Varejo: 11 tendências para vender mais em 2017
O ano está chegando ao fim. Para muitos empreendedores, 2016 não foi do mais fáceis. Porém as dificuldades podem ser um ótimo incentivo para pensar em caminhos alternativos. Não dá para deixar a inovação de lado e ignorar as demandas que surgem dos clientes.
Para quem trabalha no varejo, há sempre muitas novidades no mercado. Quais delas você precisa considerar? E quais as tendências para 2017? Contamos com a ajuda de Carlos Zilli, conselheiro da Imaginarium, e de Fernando Lucena, sócio-diretor da GS&Friedman, para reunir dicas relevantes. Ligue seus radares e não perca tempo: confira nossa lista e saiba no que ficar de olho.
Varejo híbrido
Segundo Zilli, é um desafio cada vez maior reter os consumidores nos pontos de venda. Por isso, as lojas estão criando ambientes onde é possível encontrar produtos de segmentos diferentes. No mesmo local onde se vendem objetos há também roupas e serviços, por exemplo –todos atendendo o mesmo perfil de consumidor. Fazer essa mistura é um desafio, mas é uma tendência já é observada em lugares como Berlim, onde um café pode ser também loja de roupa e de discos para um público específico, que aprecia determinado estilo de visual, música e alimentação. Outro bom exemplo é a norte-americana Urban Outfitters, que vende roupas, sapatos, acessórios, itens de decoração e produtos de beleza, focada em um público jovem.
Canais alinhados
De acordo com Lucena, o que existe hoje é um omniconsumidor, um consumidor altamente seletivo, que usa bem a tecnologia para tomar a decisão de compra, que pode ser realizada por inúmeros canais. Já não é mais possível separar o mundo físico do digital — as pessoas transitam entre eles com naturalidade –, e os canais não podem ser vistos como concorrentes. Pode ser que a pessoa esteja dentro da sua loja física pesquisando o seu site para comparar preços e ver mais opções de um mesmo produto – como cores e tamanhos, no caso de vestuário. Isso acontece porque as lojas têm limitações de espaço. Já a internet é uma prateleira sem fim.
Também pode ser que o cliente esteja na sua loja por querer testar o produto ao vivo, mesmo que depois ele feche a compra pelo site. Quem não percebeu isso está ficando para trás. A Nike, por exemplo, leva para a loja o seu canal digital e, caso o tênis desejado não esteja em estoque, a compra pode ser feita mesmo assim. “A pessoa compra com a marca. Precisa haver uma consistência nos canais e a boa experiência precisa ser replicada em todos. Tem que ser gostoso comprar na loja e comprar no site”, afirma Lucena. “Para ter um site mal feito, melhor não ter, para não prejudicar a imagem da marca.”
Mudanças no ponto de venda
O ponto de venda está mudando de função para ser um ponto de relacionamento. A compra pode ser feita ali mesmo, pela internet ou por um revendedor — ela é só uma consequência de todo um processo de relacionamento bem conduzido. Isso não significa que a loja física seja apenas um showroom. Nas lojas da Apple, por exemplo, os vendedores não são treinados para vender, mas sim para atender, explicar e tirar dúvidas. Eles atuam como facilitadores. Claro que essa mudança no perfil também precisa vir com uma redefinição de função e do sistema de remuneração.
Em vez de pagar mais a quem vende mais, é possível remunerar quem traz novos clientes para a loja, quem vende mais para um mesmo cliente e quem recebe mais elogios, por exemplo. Esse tipo de vendedor precisa gostar de gente e gostar de se relacionar – as técnicas de venda são ensinadas. Um outro exemplo interessante de relacionamento em pontos de venda é do grupo de cosméticos Ikesaki, que promove cursos com seus produtos para clientes dentro das lojas.
No friction
O no friction se caracteriza pelo fim dos intermediários. Os representantes de vendas, por exemplo, estão sendo substituídos pelo acesso direto do cliente no canal digital ou no contato pelas redes sociais. Nos aeroportos, o uso de totens para check-in dispensa os atendentes. O Uber também é um serviço que elimina o intermediário e conecta diretamente clientes e prestadores de serviço, assim como o aplicativo de delivery iFood ou a plataforma de aluguel de casas Airbnb.
