, visando fortalecer os roteiros turísticos integrados, a partir da nossa Fronteira (Corumbá | Brasil e Puerto Quijarro | Bolívia), são convidados do evento a Diretoria de Inteligência Competitiva da EMBRATUR, o Conselho de Turismo da CNC e Operadores de Turismo do Brasil (São Paulo, Florianópolis, Rio de Janeiro, Brasília, Foz do Iguaçu e Curitiba) Bolívia (La Paz), Paraguai (Assunção, El Alto, Hernandarias e Ciudad de Leste) e Chile (Santiago).
A Rodada de Negócios e o FAMTOUR PANTANAL que compõe o Encontro, nas três edições anteriores, reuniu 80 operadoras e agências de turismo com o foco de incrementar as vendas do destino Pantanal de Corumbá e potencializar a entrada e saída de turismo internacionais pela Fronteira Brasil-Bolívia, levando os operadores e agentes de turismo a conhecer os detalhes dos atrativos da região e serviços oferecidos para os turistas, possibilitando que o participante entenda o território e possa formatar novos roteiros de Pantanal para sua empresa.
A programação do famtour será feita a bordo do "Cruzeiro Pantanal", o mais novo produto de ecoturismo e aventura de Corumbá, lançado em 2015 e apresentado durante a I Adventure Week Brazil – Bonito & Pantanal, com estruturas adequadas à geografia do Pantanal, por água e terra, com conforto e segurança o roteiro gera a experiência da observação da vida silvestre, da cultura local, atividades físicas de lazer ao ar livre e o contato com o homem pantaneiro, neste que é um dos mais importantes patrimônios naturais da humanidade, o Pantanal brasileiro. Após o FAMTOUR acontece a Rodada de Negócios realizada com o trade local.
O encontro está distribuído em vários locais: Sindicato Rural de Corumbá, espaço de eventos do aeroporto, com visitas ao centro histórico da cidade, e alguns museus.
Com informações: FundTur
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Aprenda com uma campeã como formar equipes engajadas
No mais recente levantamento da empresa de consultoria Aon para a revista Valor Carreira, uma empresa paranaense que atua em um dos setores que mais sofreram com a crise -o varejo de eletroeletrônicos e móveis- ganhou a primeira colocação no ranking das melhores empresas do setor para se trabalhar.
Com faturamento anual próximo de R$ 3 bilhões, 238 lojas e pouco mais de 7 mil empregados, a rede Gazin, que também possui fábricas de colchões e estofados, lojas de atacado, postos de gasolina e serviços financeiros, sagrou-se campeã em sua categoria por nove anos na mesma lista.
Essas conquistas só foram possíveis porque a rede consegue o que é tido como o melhor dos mundos no universo corporativo: fazer com que os funcionários vejam a empresa com o olhar do dono, ou seja, vistam a camisa – o sonho de todo empresário.
A pesquisa da Aon mede o nível de engajamento e de satisfação dos funcionários, um índice que oscila de zero a 100. Na Gazin, o indicador de engajamento atinge 96% e o de satisfação, 92%. São proporções consideradas uma raridade em organizações brasileiras.
Traduzindo: de cada 100 funcionários, 96 disseram que estão pontos para dar algo a mais para a companhia e, 92, que estão satisfeitos. Na média de 35 empresas de vários setores apontadas como as melhores para se trabalhar no Brasil, o índice de engajamento é de 88%.
Normalmente, uma empresa já considera um indicador dos sonhos quando bate em 72%, de acordo com Agatha Alves, líder em desenvolvimento de liderança da Aon Brasil.
Na crise, o que geralmente se vê no comércio são funcionários desanimados, até porque os próprios donos dos negócios estão menos confiantes quanto aos rumos da economia. Na Gazin, a Aon não observou esse comportamento durante a pesquisa.
“O que percebemos é que existe entre os funcionários da rede um orgulho forte de trabalhar para a empresa. Seus valores e sua cultura são muito bem trabalhados. Há uma relação afetiva entre eles e a organização”, diz Agatha.
Existe aí um efeito dominó: quando o trabalho é significativo para o funcionário, segundo afirma, ele tende a se entregar mais.
"O significado do que eu faço versus a minha expectativa é um ponto crucial hoje para as empresas, que querem que as pessoas trabalhem espontaneamente. Isso é engajamento", afirma ela.
