Seis características sobre os hábitos de compra da população acima de 60
Segundo estimativas do IBGE, nos próximos 20 anos a população acima de 60 anos, mais que triplicará, chegando a 88,9 milhões de brasileiros (39,2% da população). Ou seja, o Brasil está no momento de proporcionar mudanças e novas oportunidades de negócios em muitos segmentos, pois a população está envelhecendo em uma velocidade muito rápida, o que trará um grande impacto sobre os sistemas de saúde e outros, com elevação de custos e do uso dos serviços.
Pensando neste futuro cenário, a SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo decidiu levantar informações sobre os atuais hábitos de compra da população com idade superior a 60 anos. “Realizamos este estudo para analisar os fatores que levam este público a consumir, que aspectos eles mais prezam em suas compras e a presença do varejo digital entre essa população. Além disso, avaliamos a experiência de compra e os aspectos mais valorizados no consumo de produtos e serviços”, Comenta Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.
O estudo da SBVC contou com 434 entrevistados numa pesquisa quantitativa, realizada em parceria com a AGP Pesquisas Estatísticas, revelando que 86,4% dos 60+ afirmaram que eles mesmos são o elemento responsável pelo controle das finanças e decisões de compra em sua residência. Outros 8,8% afirmaram que o cônjuge toma as principais decisões de consumo, fazendo com que menos de 5% da amostra total dependa de terceiros.
Na média da população entrevistada, o item mais importante no orçamento mensal são os gastos com mantimentos (R$ 892), seguidos por Moradia (R$ 805) e Saúde (R$ 758). Isso significa um dispêndio médio de R$ 2488 mensais somente para os itens considerados básicos. É importante ressaltar que o consumo se dá em uma ampla variedade de canais: 55% dos entrevistados costumam ir semanalmente a redes de hipermercados ou supermercados, 52% ao mercado local e 62% às lojas de hortifrúti. Apenas 21% costumam ir toda semana à feira livre (sendo que 32% afirmam nunca frequentar esse canal) e apenas 5% vão a armazéns toda semana (56% nunca utilizam esse canal de compras). Percebe-se que o consumidor com mais de 60 anos, ao mesmo tempo em que utiliza super e hipermercados, tradicionais e de vizinhança, em seu mix de consumo, também vai aos hortifrútis para o abastecimento de itens perecíveis.
Sobre a experiência no ponto de venda dos supermercados, os consumidores 60+ não a consideram tão positiva e o fator principal para isso, são as grandes filas nos caixas (84,2% no caso dos super/hiper, 69,2% nos mercados locais). Nos shopping centers, esse item foi o segundo maior motivo de críticas, com 52,6% de citações. Além disso, a falta de atendimento também foi citada de forma recorrente como um fator prejudicial à experiência de compra, com 52,6% de menções em supermercados e hipermercados, 23,1% nos mercados locais e 21,1% nos shopping centers.
Lojas cheias, filas também são aspectos que atrapalham bastante a experiência de compra, pois dificultam o deslocamento pelo PDV e a finalização bem sucedida do pagamento. “O que mais nos chamou a atenção neste estudo é o fato de que itens relacionados exclusivamente à experiência de consumidores 60+, como a disponibilidade de áreas de descanso, elevadores, escadas rolantes e produtos desenvolvidos para esse público, são muito menos relevantes para a satisfação dos clientes do que itens que também são importantes para clientes de outras faixas etárias, como caixa sem filas”, ressalta Eduardo Terra.
Confira os seis principais destaques do estudo:
1) Os fatores que mais prejudicam a experiência nas lojas físicas para a população acima de 60 anos são os mesmos que valem para o consumidor em geral: filas, atendimento ruim e lojas cheias. Itens tradicionalmente relacionados a este público, como escadas e falta de espaço para descanso, aparecem com muito menos relevância na lista de fatores.
2) 70% dos consumidores 60+ já fizeram compras online e 23,9% já compraram via smartphone. Trata-se de um público já inserido no universo digital. A imagem da população acima de 60 anos “analfabeto digital” é praticamente um mito, perto da atual realidade.