Vídeo
Todos nós estamos nos tornando produtores de conteúdo em vídeo. Seja pelo YouTube, Facebook, Snapchat ou Instagram, criamos e compartilhamos pequenos filmes. Todo mundo é ator, todo mundo é roteirista. É preciso ficar atento a essa nova maneira de se comunicar. Você precisará abrir esse canal com os clientes, e os clientes vão falar da sua marca por meio dessas plataformas. Assim como o fast fashion, os vídeos têm um ciclo de vida cada vez mais curto, o que requer cada vez menos uma grande produção e uma maquiagem perfeita.
Cliente é rei
Estender o tapete vermelho para os clientes deixou de ser iniciativa só do mercado de luxo. Hoje, toda marca precisa oferecer tratamento diferenciado para criar embaixadores. Uma boa relação com os clientes se refletirá na vida real e nas redes sociais, aumentando a interação com a marca e os comentários positivos.
Empresa é uma só para quem trabalha e para quem consome
Não existe mais separação entre a empresa para o cliente e a empresa para o funcionário. Em muitas situações, a mesma pessoa que compra seu produto também participa dos processos de recrutamento e seleção para trabalhar na sua empresa. Portanto, o cuidado com as relações humanas precisa existir em relação aos clientes e aos colaboradores, pois as contradições ficam cada vez mais expostas e transparentes.
Não significa que todas as empresas precisam fazer como o Google, colocando rede e sala de jogos no escritório – mesmo assim, é bom lembrar que além de ambientes bonitos o Google também tem processos, meritocracia e foco em resultados. O importante é revisitar processos internos e verificar se a companhia se comporta da porta para dentro da mesma forma que se comporta da porta para fora, porque a empresa é uma só para quem trabalha e para quem consome.
Sustentabilidade
Produtos sustentáveis e empresas que estejam genuinamente preocupadas com o meio ambiente continuam conquistando a preferência dos clientes. Pesquisas recentes mostram que quem compra prefere opções ecológica e socialmente sustentáveis.
Uma das tendências para 2017 identificadas pela consultoria TrendWatch é a chamada “captura de capacidade”, que significa encontrar novas fontes de valor ou eliminar qualquer desperdício de recursos. O Reverse Delivery, uma iniciativa brasileira, apareceu entre os exemplos. O projeto, lançado em 2016, aproveita os baús vazios dos motoboys que entregam refeições para coletar doações de comida. Os restaurantes parceiros avisam os clientes do projeto assim que fazem o pedido e quem tem alimentos pode contribuir.
Mas segundo Lucena, a sustentabilidade é cada vez mais um conceito que não tem a ver apenas com a natureza e com a sociedade. É preciso buscar sustentabilidade nas relações com clientes e com fornecedores. Pensar no amanhã do planeta e dos relacionamentos. Sua empresa quer fazer apenas transações de produtos ou quer criar uma conexão perene com o cliente? Quer espremer o fornecedor o quanto possível por desconto ou quer estabelecer uma relação ganha-ganha de longo prazo?
Consultoria
Os consumidores hoje buscam mais soluções do que produtos. “Se você atua na área de moda, por exemplo, pode oferecer uma consultoria de como suas clientes podem se apresentar melhor, o que é diferente de apenas vender uma peça de roupa”, explica Lucena. Para oferecer um bom serviço, é fundamental ter vendedores que não estão apenas interessados em fazer uma transação de compra e venda. Para vender serviços, o elemento humano existe para o relacionamento, educando e orientando o cliente para um melhor uso do produto. “Os clientes querem sempre um pouco mais do seu produto, esgotar as possibilidades que ele oferece. Então, preciso de alguém que me oriente para usufruir.”