O indicador de gestão de talentos atingiu 90% e, de oportunidade de carreira, 88%. De acordo com Agatha, isso significa que a empresa tem planos de crescimento para os profissionais e também acerta em contratar pessoas que comandam esse processo.
Outro indicador que revela o prazer que os empregados têm em trabalhar para a rede, é o de atividades diárias. Significa que 94 entre 100 colaboradores dizem que a empresa acerta em colocar a pessoa certa na posição certa.
O varejo é um dos setores com o mais alto nível de rotatividade -pouco superior a 60%, de acordo com o Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Na Gazin, esse índice está próximo de 2%.
Se a empresa tem uma proposta de valor clara e alinha essa proposta para que todos da empresa reflitam a sua cultura, de acordo com Agatha, escolhe as pessoas certas para as posições certas, treina o pessoal adequadamente, realiza promoções com justiça, o índice de satisfação dos funcionários tende a ser mais elevado.
A política de contratação de pessoal da Gazin é a seguinte: aberta uma vaga em algum departamento, a primeira alternativa é procurar preenchê-la com alguém da própria empresa.
“Essa prática é motivadora para o funcionário. Se ele se dedicar em sua função, sabe que tem a oportunidade de crescer profissionalmente", diz Viviane Thomaz, gerente de administração de gestão de pessoas da Gazin. "Nossa política é voltada para a formação e capacitação de pessoas”,
Educação e formação de pessoas, de acordo com Viviane, é uma ferramenta para aumentar a produtividade.
“Em época de crise, as empresas costumam cortar treinamento de pessoal. Nós, ao contrário, treinamos mais ainda”, diz ela. E essa prática tem dado bons resultados.
Há 90 dias, a rede deu início a um projeto piloto para mostrar que treinamento formal, sistematizado, envolvendo vendedores, gerentes e supervisores aumenta a produtividade –e as vendas.
Viviane diz que neste período de treinamento, encerrado no sábado (12/11), os vendedores elevaram em 21%, em média, as vendas, apesar da crise.
Ao longo do treinamento, a empresa detalha quais são os oito passos para concretizar uma venda, desde o momento da abordagem do cliente até o pós- venda. Veja mais abaixo.
“A capacitação das pessoas não pode ser apenas um evento, tem de ser contínua. A qualidade da equipe de vendas depende 70% de um trabalho de ensinamento, 20% de troca de experiência com os pares e 10% de sala de aula”, diz Viviane.
O vendedor precisa dominar completamente o conhecimento técnico do produto e estar preparado para contornar uma objeção.
“Se o cliente diz que o produto está caro, o vendedor precisa estar seguro e ter argumentos para oferecer algo de diferente para ele.”
Se o consumidor compra na Gazin porque achou que valeu a pena, diz Viviane, com certeza ele volta para a loja. “O vendedor hoje tem de se tornar um consultor do cliente”, diz ela.
Foi-se o tempo em que para ser um bom vendedor bastava boa lábia ou tratar o cliente como ele, vendedor, gostaria de ser tratado. De acordo com Mota, consultor da DMRH, o consumidor mudou, mas o profissional de vendas, não.
“O vendedor agora precisa saber o que há de novo no segmento em que atua e tratar o cliente como ele, cliente, gostaria de ser tratado. As pessoas são diferentes.”
As empresas, de acordo com Mota, precisam treinar as pessoas, colocando sempre metas claras, transparentes, capazes de serem alcançáveis, reais, como faz a Gazin.
“Não adianta falar para o vendedor que ele tem uma meta para vender mil calças jeans em um mês, se a empresa dispõe apenas de 500 peças no estoque. A empresa precisa ser ética com os empregados.”
Para que haja disposição do vendedor na hora de vender, não resta dúvida, portanto, que ele precisa ‘vestir a camisa’ da empresa. A Gazin faz um trabalho extenso para isso.
“Temos uma cultura forte de liderança para que os funcionários se inspirem, sejam tratados com respeito, haja uma comunicação transparente, as lideranças escutem os trabalhadores e falem a verdade de maneira clara e transparente”, diz Viviane.
Além do trabalho de educação e formação dos profissionais, a rede oferece pagamento de 50% do plano de saúde, participação nos lucros e resultados (PLR) e incentivo universitário.