3) Em um primeiro momento, o consumidor 60+ não percebe que a loja não tem produtos específicos para ele. Somente quando estimulado é que ele faz avaliações relativamente baixas a respeito do assunto.
4) Segurança e confiabilidade dos sites ainda são entraves às compras online, assim como acontece com a população em geral.
5) Os consumidores 60+ continuam desejando o “touch and feel” do varejo físico.
6) Ao mesmo tempo em que é importante investir em produtos para este público, é fundamental atacar os pontos de atrito do processo de compra em lojas físicas – que são os mesmos pontos de atrito para todos os consumidores, independente da idade.
Divulgação
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Preços de remédios sobem até 4,76%
O Diário Oficial da União publicou nesta sexta-feira (31) resolução do Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) autorizando os índices do reajuste anual de preços de medicamentos para 2017, que variam de 1,36% a 4,76%. O aumento começa a valer a partir desta sexta-feira.
De acordo com a resolução, o reajuste máximo permitido é o seguinte: nível 1: 4,76%; nível 2: 3,06; e nível 3: 1,36%. O Cmed é um órgão do governo integrado por representantes de vários ministérios.
O Sindicato da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma) informou, por meio de nota, que os índices de reajuste não repõem a inflação passada, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado de 12 meses, de março de 2016 a fevereiro deste ano.
“Do ponto de vista da indústria farmacêutica, mais uma vez os índices são insuficientes para repor os custos crescentes do setor nos últimos anos”, diz a nota.
Segundo o Sindusfarma, o reajuste anual de preços fixado pelo governo poderá ser aplicado em cerca de 19 mil medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro.
Agência Brasil
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Classes C, D e E são as que mais compram sem necessidade motivadas por promoções
Um terço (33%) dos consumidores compra sem necessidade motivado por promoções, especialmente entre as classes C, D e E (35%), entre as mulheres (38%) e as pessoas de 18 a 34 anos (42%). A pesquisa foi realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Ainda com relação a práticas consumistas, 42% dos consumidores que responderam à pergunta costumam comprar parcelado para conseguir comprar tudo o que querem, enquanto 4 em cada 10 (40%) não procuram meios alternativos para economizar em saídas ou baladas, como reuniões em casa ou na casa de amigos.
Apesar de uma parte considerável dos entrevistados admitir ter atitudes consumistas, o estudo indica que a maioria dos consumidores diz adotar práticas colaborativas ou conscientes com o objetivo de economizar. Oito em cada dez (78%) fazem em casa serviços que poderiam ser contratados fora, como cinema, lanches, manicure e pet shop, 74% utilizam transporte coletivo ou caronas (principalmente as mulheres, 80%, e as classes C, D e E, 78%) e 51% vão aos lugares a pé ou de bicicleta para poupar com transporte (sobretudo entre as classes C, D e E, 55%).
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o mau momento da economia estimula essas atitudes, que são estratégias capazes de fazer com que o orçamento renda mais. “Abrir mão da comodidade de contratar um serviço fora de casa, ou de gastar com algum item supérfluo, pode ser a diferença entre o equilíbrio e o desequilíbrio financeiro. É importante que o consumidor faça a distinção entre o que é necessidade e o que é desejo, e, nesse segundo caso, tenha clareza de quanto ele pode gastar”, afirma.
O educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, diz que, principalmente devido à recessão, é preciso administrar o orçamento pessoal com cautela. “Estamos no início do ano e, ao que tudo indica, ainda teremos dificuldades em 2017. Portanto, é importante controlar os impulsos de consumo e evitar locais e situações tentadoras que favoreçam compras desnecessárias”, avalia.
G1
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Prêmio Sebrae Mulher de Negócios prorroga inscrições
O Sebrae prorrogou até o próximo dia 14 de abril as inscrições para a edição 2017 do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. A premiação é uma promoção do Sebrae em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e a Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil (BPW), com apoio técnico da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).
O objetivo é incentivar empreendedoras a contar suas histórias de sucesso, de modo a inspirar outras mulheres no mundo do empreendedorismo.