Exigir exclusividade do cliente é cada vez mais difícil
Quando falamos em fidelidade e programas de relacionamento, o que tentamos exigir dos consumidores é uma relação de exclusividade na hora da compra – faça negócio comigo e com mais ninguém. O problema é que o número de opções, de marcas ou de produtos, aumentou muito, então está cada vez mais difícil exigir essa fidelidade. O relacionamento não precisa deixar de ser cultivado, mas deve ter um sentido de “compre de outro, só não se esqueça de mim”, garantido que em momentos mais convenientes o cliente estará disposto a voltar para sua empresa.
Por exemplo, quando escolhemos qual pizza comer. Para alguém que mora em São Paulo, há dezenas de opções no mesmo bairro. Se a ideia é apenas comer muito, a escolha pode ser por um rodízio. Mas se a opção for algo de mais qualidade, a escolha pode ser sempre por um restaurante especial, que se diferencie dos demais.
Experiência virtual
Segundo a TrendWatching, a economia da experiência vai se fortalecer ainda mais com as experiências de realidade virtual e realidade aumentada. O mundo virtual vai eliminar as barreiras de custo e acessibilidade associadas a muitas experiências no mundo real, tornando o tempo o único fator escasso. Um dos exemplos dessa nova realidade foi o lançamento do Buy+ pelo Alibaba, uma experiência de compra com realidade virtual. Usando um smartphone, os consumidores eram transportados para uma loja da Macy’s em Nova York, onde podiam passear e escolher os produtos nas prateleiras.
Portal Varejista
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Aneel propõe mudanças em valores de bandeiras tarifárias para o ano que vem
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentou uma proposta para os valores das bandeiras tarifárias que deverão ser aplicadas às tarifas de energia no ano que vem. Os valores ainda podem sofrer alterações, pois a proposta receberá contribuições por meio de audiência pública.
Segundo a proposta da agência, a bandeira amarela passaria de um adicional de R$ 1,50 para R$ 2 a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos. A bandeira vermelha patamar 1 ficaria inalterada, em R$ 3 para cada 100 kWh e o valor da bandeira vermelha patamar 2 cairia de R$ 4,50 para R$ 3,50 a cada 100 kWh.
A mudança no valor da bandeira amarela foi sugerido por causa do aumento dos custos relacionados ao risco hidrológico neste patamar, de acordo com o relator da matéria, diretor José Jurhosa. Segundo ele, a redução do valor da bandeira tarifária vermelha patamar 2 é explicada porque em 2016 foram considerados os cenários com o acionamento das usinas térmicas mais caras.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a energia de hidrelétricas. A cor da bandeira que é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) indica o custo da energia, em função das condições de geração de eletricidade. Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país.
CDE
A Aneel também aprovou uma proposta para os valores da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para o ano que vem, que também vão passar por audiência pública. Segundo a proposta, a cota da CDE a ser paga pelos consumidores por meio da conta de luz seria de R$ 9,11 bilhões, valor 23% menor que o deste ano.
Mais R$ 3,7 bilhões devem ser incluídos na conta de luz dos consumidores em 2017 para a devolução do empréstimo feito pelo Tesouro às distribuidoras em 2013 que cobriu os custos maiores com a geração de energia por causa da falta de chuvas.
Se esses valores forem aprovados, o impacto médio da CDE nas contas de luz dos brasileiros deverá ter uma redução de 1,29% no ano que vem.
A CDE é um fundo setorial criado para promover fontes renováveis de energia, além da universalização do serviço de energia elétrica e subsidiar a tarifa social. Desde 2013, a CDE também tem o objetivo de prover recursos para compensar os descontos aplicados nas tarifas de energia elétrica.
Agência Brasil
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Intenção de consumo das famílias é a maior desde outubro do ano passado
A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) divulgou a ICF (Intenção de Consumo das Famílias) que traz resultado positivo para este mês natalino: entre as famílias de Campo Grande, a intenção de compras é a maior do ano e desde outubro de 2015.
“Embora ainda continue cauteloso, o consumidor dá sinais de que pretende ir às compras em um período que é fundamental para todo o comércio”, avalia o presidente do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio – MS), Edison Araújo.
