As tendências do varejo e a importância da logística como diferencial competitivo
O mundo muda de forma exponencial. A globalização e o digital derrubou barreiras e encurtou distâncias, moldando um novo perfil de consumidores. Descubra as tendências para o varejo e saiba qual o papel da logística neste novo mundo.
Quais são seus hábitos de consumo? Em que está interessado neste momento? Em que região do país você está? De que geração você é: baby boomers, X, Millennial, Z? Qual o seu sexo? Prefere comprar em loja física ou virtual? O que faz você feliz? Todas essas informações são elementares para traçar seu perfil consumidor.
Você já deve ter notado que se tornou mais exigente ao adquirir um produto ou contratar um serviço não é mesmo?! Isso não é uma característica só sua, mas de nossa sociedade contemporânea.
Enquanto consumidores ficamos mais exigentes ao adquirir produtos e serviços. Somos cada vez mais ambivalentes, plurais, complexos, multifacetados e divididos. A alta conectividade, o fácil acesso a informações e a proximidade com a tecnologia móvel vem moldando um perfil impaciente e acelerado. Somos “Reféns” do desejo de posse de bens que é substituído facilmente pelo frescor da novidade — queremos sempre o que não temos e por pouco tempo.
"Apaixonados temporários em busca de “uma eternidade enquanto dure nosso amor” pelo produto mais importante de todos os tempos da última semana". Abandonamos indubitavelmente, nossos "equipamentos simples" para adquirir o novo aparelho número 79 que vem agora com funções alienígenas e transcendentais que promete conectar-nos a seres de outras dimensões.
O novo tempo do Varejo
Bem vindo à globalização — fenômeno que derrubou barreiras e encurtou distâncias —, com o digital, não só trouxe conceitos como a mobilidade e hiperconectividade, mas proporcionou acessos mais rápidos e precisos, mudando nossos hábitos de consumo e trazendo uma nova dinâmica para o varejo.
A internet já é hoje o segundo meio de comunicação no Brasil, atrás apenas da televisão. Com este advento criou-se a possibilidade de que, sem sair de casa, fosse possível comparar preços, verificar reputação dos varejistas e adquirir um determinado produto em qualquer parte do mundo, com qualidade, em um tempo reduzido e com preço menor que em uma loja física.
O comercio eletrônico será o modelo preferido pelo consumidor, ainda que a compra possa ser concluída em outros lugares, cada vez mais, a pesquisa de produtos e de preços será iniciada em ambientes digitais– Nos Estados Unidos, mais da metade das aquisições já passa pela internet, variando entre 45% para cosméticos e perfumes e até 85% em eletroeletrônicos —, levando em conta a pesquisa on-line e a compra em loja física.
Em um futuro breve, não é que não haverá lojas físicas, elas estarão ai, mas terão uma dinâmica diferente, com muito mais soluções, combinações de produtos e serviços, buscando atender a satisfação de desejos e necessidades de forma integrada para consumidores cada vez mais conectados:
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Evento aborda empreendedorismo em Sidrolândia
A iniciativa é da Associação Empresarial de Sidrolândia, Federação Comércio (Fecomércio-MS), em parceria com a Prefeitura e a Câmara.
O jornalista Fábio Ávila vai proferir palestra nesta terça-feira a partir das 19 horas na Câmara Municipal, abordando o tema “Sidrolândia, um promissor destino brasileiro”. A iniciativa é da Associação Empresarial de Sidrolândia, Federação Comércio (Fecomércio-MS), em parceria com a Prefeitura e a Câmara. Não haverá cobrança de ingresso.
Na palestra o jornalista vai falar sobre empreendedorismo, inovação e motivação, tendo como público-alvo micro e pequenos empresários, trabalhadores, professores e estudantes, além da população em geral. Fábio Ávila é editor, jornalista, escritor e palestrante.
Em 1986, fundou a editora Empresa das Artes que se transformou em selo editorial que abriga mais de 300 publicações com temáticas voltadas às áreas de cultura, meio ambiente e turismo. Apresentou programas nos canais Rede Mulher e TV Bandeirantes.
Região News
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Bancários e Fenaban têm nova rodada de negociação à tarde
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional de Greve dos bancários fazem hoje (13) mais uma rodada de negociação. A categoria está paralisada desde a última terça-feira (6). Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a adesão ao movimento atinge 11,5 mil agências e 48 centros administrativos, o que representa 48,9% dos locais de atendimento no país.