A inscrição pode ser feita em três categorias diferentes: pequenos negócios, produtora rural e Microempreendedora Individual (MEI).
As interessadas precisam preencher uma ficha de inscrição, acompanhada de um relato escrito da sua trajetória como empreendedora e de uma autoavaliação do negócio. Todas as informações estão disponíveis no site do prêmio ou em uma unidade do Sebrae.
As participantes serão avaliadas em aspectos de gestão, marketing e vendas, finanças, gestão de pessoas, inovação, empreendedorismo, entre outros, além de visão de futuro, desafios para abrir o empreendimento, ideias inovadoras, crescimento dos resultados obtidos, perseverança etc.
A premiação é dividida em duas etapas: estadual e nacional. Na etapa estadual, as que tiverem a melhor pontuação, por categoria, vão receber a visita de um verificador, que validará as informações apresentadas na autoavaliação de gestão do negócio e no relato.
Depois, serão analisadas por uma banca de juízes que determinará quem será a vencedora de cada categoria. Ao todo, serão selecionadas até 81 candidatas, até três por unidade da federação, que participarão da etapa nacional.
No fim da etapa nacional, as nove ganhadoras – troféus ouro, prata e bronze – serão conhecidas em outubro, durante solenidade na sede do Sebrae, em Brasília (DF). Elas terão direito a uma viagem nacional para participar de uma missão técnica com foco em capacitação, a um certificado, ao selo de vencedora e ao troféu.
Portal Administradores
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Turismo de Mato Grosso do Sul marca presença na WTM Latin América 2017
De 04 a 06 de abril, o turismo sul-mato-grossense será representado na WTM Latin America 2017 & 47º Encontro Comercial Braztoa. O evento, que está em sua 5ª edição, acontece no Expo Center Norte, em São Paulo. A Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), ocupará um estande oferecido pelo Ministério do Turismo aos estados brasileiros.
Segundo Bruno Wendling, diretor presidente da Fundtur-MS, esta é uma excelente oportunidade para buscar novos mercados e fortalecer os já existentes. “Vamos focar em ações promocionais pensando na geração de resultados, sempre alinhados com o trade turístico. Esta feira é uma vitrine internacional importante para oferecer nosso turismo aos mercados consumidores”, ressalta.
Na ocasião, Wendling participa da 1ª Reunião Extraordinária 2017 do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo – Fornatur. Empresários do trade sul-mato-grossense e técnicos da Fundação de Turismo participam de workshops e palestras, além de realizar atendimento ao público e empresários interessados nos destinos e produtos turísticos de MS. Também serão distribuídos kits com folhetos que destacam as regiões turísticas do Estado e retratam as belezas naturais, gastronômicas e culturais do Mato Grosso do Sul.
Sobre a WTM Latin America
A WTM Latin America, agora em seu quinto ano, atrai cerca de 9.000 executivos dos mais conceituados na indústria de viagens e turismo da América Latina. Em 2016 o evento gerou mais de US$ 370 milhões em novos negócios realizados entre expositores e compradores. Mais informações aqui.
Serviço
Local: Expo Center Norte, São Paulo
Período: 4 a 6 de outubro de 2017
Débora Bordin –Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur)
Foto: Arquivo WTM Latin America
Portal do Governo de Mato Grosso do Sul
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Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio divulga pesquisa conjuntural de serviços e comércio
A partir desta edição o IPF – Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento da Fecomércio-MS divulga dados da Pesquisa Conjuntural de Serviços e Comércio em um único relatório. Outra novidade é que a instituição fez sondagem com empresários de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. “A análise do cenário econômico do nosso Estado ganha em detalhamento de dados que poderão embasar a tomada de decisões tanto do empresário do comércio quanto dos consumidores”, explica o presidente do Sistema Fecomércio-MS, Edison Araújo.