Neste mês, a ICF ficou em 80,6 pontos, avanço de 4,26% quando comparado a novembro. Esse percentual ficou ainda mais significativo em relação a dezembro do ano passado, ao registrar um aumento de 18,7%.
Um dos aspectos que mais contribui para a decisão de compras foi a percepção no que tange ao emprego. Neste mês, 28,5% disseram se sentir mais seguros que em igual período do ano passado e 24% estão mais inseguros. Por outro lado, 18% mencionaram estar desempregados.
Confira o estudo na íntegra:
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Governo lança pacote de medidas com alterações no FGTS e no crédito
Após promulgação da PEC do teto de gastos, o governo anunciou nessa quinta-feira um pacote de medidas microeconômicas como nova etapa da política econômica federal. As propostas foram divididas em dez grandes grupos, que vão desde alterações no FGTS, no microcrédito, no acesso ao crédito do BNDES, na regularização de dívidas tributárias, no uso de cartão de crédito, entre outros.
O presidente Michel Temer disse que a intenção é melhorar o ambiente de negócios para retomar a geração de emprego.
Entre os projetos, está a redução gradual do valor da multa do FGTS paga pelo empregador no momento da demissão. Hoje é de 10% do valor do saldo do FGTS. O objetivo é reduzir 1% por ano durante 10 anos. A intenção é diminuir os custos com o empregado.
Outra proposta é igualar o rendimento do FGTS ao da poupança. O pacote de medidas também incluí incentivar o crédito imobiliário; aumentar o limite de enquadramento de empresas para acesso ao microcrédito produtivo, e também para o acesso ao crédito e refinanciamento de dívidas no BNDES.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicou que esse pacote é uma nova fase da política econômica para além do ajuste fiscal.
O governo também anunciou medidas de desburocratização para tentar facilitar as obrigações tributárias, contábeis e fiscais dos negócios no país, incluindo medidas para tentar reduzir o tempo para se abrir e fechar uma empresa. Entra as propostas está estender para empresas o programa E-social, usado para pagar obrigações trabalhistas de empregados domésticos.
Também consta no pacote: medidas para tentar aumentar a competitividade do comércio exterior do Brasil; aumentar a velocidade para regularização fundiária, e reduzir taxas de juros de cartão de crédito. No caso dos cartões, é necessário ainda estudo do Banco Central. Por Medida Provisória o governo também pretende permitir a diferenciação de preços entre diferentes formas de pagamento: um preço para pagamentos à vista, outra para débito, crédito, boleto, entre outros.
Muitas dessas medidas não tem aplicação imediata e precisam ou da edição de uma medida provisória, ou a aprovação do Congresso Nacional ou ainda de regulamentação do Banco Central ou outras instituições da administração pública.
Agência Brasil
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Pessoas físicas e empresas poderão parcelar dívidas com a Receita
O programa de regularização de dívidas tributárias anunciado nessa quinta (15) pelo governo valerá para pessoas físicas e empresas, mas abrangerá apenas dívidas com a Receita Federal e com a Previdência Social vencidas até 30 de novembro de 2016. Débitos inscritos na dívida ativa não estão incluídos no parcelamento.
Quem questiona na Justiça alguma dívida com a Previdência ou a Receita terá de desistir do processo para aderir ao refinanciamento. As empresas terão um benefício adicional e poderão abater créditos tributários (recursos que têm direito a receber do Fisco) e prejuízos de anos anteriores do saldo remanescente das dívidas. Nesse caso, as perdas precisarão ter sido apuradas até 31 de dezembro de 2015 e declaradas até 30 de junho deste ano.
Grandes empresas
Para as grandes empresas, que declaram pelo lucro real, haverá duas opções. Pagamento de 20% da dívida à vista e quitação do restante do débito com créditos tributários ou prejuízos fiscais. O saldo remanescente será parcelado em até 60 meses.
A empresa também poderá parcelar a entrada de 20% em 24 meses, com valores crescentes, de 9,6% do total da dívida no primeiro ano (cada parcela: 0,8% da dívida) e 14,4% no segundo ano (cada parcela: 1,2% da dívida). O saldo remanescente poderá ser quitado em até 60 meses a partir do 25º mês.