As principais reivindicações dos bancários são a reposição da inflação em 9,62%, mais 5% de aumento real, participação nos lucros de três salários mais R$ 8,3 mil e vales refeição e alimentação no valor de R$ 880,00 ao mês. A categoria protesta contra o assédio moral e as metas abusivas que, de acordo com a Contraf, provocam doenças entre os trabalhadores.
Em sua última proposta, encaminhada na sexta-feira (9), a Fenaban ofereceu reajuste de 7% para os salários e benefícios, além de abono de R$ 3,3 mil, que seria pago até dez dias após a assinatura do acordo. “A nova proposta resulta numa remuneração superior à inflação prevista para os próximos 12 meses, com ganho expressivo para a maioria dos bancários”, diz a entidade.
“A Fenaban entende que o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, que passa de uma inflação alta para uma inflação mais baixa”, acrescenta o comunicado.
Na avaliação do presidente da Contraf, Roberto von der Osten, a proposta não atende às demandas dos trabalhadores. “Abono não é ganho real. É compensação por perdas”, ressalta Osten. “Insistem com a velha tese usada nos anos 90 de ajudar a saída da ‘crise’ com ‘âncora’ de redução salarial. Ou seja, contribuem com o dinheiro dos outros. Os trabalhadores não criaram crise nenhuma e não querem pagar o pato. Por isso, a greve aumentou”, disse ele.
Agência Brasil
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3 dicas para aumentar as vendas de sua empresa na era digital
Na crise, a maioria das empresas possuem uma grande preocupação: como aumentar as vendas? O mercado está recessivo e a capacidade de investimento em ferramentas de marketing tradicionais se tornam escassas, assim, existe uma necessidade de assertividade e estratégia diferenciada. Com isso ganha força ferramentas de marketing digital.
Isso, se deve ao fato de esse modelo de atração proporcionar acertos muito maiores na hora da venda. Para empresa se torna imprescindível que se valorize cada vez mais a prospecção de vendas.
Segundo o diretor da Legions Marketing Digital e Vendas, Charles Dal Gallo o momento é de valorizar as oportunidades. “Por tempos estávamos em um cenário muito positivo, onde se obtinha rápido retorno de prospecção e fechamento de negócios, infelizmente o mercado mudou, agora o empenho para conquistar mercado é muito maior e ferramentas online se firmaram como o grande diferencial de mercado”.
Com o objetivo de mostrar como obter melhores resultado, Dal Gallo montou algumas orientações para ser mais assertivo na captação de novos clientes:
Identifique seu mercado
Nem todo mundo é seu cliente. Assim, estude quem deseja atender, crie o perfil do cliente ideal, suas necessidades, dores e aspirações. Empresas tem em média 3 clientes (ou personas) que mais lhe interessam.
Na ansiedade de fazer as vendas, corre o risco de vender para quem não é o seu cliente ideal. Assim a insatisfação e o não atendimento das expectativas serão invitáveis. Você terá um cliente que sempre reclamará. Além de despender muito dinheiro e tempo na prospecção de vendas.
Gere leads qualificados
Leads é um termo utilizado para representar contato qualificado de uma empresa, que já demonstrou algum interesse. É o oxigênio da área comercial e o início da prospecção de vendas. A pouco tempo atrás, a área comercial passava parte do seu tempo prospectando, pegava a lista amarela, catálogos, revistas, compra de base de entidades classes e sindicatos, dentre outros métodos que resumia pegar o nome da empresa, contato, telefone e e-mail. Mesmo assim esse contato era pouco efetivo, sendo que muitas vezes nunca ouviram falar da empresa, assim, 70? do tempo era usado apenas para qualificar o lead.
Com a internet e a evolução de novos meios, surgiu o Marketing Digital, possibilitando acesso a um mercado com poder de decisão a um clique. Podendo otimizar e unir os produtos a um mercado gigantesco de consumidores. Conseguindo atrair visitantes, converter em contatos e relacionar de forma inteligente para qualificar o contato. Dando maior fôlego às áreas comerciais.
Trabalhe Inbound Marketing e Inbound Sales
As empresas devem passar a ter preocupação com novos termos, como o inbound marketing e inbound sales. O primeiro termo se refere ao marketing da atração, ou seja, marketing digital. Nessa ação se captura contatos (leads) e iniciar um relacionamento para qualificar esse contato, até que ele fique propenso a compra, sendo que um lead qualificado é tudo que a equipe comercial deseja para trabalhar.
E nesse momento entra o inbound sales, que é o processo de validar o lead recebido e passar somente boas oportunidades ao comercial, preservando assim sua equipe para somente o que é importante e rentável para sua empresa.