De acordo com o levantamento, um dos indícios de recuperação da economia foi o saldo positivo de emprego na área de serviços. “Janeiro e fevereiro apresentam os primeiros sinais de mudança após oito meses de queda”, analisa a economista do IPF, Daniela Dias. A análise do IPF também percebeu a sensibilidade do consumidor em função das variações dos preços do comércio de bens e serviços. “Diante da instabilidade econômica, do comportamento cauteloso dos consumidores e de um aumento nos preços do segmento de serviços (0,58%), houve uma queda na demanda (-23,80%) em percentual superior ao aumento dos preços, acarretando com isso uma queda significativa da receita empresarial (-17,60%), como foi registrado para o mês de janeiro de 2017”.
No setor de comércio de bens, em janeiro, o período de pagamento de impostos, seguros e compra de material escolar frearam os gastos do consumidor e o resultado foi baixa venda principalmente para os setores de eletrodomésticos, informática e de bens duráveis. O segmento também registrou mais demissões do que admissões, boa parte ocasionada pela saída dos trabalhadores contratados para o período de Natal (temporários).
“Apesar disso, em fevereiro esse saldo passou a ser positivo. E no que se refere a inflação para Campo Grande, os maiores aumentos do IPCA ocorreram em janeiro de 2017 para produtos óticos, automóveis novos e usados, combustível, alimentos e bebidas”, comenta Daniela. “Percebem-se alguns resultados discretamente melhores, apesar de não satisfatórios. Isso reflete o surgimento de alguns indícios de uma recuperação lenta e gradativa para os meses que seguem”.
Confira a pesquisa na íntegra:
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Índice de endividados e indicadores de inadimplência estão maiores na Capital
Neste mês de março, 61,2% informaram ter contas parceladas como cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros, contra 60,8% em fevereiro.
“Também percebemos o aumento dos indicadores de inadimplência, das pessoas ouvidas, 34% informaram ter contas em atraso, frente a 32,4% em fevereiro e 14,9% disseram que não terão condições de pagar, avanço de um ponto percentual”, diz o presidente do Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MS (IPF-MS), Edison Araújo.
O cartão de crédito continua sendo a principal fonte de endividamento, apontado por 63,8%, seguido dos carnês, mencionados por 26,6% e financiamento de carros, 16,3%.
Confira a pesquisa na íntegra:
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Fecomércio-MS é parceira do programa Empresa Pró-Ética lançado na Capital
Foi lançado nesta quarta-feira (29) em Campo Grande, pelo ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, Torquato Lorena Jardim, o programa Empresa Pró-Ética, que busca fomentar a adoção de medidas de integridade pelas instituições privadas, na prevenção e o combate à corrupção e outros tipos de fraudes. A iniciativa do governo federal tem o apoio da Fecomércio-MS.
Entre os benefícios para as empresas que participam da iniciativa estão: reconhecimento público do comprometimento com a prevenção e combate à corrupção; publicidade positiva para empresa aprovada que figure na lista; avaliação do Programa de Integridade por equipe especializada; relatório com a análise detalhada de suas medidas de integridade e com sugestões de aprimoramento.
Entre os benefícios para as empresas que participam da iniciativa estão: reconhecimento público do comprometimento com a prevenção e combate à corrupção; publicidade positiva para empresa aprovada que figure na lista; avaliação do Programa de Integridade por equipe especializada; relatório com a análise detalhada de suas medidas de integridade e com sugestões de aprimoramento.
- Publicado em Acontece no Sistema
Redução de juros ao consumidor ajuda na retomada da economia
A tendência da inflação oficial, medida pelo IPCA, é de queda para os próximos dois anos. Alguns analistas esperam que a taxa fique abaixo da meta anual, de 4,5%, pela primeira vez desde que o regime de metas de inflação foi implementado.
Para os economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), essa trajetória da inflação abrirá espaço para reduções mais intensas da taxa de juros básica, a Selic, por parte do Banco Central.
Entretanto, dizem os economistas, o que realmente importa para a recuperação da economia é a diminuição dos juros “na ponta”, que são pagos pelos consumidores e empresas.
Há uma associação direta entre a Selic e as demais taxas, já que quanto menor seu nível, mais barata será a concessão do crédito oferecido pelos bancos comerciais a seus clientes.