Atualmente, há 200 bolsas de estudo abertas aos empregados para a realização de curso superior e pós-graduação, de R$ 600 a R$ 1.000 por mês.
Há 17 profissionais de nível gerencial cursando pós-graduação, a maioria na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A cultura da empresa de atrair, reter e promover talentos é um dos pontos mais importantes na Gazin, de acordo com Agatha.
Outro ponto é que a liderança sênior, os profissionais que ocupam posições na diretoria e na presidência, sejam inspiradores, admirados pelos funcionários. A admiração pelos chefes, diz ela, é capaz de fazer toda a diferença em uma empresa.
A política de gestão da Gazin, de acordo com Agatha, é totalmente balizada por Mario Gazin, o fundador da rede, que não tem nem o segundo grau completo, mas acredita que educação e treinamento dão valor para uma empresa.
Desde que a crise começou, a Gazin já abriu 31 lojas, 15 no ano passado e 16 neste ano. A rede já fechou pontos de venda em toda a sua história, mas não devido à crise econômica.
Diário do Comércio
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Para 77% dos empresários, reforma da previdência é necessária
Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com empresários de todos os portes revela que três em cada quatro (76,9%) entrevistados consideram a reforma da previdência necessária para o país. Somente 15,2% dos empresários dos segmentos do varejo e serviços disseram que as regras devem ser mantidas como estão. Apesar da maioria dos empresários consultados considerar a reforma necessária, nem todos avaliam que as propostas apresentadas até o momento são as melhores: 39,4% defendem mudanças na legislação com regras diferentes das que estão em discussão atualmente.
A pesquisa demonstra que a discussão sobre a reforma da previdência é de conhecimento de boa parte dos empresários brasileiros. Três em cada quatro (76,3%) empresários disseram estar acompanhando ou pelo menos já ouviram falar no assunto. “A economia brasileira vive uma das maiores recessões de sua história com uma situação fiscal bastante desfavorável. Entre tantos ajustes necessários para reestabelecer o crescimento sustentável, um dos mais importantes é a reforma da previdência, que poderá equilibrar o orçamento público garantindo um futuro de prosperidade para todos os brasileiros”, diz o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
Quase a metade (48,7%) dos empresários acredita que a reforma da previdência deve ser urgente. Dentre os motivos para que as alterações sejam feitas de maneira rápida, o mais citado é o alto déficit na previdência (44,8%), seguido daqueles que acreditam que o sistema é injusto e deve ser resolvido o quanto antes (37,0%). Considerando os 37,8% de entrevistados que defendem o adiamento de uma decisão, o motivo mais mencionado é a necessidade de se pensar a reforma de maneira mais profunda (76,5%).
Em linhas gerais, a proposta em discussão pública fixa uma idade mínima de 65 anos para aposentadoria a valer para homens e mulheres, tanto da iniciativa privada quanto do setor público. Trabalhadores com idade acima de 50 anos seriam submetidos a um regime de transição. A proposta ainda não foi formalizada pelo governo e poderá sofrer alterações até que passe pelo crivo do Congresso. As principais justificativas para a alteração da regra é o déficit da previdência e a evolução demográfica do país. “No ano passado, o déficit do INSS foi de R$ 86 bilhões, quadro que se agrava quando se põe na conta as projeções do IBGE que indicam que a população acima de 60 anos, hoje estimada em 12% da população total, poderá representar 30% dos brasileiros em 2030. No ritmo atual, essa conta ficará insustentável no futuro, sem garantia de que os benefícios poderão ser pagos integralmente”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Para 34,3% dos empresários consultados, as novas regras da previdência devem valer para todos, incluindo quem já contribui ou não para o sistema. Os 65,7% restantes, dividem-se entre quem defende a ideia de que as regras devem ser alteradas somente para quem ainda não contribui (35,3%) e os que preferem aumento de impostos, mantendo as regras atuais (9,5%). Há ainda 17,3% que preferiram não responder e 3,6% que apresentaram outras alternativas.