No fim, seu comercial não fará mais a prospecção de vendas, o inbound marketing é responsável por capturar e qualificar o lead e a equipe de inbound sales valida este lead recebido pelo marketing e inicia-se a prospecção, uma sondagem para saber se é um cliente ideal e tem interesse em comprar. Depois disso passa-se para equipe comercial iniciar um relacionamento e emissão de proposta.
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Supermercados investem em máquina para facilitar o troco
A falta de moedas para troco é um problema comum a todo o comércio e que demanda tempo em sua solução. “As vezes, tínhamos de tirar nossos funcionários do administrativo para percorrem os bancos, nossos parceiros e até algumas igrejas atrás de moedas”, conta a gerente de marketing da Casa Fiesta Supermercados, Maristela Turcatti. Por isso, a empresa resolveu investir na máquina Cata Moeda Prosegur, instala na unidade do Alto da XV do grupo.
O equipamento permite que os consumidores depositem suas moedas e troquem por cédulas, com depósito mínimo de R$ 2,00 ou por vale-compras com acréscimo de 5% sobre o valor depositado para ser utilizado na própria loja em até dez dias. “Esse bônus é bem mais do que a poupança paga de rendimentos mensais, por exemplo”, ressalta Maristela.
Além da unidade da Casa Fiesta, a máquina Cata Moeda pode ser encontrada em outras lojas do varejo supermercadistas na Grande Curitiba. As lojas da rede Condor, por exemplo, investiram na proposta e, em praticamente, todas as lojas há uma máquina Cata Moeda.
O CataMoeda Prosegur pode ser instalado em qualquer estabelecimento da rede varejista – supermercados, padarias, farmácias, shoppings. A ferramenta oferece vantagens tanto para os consumidores quanto para os varejistas.
Para o consumidor, é oportunidade de trocar as moedas estocadas em casa. Para o varejista, é uma solução para geração de troco, já que a falta de moedas no mercado é um fator que impacta diretamente nos resultados do setor.
Segundo o Banco Central do Brasil, existem em circulação 23,8 bilhões de unidades de moedas que totalizam um valor de R$ 5,9 bilhões. Isso corresponde a uma disponibilidade per capita de R$ 29 em moedas.
Além de aumentar a circulação de moedas no estabelecimento, o varejista ainda conta uma solução a mais para a gestão do numerário, uma vez que o Catamoeda Prosegur pode ser usado nas funções de contagem e separação de moedas que são recebidas por todos os check-outs da loja e posteriormente encaminhadas para a tesouraria do estabelecimento.
O equipamento permite ao dono da loja acompanhar em tempo real os valores depositados, já que está conectado a um Painel de Controle online que reúne informações sobre as transações. Por meio dessa ferramenta, o estabelecimento é capaz de monitorar todos os depósitos realizados no equipamento, além de gerar gráficos e relatórios financeiros. A máquina tem capacidade de contabilizar 90 moedas por minuto, com separador automático em compartimentos de acordo com o valor.
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Novo presidente do Sindivarejo de Aparecida do Taboado fala sobre desafios da gestão
O veterinário e empresário Antônio Carlos Marques Farinha assumiu recentemente a presidência do Sindicato do Comércio Varejista de Aparecida do Taboado (Sindivarejo). O nome do empresário foi escolhido por unanimidade entre os empresários locais, para representá-los na entidade.
Fecomércio MS – O senhor assumiu recentemente o Sindivarejo, quais seus projetos à frente do Sindicato? Como pretende atuar na defesa dos interesses do setor?
Antônio Carlos Farinha – Após a renúncia do presidente anterior, aceitei o desafio de estar à frente do Sindicato e representar nossa categoria. Nosso maior objetivo é ampliar o trabalho que já vem sendo realizado, através da prestação de serviços, e buscar novas parcerias, fomentando a defesa da classe.
Fecomércio MS – Quais os principais desafios?
Antônio Carlos Farinha – Unir os comerciantes e trazer mais associados para o Sindivarejo, pois ainda temos poucos comerciantes associados. Queremos aumentar esse número, pois só somando nossas forças conseguiremos melhorar nosso sindicato e consequentemente, ampliar o comércio de Aparecida do Taboado.
Fecomércio MS – Quais os desafios do empresário do município?
Antônio Carlos Farinha – Estamos na divisa com o estado de São Paulo (9 km) e sofremos muito com as diferenças de preço, devido às diferenças de alíquotas do ICMS. Este é o nosso grande desafio, porque enfraquece nosso comércio. Já tentamos de várias formas reverter esta situação, mas até o momento não encontramos uma solução. Mas agora, à frente do Sindicato, vamos continuar nessa luta, melhorando o comércio local, qualificando nossos colaboradores, para que consigamos melhorar nossa competitividade e atrair o consumidor.