Os economistas da ACSP observam, porém, que há um descompasso nessa equação. “O que se tem assistido desde o começo do ano é uma diminuição dos juros de várias linhas de crédito, porém, em proporção muito menor do que a observada para a taxa de política monetária.”
O Banco Central tem consciência de que os spreads bancários (diferença entre o que a instituição financeira cobra aos tomadores de crédito e o que paga pelas aplicações) brasileiros são os mais elevados do mundo, e inclusive lançou o programa BC+, cujo objetivo central é a redução desse spread.
De acordo com o próprio Banco Central, o spread elevado é explicado principalmente pela inadimplência, pelos lucros do setor e pelos custos administrativos.
“Por esse motivo, é preciso, em primeiro lugar, garantir a adimplência, a partir de legalizar os descontos com pagamentos em dinheiro, limitar o rotativo do cartão de crédito, aperfeiçoar o cadastro positivo e implementar a duplicata eletrônica.”
Segundo os economistas da ACSP, a redução dos custos administrativos seria alcançada pelo aprimoramento da contratação por meios eletrônicos, pela simplificação das regras do compulsório e pela melhoria da regulação sobre arranjos de pagamentos.
Finalmente, diz a equipe da ACSP, a redução dos juros bancários também passa pelo aumento da concorrência no setor, a partir de tornar o cartão de crédito mais eficiente e barato, e pela limitação da concessão do crédito direcionado, que, por representar operações onerosas para as instituições financeiras, levam estas a cobrar mais pelos créditos livres.
O regulador do sistema financeiro reconhece os problemas do setor. Entretanto, existem duas causas adicionais do spread que, por envolverem o governo, escapam do escopo do programa.
Uma das causas são os impostos diretos (imposto de renda – IR e a contribuição social sobre o lucro líquido – CSLL). “O baixo grau de concorrência do setor bancário termina repassando grande parte desses impostos aos tomadores de crédito.”
A outra é o fato de o país apresentar um dos maiores níveis do mundo de recolhimentos obrigatórios (depósitos compulsórios), que diminuem a quantidade de crédito disponível para ser oferecida a famílias e empresas.
“A existência de mais essa ‘jabuticaba’ da economia brasileira se explica, no fundo, pela necessidade de o governo criar um mercado cativo para financiar seu elevado padrão de gastos”, explicam os economistas da ACSP.
Eles dizem que o Programa BC+ constitui importante reforma microeconômica, que poderá auxiliar na redução das taxas de juros. Porém, a equipe da ACSP enfatiza que, para que sua eficácia seja ainda maior, o governo deveria evitar novos aumentos de carga tributária no setor e reduzir suas despesas e, deste modo, seu grau de endividamento.
“Sem esse esforço conjunto, a redução dos juros enfrentados por famílias e empresas deverá ser mais lenta do que o necessário, atrasando a recuperação da economia e impedindo que a mesma se realize em bases mais sólidas.”
MOEDA, CRÉDITO E INFLAÇÃO
De acordo com o Banco Central, nos últimos 12 meses terminados em janeiro, o crédito à pessoa física continuou crescendo bem menos do que a inflação.
Em fevereiro, o Banco Central voltou a reduzir a taxa básica, mantendo o mesmo ritmo de diminuição de janeiro, enquanto a inflação medida pelo IPCA seguiu desacelerando.
ATIVIDADE ECONÔMICA E EMPREGO
O Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 recuou de forma importante, porém com menor intensidade do que no ano anterior. Em janeiro, a produção industrial cresceu em relação ao mesmo mês de 2016, em decorrência da base fraca de comparação e de dispor de dois dias úteis a mais.
No mês de fevereiro, a confiança do consumidor apresentou redução em relação a janeiro.
O desemprego em janeiro continuou aumentando, enquanto a renda auferida no mercado de trabalho (massa de rendimentos) continuou diminuindo, ainda que de forma menos intensa.
A taxa de inadimplência da pessoa física mostrou leve alta em janeiro. Em síntese, os dados disponíveis sugerem, até o momento, que a crise está perdendo força.