Reforma da previdência tem apoio de 46% dos empresários
Segundo o levantamento, 46,4% dos empresários brasileiros aprovam a reforma da previdência. A principal justificativa é o fato de que as mudanças nas regras da aposentadoria tornarão a previdência mais sustentável (27,0%). Outras razões ainda mencionadas são tornar o sistema mais justo, eliminando diferenças entre funcionários da iniciativa privada e pública (20,5%), o envelhecimento da população (17,1%) e evitar o aumento da carga tributária, que provavelmente seria uma alternativa para financiar a previdência (11,5%).
Quatro em cada dez (37,5%) empresários consultados pelo SPC Brasil disseram que a reforma da previdência melhoraria a sustentabilidade financeira do país, uma vez que a população se manteria por mais tempo no mercado de trabalho e, consequentemente, geraria mais renda (17,6%) e adiaria o pagamento de benefícios por parte do Estado (14,7%).
Já entre os 37,5% de empresários que desaprovam a reforma da previdência, a razão mais citada é o reconhecimento de que pessoas que já contribuíram por muito tempo merecem se aposentar cedo (35,4%). Além disso, 21,0% desses entrevistados alegam que a reforma vai acabar com o fator previdenciário, prejudicando quem trabalhou mais do que 30 ou 35 anos.
77% apoiam regulamentação de jogos de azar para bancar reforma
Dentre os temas que estão sendo discutidos, os que mais têm a concordância dos empresários sondados são a equiparação das regras entre funcionários públicos e privados (81,6%) e a possibilidade de regulamentar jogos de azar, cuja renda seria destinada ao custeio da previdência (77,4%).
Outras alterações citadas como alternativas positivas a serem consideradas são definir uma avaliação diferenciada para a aposentadoria de determinadas categorias profissionais que trabalham a noite, em situação de risco ou que sofrem mais desgastes (74,7%), estabelecer uma transição da mudança da lei para quem já está contribuindo, evitando injustiças com quem está próximo de se aposentar (71,8%) e determinar que a reforma só atinja pessoas que entrarem no mercado de trabalho após a promulgação da emenda, respeitando os direitos adquiridos, sem afetar os atuais contribuintes (69,5%).
A pesquisa mostrou ainda que 75,3% dos empresários consultados acreditam que a aposentadoria por invalidez e o auxílio doença também devem ser revisados, principalmente para impedir que algumas pessoas burlem o sistema (57,8%).
“A reforma da previdência é um tema polêmico, mas que não pode ser tratado como tabu. Quanto mais o país demorar a enfrentar a realidade, mais difícil será cobrir o fosso que se abre entre a despesa e a arrecadação, pois à medida que a população envelhece, haverá menos pessoas ativas contribuindo para o sistema previdenciário. A evolução da situação demográfica brasileira e o orçamento deficitário público agravado nos últimos anos já influenciam a opinião pública de que o Brasil terá de fazer mudanças profundas, duras e necessárias. Ainda que os empresários discordem de alguns pontos, a maioria vê a reforma da previdência como algo inevitável”, diz Pinheiro.
Metodologia
A pesquisa ouviu 822 empresários dos ramos do comércio e de serviços nas 27 capitais e no interior do Brasil. A margem de erro é de no máximo 3,4 pontos percentuais e a margem de confiança de 95%.
SPC Brasil
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Governo prevê PIB menor em 2016 e 2017
O governo anunciou nessa segunda-feira (21) redução da projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país) em 2017, de 1,6% para 1%. Para 2016, a projeção, que era queda de 3%, piorou, passando para uma contração de 3,5% da economia.
As informações foram divulgadas pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fábio Kanczuk. O governo também revisou as estimativas da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pelas novas previsões, o IPCA acumulado em 2017 ficará em 4,7%, ante 4,8% estimado em agosto. Para 2016, a projeção para a inflação caiu de 7,2% para 6,8%, segundo a equipe econômica.
Spread
Em agosto, o governo havia chegado a rever para cima a previsão do PIB para 2017, de 1,2% para 1,6%. Segundo Fábio Kanczuk, a revisão atual tem relação com o quadro de endividamento das empresas e o aumento da percepção de risco pelo mercado. De acordo com ele, o spread (diferença entre o custo do dinheiro para o banco e o quanto ele cobra para emprestá-lo) está subindo, o que sinaliza um crédito mais caro e maior risco atribuído pelo setor bancário às empresas.