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MS Competitivo e Sebrae realizam workshop sobre boas práticas de gestão
O evento será realizado na sede do Sebrae, na Capital, na Avenida Mato Grosso, 1661, Centro. Outras informações pelo telefone (67) 3211-5333 ou pelo e-mail: contato@mscompetitivo.org.br.
Sobre o MS Competitivo – Lançado em 2004, o Movimento MS Competitivo tem como compromisso mobilizar lideranças para a melhoria da qualidade, produtividade e competitividade das organizações privadas, públicas e do terceiro setor a fim de consolidar as cadeias produtivas que fortalecem a vocação natural do Estado, agregando qualidade de vida para a população sul-mato-grossense.
Despertar o interesse das empresas privadas e públicas a se associarem ao Movimento é um das metas da organização, que também busca consolidar o Prêmio de Qualidade MS Competitivo.
Confira a programação para os dois dias:
13 de setembro
19h30 – Apresentação do case Brasal Refrigerantes Concessionária e fabricante Coca-Cola
20h10 – Apresentação do case Brasil Cowboy
20h50 – Apresentação do case do Sebrae RS
14 de Setembro:
8h – Apresentação do case da Lavanderia Water Clean
8h40 – Apresentação do case da Street Bags.
9h30 – Rodada de Boas Práticas com os participantes e os apresentadores dos cases.
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Instituições financeiras projetam inflação de 7,36% este ano
A projeção de instituições financeiras para a inflação este ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 7,34% para 7,36%. Para 2017, a estimativa foi mantida em 5,12%. As projeções fazem parte de pesquisa feita todas as semanas pelo Banco Central (BC) com instituições financeiras.
As estimativas estão acima do centro da meta de inflação, de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5% este ano e 6% em 2017. É função do Banco Central fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 14,25% ao ano.
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
A expectativa das instituições financeiras para a Selic permanece em 13,75% ao ano, ao final de 2016, e segue em 11% ao ano, no fim de 2017.
A estimativa de instituições financeiras para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,20% para 3,18%. Para 2017, a estimativa de crescimento permanece em 1,3%.
A projeção para a cotação do dólar ao final de 2016 foi ajustada de R$ 3,26 para R$ 3,25. Para 2017, a estimativa segue em R$ 3,45.
Agência Brasil
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Fecomércio MS oferece certificação digital para dispositivos móveis
Serviço já reconhecido pela clientela pela qualidade, a Certificação Digital oferecida pela Fecomércio também possibilita a comodidade da assinatura eletrônica de documentos por meio de dispositivos móveis.
É o Mobile ID Certisign um serviço de Identificação Forte que por meio do Certificado Digital ICP-Brasil permite a autenticação do usuário e assinatura de documentos no meio eletrônico, através de dispositivos móveis, com validade jurídica.
“O uso do certificado digital em dispositivos móveis ou Mobile garante segurança e agilidade, possibilitando o uso do dispositivo para assinatura digital feito em qualquer local e em tempo real”, explica o presidente da Fecomércio MS, Edison Araújo.
O Mobile proporciona a todas as empresas, que oferecem serviços eletrônicos ou que querem migrar seus processos do físico para o digital, benefícios como identificação inequívoca do cliente/funcionário, conveniência e reconhecimento das transações e como resultado a redução de fraudes e de custos, por meio da mitigação de riscos, e agilidade nos processos.
Saiba mais sobre as modalidades de Certificação Digital oferecidas pela Fecomércio MS clicando aqui
Serviço – Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone 3311-4300.
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Na recessão, consumidor aposta em produtos tamanho família
Responsável por administrar as compras de uma família com nove pessoas, a dona de casa Ana Dias se esforça para conseguir atender à necessidade de todos em meio à alta dos preços. O jeito que encontrou foi apelar para embalagens maiores, cujo custo por unidade é menor que o do tamanho padrão. E as marcas sabem: esse modelo de apresentação dos produtos é mais atraente em períodos de inflação alta e de queda na renda, já que permite ao consumidor manter, ao menos parcialmente, seu poder de compra.
— Faço isso para o que é básico. Papel higiênico, sabão em pó, salgadinhos em pacotes grandes para as crianças, congelados. Tudo que compensa você compra em embalagens maiores — explica Ana.