Mantido o atual patamar do câmbio, a indústria poderá se recuperar em velocidade maior do que o comércio, que enfrenta um consumidor ainda muito cauteloso e inseguro.
Além disso, o agronegócio, com a safra recorde, contribuirá de forma positiva para a atividade econômica, além de reduzir os preços dos alimentos.
A inflação segue em forte baixa no início de 2017, o que poderá intensificar as próximas reduções dos juros básicos por parte do Banco Central.
FINANÇAS PÚBLICAS
Em janeiro de 2017, o Governo registrou arrecadação superior às despesas não financeiras (superávit primário), devido à maior arrecadação de impostos e contribuições neste período, além de maior controle de despesas.
No acumulado em 12 meses, contudo, houve saldo negativo (déficit) primário, explicado fundamentalmente pelo maior crescimento das despesas do que das receitas do governo Federal.
A perspectiva para o resto do ano é preocupante, pois o déficit primário anual foi subestimado em R$ 58,2 bilhões, na Lei de Orçamento Anual (LOA) de 2017.
Para que não se descumpra a meta, existe o risco de aumento de carga tributária, o que seria péssimo para a recuperação econômica e, portanto, para o próprio comportamento futuro da arrecadação.
Para os economistas da ACSP, o ideal, além de continuar cortando despesas, seria melhorar o uso dos tributos existentes, além de focar sua atuação na obtenção de receitas extraordinárias, decorrentes de nova repatriação de recursos, concessões e privatizações.
De qualquer forma, as expectativas do mercado para o resultado primário anual continuam a prever um déficit acima da meta estabelecida.
SETOR EXTERNO
A contas externas continuam apresentando números favoráveis neste início de ano. O déficit da conta “transações correntes” (soma das exportações menos importações de bens e serviços) recuou, principalmente pelo saldo positivo (superávit) obtido pela transação de mercadorias (balança comercial).
O avanço das vendas externas ocorreu em todos os grupos de mercadorias, destacando-se os embarques de produtos básicos, devido à forte recuperação dos preços internacionais de diversas matérias primas exportadas pelo país, em especial do minério de ferro, de petróleo em bruto e de soja.
Do lado das importações, destaca-se o crescimento de bens intermediários, o que poderia sinalizar o início de uma recuperação da atividade econômica.
A taxa cambial no país continua sendo um fator de preocupação para os empresários. Em fevereiro, o dólar manteve a tendência de queda que se observa desde o ano passado.
Em síntese, os resultados positivos da balança comercial neste ano estão sendo obtidos em função dos aumentos de preços internacionais de várias commodities, que puxaram o crescimento das exportações brasileiras, principalmente para a China.
“Se as cotações desses produtos se mantiverem em níveis elevados e o câmbio não prejudicar as vendas externas de manufaturados, é factível a expectativa de que o saldo da balança comercial atinja o mesmo patamar registrado no ano passado.”
Como ocorre desde 2015, o comércio exterior continua contribuindo para diminuir os efeitos da crise econômica, ao mesmo tempo que reduz o déficit das “transações correntes” do balanço de pagamentos do país.
Diário do Comércio
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Especialista dá dicas de marketing digital para empresas fugirem da recessão
A recessão econômica prolongada no País tem feito com que os empresários se reinventem a todo o momento. Mudanças nas políticas de precificação em produtos e serviços, inserção de novas categorias para venda, ampliação do ramo de atividade são apenas algumas das medidas adotadas pelos empreendedores que surgem resultado. A publicidade, quando bem estruturada pode trazer um diferencial competitivo frente aos concorrentes e alavancar as vendas.
Entretanto, muitos optam pela redução de custos brusca – corte de funcionários, de fornecedores e de despesas em geral – para sobreviver à recessão econômica , quando na verdade o momento é de rever estratégias e mostrar ao consumidor sua presença.
Atualmente uma das estratégias que tem obtido resultados positivos com baixo custo de investimento são os anúncios online. Redes sociais como o Facebook, Instagram e até mesmo a rede corporativa Linkedin tem sido usada para atrair a atenção do consumidor.