“ [O efeito] era totalmente esperado, mas a dimensão dele só está se tornando clara agora. Isso [risco] está puxando os spreads para cima. A gente continua falando de recuperação econômica, mas tem um pouco de atraso para que haja essa digestão do aumento da dívida sobre o lucro [das empresas]”, disse.
Meta fiscal
Kanczuk afirmou ainda que, independentemente da revisão do PIB, o governo está comprometido com a meta fiscal do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência). Para 2016, a meta é déficit de R$ 170,5 bilhões. Para 2017, é déficit de R$ 139 bilhões.
O secretário admitiu que o PIB menor pode levar a queda das receitas do governo, o que dificultaria o cumprimento da meta fiscal neste ano e no próximo. No entanto, ele não deu uma estimativa do possível impacto e disse que "outros fatores" poderiam influenciar positivamente a arrecadação.
“Se nenhuma outra projeção for alterada, a projeção de receita cai. Mas tem um monte de outros fatores acontecendo ao mesmo tempo. A projeção de receita também é [feita] em função de câmbio, de massa salarial. Há outras coisas para apurar com cuidado e ver o que vai acontecer”, disse o secretário.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já havia adiantado na semana passada, durante viagem a Nova York, que o governo revisaria a estimativa de crescimento do PIB para o ano que vem.
Pela manhã, o boletim Focus, pesquisa semanal que reúne projeções de diversas instituições financeiras para e economia, reduziu de 1,13% para 1% a previsão de alta do PIB em 2017. Para 2016, as instituições financeiras elevaram a estimativa de queda do PIB, de 3,37% para 3,4%.
Agência Brasil
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Planejamento na crise ditará o cenário do varejo na retomada
A maneira como as empresas do varejo se comportarem durante a recessão será decisiva para a definição do cenário pós-crise. Aquelas que se prepararem para a retomada, adotando as medidas necessárias, podem sair da situação melhor do que quando a instabilidade econômica começou. Para as que não fizerem o dever de casa, no entanto, a tendência é de perder mercado.
"No momento de recessão, as vantagens competitivas que as grandes companhias têm sobre as pequenas e médias diminuem muito. Portanto, é a hora de 'ajustar' a máquina e ganhar fôlego para a relargada", diz o sócio da consultoria Enéas Pestana & Associados, Sandro Benelli. Segundo ele, esse quadro gera inclusive oportunidades grandes de ganho de mercado.
O professor do Núcleo de Estudos e Negócios do Varejo da ESPM, Roberto Nascimento, concorda: "Se alguém perde espaço outro tem que ocupar. Então, a empresa que identifica oportunidades nesse cenário que estamos passando tem uma grande chance de ganhar market-share. Efetivamente vemos alguns players do varejo ganhando mercado."
Apesar da oportunidade que o momento traz – até mesmo para as empresas menores -, a necessidade de adotar estratégias voltadas ao aperfeiçoamento da operação, vulgo, redução de despesas e aumento da rentabilidade, é fundamental.
Isso porque, na visão do presidente do Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), Claudio Felisoni, a tendência, na realidade, é de uma maior consolidação. "Durante a crise os ativos ficam muito baratos, então, sem dúvida, há movimentos de consolidação. Quando a recessão acabar, o varejo provavelmente estará mais concentrado que antes", diz. Em outras palavras, as empresas que não se adequarem as demandas impostas pelo cenário recessivo, e não se movimentarem no sentido de tornar a operação mais saudável, podem ser 'engolidas'.
Mão na massa
Apesar do diagnóstico aparentemente simples, as medidas necessárias para tornar a empresa mais eficiente nem sempre são fáceis de serem implementadas, e requerem, em geral, uma série de ações continuas. Segundo Benelli o intuito de todas elas deve ser um só: aumentar a margem e reduzir despesas. "A primeira coisa que se tem que fazer é ter certeza de que os processos estão otimizados. Segundo, só se deve investir quando tiver segurança de que o investimento vai dar um retorno acima do esperado. Terceiro, é preciso fazer uma análise minuciosa do tamanho do sortimento e se ele de fato está adequado para o público da varejista", afirma. O consultor completa que um mix inadequado tem um giro menor, o que reduz o caixa da empresa. "Ao reduzir o sortimento para o mínimo necessário se tem uma geração maior de caixa e uma economia com estoque."