Segundo a dona de casa, o que é básico é comprado nas lojas de atacado, em que as opções de produtos em embalagem “tamanho família” é maior. O que não dá para estocar, como carnes e verduras, é adquirido em supermercados próximos a sua casa, em Mauá, na Grande São Paulo.
— Comprar tudo em tamanho de embalagem normal não compensa. Sai muito caro. Então, tem que ser tudo no pacotão mesmo para conseguir comprar o que é necessário — explicou.
Dados da consultoria Nielsen mostram que a redução de gastos com entretenimento fora do lar foi adotada por 61% dos consumidores neste ano. Isso significa dizer que seis em cada dez brasileiros estão gastando menos com idas a restaurantes, bares ou cinema. E quando aumenta o consumo em casa, as embalagens “tamanho família” naturalmente crescem na preferência do consumidor. Segundo a Nielsen, para não perderem espaço, as marcas precisam estar atentas a isso e oferecerem, mesmo que temporariamente, algum tipo de redução de preço. Por isso, são cada vez mais comuns nas gôndolas dos supermercados opções como “leve três e pague dois” ou “mais 250 gramas".
OPÇÃO PELO USO DE REFIL
A estratégia, que já era comum em produtos de limpeza, também está sendo usada pela indústria de alimentos para atrair consumidores que estão se esforçando para reduzir os gastos. No caso da Perdigão, a saída foi fazer embalagens entre 1kg e 1,2kg de produtos congelados da marca Assa Fácil, que estão chegando ao mercado agora.
— Pensamos em uma embalagem para atender uma família de quatro pessoas, que não era contemplada pelas opções que estão no mercado. Por outro lado, também queríamos entregar um produto em que o preço por quilo fosse mais interessante. Nesse contexto de crise, a gente sabe que o consumidor está fazendo escolhas para fazer render o que tem na carteira — explicou Cecília Alexandre, gerente da marca Perdigão, afirmando que em algumas regiões a demanda por esse tipo de produto está até acima do esperado.
Mas, como alimento tem data de validade, essas versões de maior quantidade em geral concentram-se em produtos congelados ou em itens menos perecíveis, como biscoitos e salgadinhos. Ainda assim, é possível encontrar esse tipo de oferta em itens como iogurtes. Neste caso, o comprador deve lembrar que o tempo de estocagem é mais curto.
Em produtos para limpeza da casa, esse tipo de embalagem é mais comum. No caso da Omo, uma das marcas da Unilever, é possível encontrar sabão em pó em embalagem de cinco quilos e o líquido na versão de três litros. A ideia é que, ao analisar o preço do litro ou quilo, essa embalagem maior seja mais vantajosa que as versões menores. Já no ano passado a empresa decidiu lançar uma opção refil de um litro.
— É fundamental estar próximo do consumidor e entender em profundidade suas demandas e necessidades levando em consideração diferentes perfis e diferentes cenários macroeconômicos. O modelo de embalagem refil, por exemplo, atende às exigências dos consumidores ao entregar a mesma qualidade dos nossos detergentes líquidos com preços mais baixos em relação à garrafa equivalente — explicou Thais Hagge, diretora de Marketing da área de Cuidados com a Casa da Unilever.
A empresa não revela os dados sobre crescimento da demanda por esse produto “tamanho família”, mas informou que ao oferecer uma gama maior de embalagens, tem conseguido manter o crescimento.
A opção por refil também é explorada por outras marcas, como a Destac, de itens voltados para a limpeza do piso, e pela linha de limpeza da marca Veja.
Alexandre van Beek, responsável pela área de projetos da consultoria GS&AGR Consultores, Gouvêa & Souza, afirma que essa busca por opções mais em conta explica o crescimento não só das embalagens em tamanhos maiores e refis de produtos, mas também dos chamados “atacarejos” (lojas de atacado que também atendem o consumidor comum).
— Essas lojas de atacado atendem hoje melhor o consumidor final. A questão do preço é muito importante e acaba sendo o local para a aquisição de produtos básicos, em que se compra de forma planejada. Vendo isso, as lojas de atacado estão oferecendo uma gama maior de produtos. E, enquanto no supermercado ou hipermercado a embalagem econômica está restrita a alguns itens, no atacado é possível encontrar uma diversidade maior de itens nessa opção mais econômica — explicou Van Beek.
A busca por compras de itens no atacado se reflete nos números do setor. Dados da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) mostram que o faturamento desse tipo de loja cresceu 12% no ano passado e a expectativa é de uma expansão de dois dígitos também neste ano, apesar da crise. Van Beek lembra que, neste momento de crise, as pessoas acabam dando preferência ao que é mais em conta em detrimento da conveniência.
O Globo
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