Por mais que parece um território desconhecido para muitos, ele tem crescido em procura no País. Dados da Kantar IBOPE Media apontaram que no ano passado a publicidade online recebeu investimento na ordem de R$ 5,7 bilhões. Tendência pode-se dizer que sim, mas é um mercado que ainda precisa ser explorado.
Para ajudar quem ainda não entende muito de publicidade online e os seus impactos, o Brasil Econômico entrevistou Diego Carmona, CVO do leadlovers. O especialista em marketing digital evidenciou como estratégias online são capazes de atrair, reter e converter vendas.
Qual a importância de se criar estratégias para atrair a atenção do consumidor?
Aquele ditado “quem não é visto não é lembrado” faz muito sentido no mundo empresarial e uma das importâncias de se criar estratégias é essa. Você precisa mostrar de alguma forma para o consumidor que o seu negócio existe e que ele possui o produto ou serviço que irá solucionar o problema dele. Você pode elaborar estratégias continuas e anunciar os benefícios ou características da sua empresa/produto/serviço durante todo o ano, para isso é importante separar uma verba para campanhas online, mas também é possível elaborar estratégias sazonais e focar em único produto, caso você ofereça mais de um, o mirar em público-alvo específico.
Em tempos de crise, essas iniciativas tendem a aumentar?
Em tempos de crise acredito que sim, pois é necessário refazer um redirecionamento do orçamento para diminuir gastos e o investimento em campanhas online é menor do que em campanhas de marketing tradicional. Com um investimento menor você consegue atingir um grande público e a vantagem é que você mesmo consegue segmentar o público que deseja.
A publicidade digital ganhou destaque, porém alguns consumidores a considera chata. Como evitar que o cliente bloqueie as estratégias de e-mail marketing e marketing digital?
Para realizar uma estratégia de marketing digital assertiva e não incomodar consumidores que não têm interesse no seu trabalho, é necessário conhecer a sua persona (público alvo). Para descobrir quem é a sua persona realize questionários com os seus seguidores para saber quem são eles, realize teste de campanhas online, veja qual é o tipo de público que seus concorrentes atraem e análise se eles estão obtendo resultados positivos com a audiência que estão impactando.
Quais as estratégias mais comuns nesses dois segmentos?
O marketing digital consiste em usar estratégias online para impactar possíveis compradores, ela engloba todas as ações digitais, tais como, construir audiência no Facebook, post em blogs ou criar vídeos no Youtube. A ideia é que algumas destas campanhas sejam direcionadas a entregar valor para o cliente e conseguir o e-mail do mesmo. A estratégia é chamada de geração de leads e consiste em conseguir o e-mail do cliente em troca de um presente ou benefício, como acesso gratuito por um tempo, um e-book ou um cupom de desconto.
As empresas têm investido mais nessas iniciativas?
Muitas empresas ainda não conhecem esse modelo, mas das que tem entrado no mundo do marketing digital, sim, as principais estratégias passam pela criação de conteúdo voltada à geração de audiência e construção de listas de leads para relacionamento e vendas.
Quanto ao investimento, qual o custo para o empresário?
O investimento é baixo em relação à mídia tradicional e permite testar rapidamente se aquela ação traz um retorno ou não para o cliente. Você precisa separar investimentos para anúncios, criação de conteúdo e para plataformas digitais.
E o retorno?
O retorno ocorre em pouco tempo, dependendo do produto ou serviço. O marketing digital permite que você tenha acesso a dados e métricas rapidamente, o que permite escalar suas campanhas ou ajustar o que não está gerando resultados de forma simples e direta.
Para quem não sabe nada sobre marketing digital o ideal é começar pesquisando sobre o assunto, procure sobre automação de vendas, sobre geração de leads, etc.. e encontre as principais referências no mercado, em seguida, coloque a mão na massa, realize campanhas no FacebookAds e no Google Adwords de baixo investimento para sentir como é este mundo.
O mercado tem sinalizado que a recessão econômica está no fim. Mesmo assim, manter o foco em estratégias digitais podem garantir resultados de longo prazo.
Brasil Econômico
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