Para Nascimento, outro ponto fundamental diz respeito a área de compras, que deve ser colocada em posição estratégica na empresa. "Tem uma expressão no varejo que diz que não se ganha pelas vendas, mas pela compra. Ou seja, através da boa negociação com o fornecedor", diz Nascimento. "A empresa tem que ter uma espécie de manual: quais são os fornecedores, condições comerciais, indicadores, mix de produtos. Em suma, uma espécie de cartilha que ajude na administração das compras", completa.
De acordo com ele, outra necessidade é a eliminação ao máximo dos desperdícios e a busca constante pela redução das despesas operacionais. "Tem que ver onde está perdendo dinheiro e eliminar tudo que não agregue valor", diz.
'Sentar no caixa'
Sobre a diminuição dos gastos, Benelli, da Enéas Pestana & Associados, diz que uma estratégia que pode ser muito eficaz é o que ele chama de 'sentar no caixa'. A medida consiste basicamente em impor uma regra em que nenhum gasto pode sair da empresa sem a assinatura do presidente. "Só com isso se consegue reduzir as despesas em torno de 10% a 20%. Cria-se uma pressão psicológica que acaba inibindo os funcionários de gastarem", afirma o especialista, acrescentando que essa estratégia é empregada, normalmente, em empresas de grande porte. A respeito das dificuldades na execução ele é taxativo: "Dá muito trabalho, mas estamos em guerra".
Segundo ele, a política de redução de despesas tem que vir acompanhada de um controle orçamentário rígido. Para isso, o consultor diz que uma das alternativas é adotar o 'orçamento base zero'. "Essa é uma estratégia que defendemos muito. Na hora de definir o orçamento do período tem que partir do zero, ignorando o histórico de custos. Você faz esse orçamento envolvendo todas as áreas e todos são obrigados a justificar os custos de seu departamento, o que dá uma maior segurança para a empresa de que ela está fazendo as melhores opções", diz.
Atualmente, a equalização dos custos é justamente uma das principais preocupações da BookPartners, holding que controla a varejista Cia. dos Livros. "É um trabalho constante nosso. Se a empresa não faz uma gestão muito forte dessa área se começa a perder a rédea do negócio", afirma o diretor de operações da companhia, Mauro Azevedo. Segundo ele, apesar dos desafios do momento atual, há de fato uma oportunidade grande de se ganhar mercado. "Temos que encarar a dificuldade e tentar obter oportunidades dessa situação, porque com certeza alguém esta deixando de fazer algo em função da crise. É um momento onde a empresa pode conseguir um diferencial de mercado, que possivelmente não conseguiria antes", diz.
Em relação aos investimentos, por exemplo em expansão, Nascimento, da ESPM, diz que é importante deixá-los prontos, mas que agora não é a hora de colocá-los em execução. "Tem que deixar o plano pronto para quando tiver um cenário menos nebuloso já estar preparado, mas de maneira alguma é o momento de abrir novas lojas ou investir em reformas", afirma.
Felisoni concorda, mas ressalta que a recessão ainda pode perdurar por um bom tempo. "A retomada do crescimento está apenas no plano das hipóteses. Hoje não se tem clareza de quando isso poderá ocorrer. O contexto econômico está ligado ao político, e a situação política, tanto externa como interna, está muito instável. Não sabemos os desdobramentos disso", previu ele em entrevista ao DCI.
Benelli também acredita que a retomada deva demorar. Apesar disso, ele é enfático em sua avaliação: "Não se pode nunca ficar parado. Ficar parado no varejo significa morrer."
DCI – Diário Comércio Indústria e Serviços
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Mercado financeiro reduz projeção de inflação para 6,80% este ano
Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção de inflação pela segunda vez seguida. A estimativa de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 6,84% para 6,80%, de acordo com a pesquisa Focus, divulgada às segundas-feiras pelo BC. Para 2017, a estimativa foi mantida em 4,93%.
As projeções ultrapassam o centro da meta que é 4,5%. O teto da meta é 6,5% este ano, e 6% em 2017.
A projeção de instituições financeiras para a queda da economia (Produto Interno Bruto – PIB), este ano, foi ajustada de 3,37% para 3,40%. Para 2017, a expectativa de crescimento foi alterada de 1,13% para1%.
A expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, permanece em 13,75%, ao final deste ano, e em 10,75% ao ano, no fim de 2017.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
Agência Brasil
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