Pessoas físicas
Para as demais empresas e as pessoas físicas, as opções serão o pagamento de 20% do débito à vista e o parcelamento do restante em até 96 meses (cada parcela: 0,83% da dívida). Outra possibilidade é dar uma entrada de 21,6% parcelada em 36 vezes com valores crescentes: 6% no primeiro ano (cada parcela: 0,5% da dívida), 7,2% no segundo ano (cada parcela: 0,6% da dívida) e 8,4% no terceiro ano (cada parcela: 0,7% da dívida). O restante da dívida, nessa modalidade de renegociação, será parcelado em 84 parcelas lineares. Cada parcela equivalerá a 0,93% da dívida.
Agência Brasil
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Em outubro, queda na receita dos serviços em MS foi três vezes maior que média nacional
A Pesquisa Conjuntural do Serviço, do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS) aponta que em outubro o desempenho do setor de serviços foi negativo, assim como em âmbito nacional, mas a retração foi três vezes maior que a média brasileira.
A queda na receita nominal foi de 10,2% ao passo em que no País a variação negativa foi de 3,1%. “´Nos últimos meses percebemos um forte descolamento em relação aos resultados nacionais, com queda acentuada no desempenho do setor. Desta vez percebemos que houve queda significativa, puxada especialmente pelos serviços de transportes e correios e que também ocorreu nos demais segmentos, exceto turismo, que apresentou ligeira reação, de 0,6%”, analisa o presidente do IPF-MS, Edison Araújo.
Puxado pelo resultado de outubro, o desempenho dos serviços no acumulado deste ano foi negativo em 1,6%, enquanto no País houve estagnação. Mais uma vez destaque para o turismo, com crescimento de 3,8% e os serviços prestados à família, onde se inclui, por exemplo, alimentação fora de casa, com aumento de 4,8%.
Confira o estudo na íntegra em anexo:
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Governo anuncia pacote de medidas microeconômicas
— No ambiente macroeconômico, medidas estão sendo tomadas precisamente para sairmos da recessão que encontramos quando assumimos o governo — disse Temer.
GOVERNO RECORRE AO FGTS
Uma série das ações anunciadas envolvem o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O pacote prevê, primeiramente, uma melhora na remuneração dos cotistas. Hoje, os trabalhadores com conta no FGTS têm rentabilidade fixa de 3% ao ano mais TR. Conforme O GLOBO antecipou em sua edição de hoje, o governo agora quer destinar metade do lucro obtido pelo Fundo para os cotistas.
Além disso, o governo pretende implementar a eliminação gradual da multa adicional de 10% que as empresas são obrigadas a recolher em caso de demissão sem justa causa.
Neste último caso, a redução deve ocorrer em 1 ponto percentual por ano, em uma tentativa de aliviar o peso desses encargos para as empresas. Para a alteração da remuneração dos cotistas, o governo deve editar uma medida provisória (MP) que permite a distribuição de parte do lucro líquido do FGTS com os donos das contas vinculadas. A expectativa é de que o fundo lucre R$ 15 bilhões neste ano.
A previsão de sacar parte do FGTS para pagamento de dívidas, uma das possibilidades que estavam à mesa da equipe econômica, não foi descartada. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que isso ainda está em estudo e será divulgado nas próximas semanas.
O presidente Michel Temer (centro) com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (esq.) e ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha – Jorge William / O Globo
— Resolvemos fazer estudos a respeito da sustentabilidade das fontes de financiamento para a área de habitação. Não será possível ainda esse ano, mas proximamente voltaremos a esse assunto.
REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA
Temer afirmou ainda que o governo instituirá um programa de regularização tributária para pessoas físicas e jurídicas que têm passivos com a Receita Federal. Segundo Temer, isso é importante porque deve liberar essas empresas a tomarem empréstimos no mercado. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicou que o programa vai abranger dívidas tributárias e previdenciárias vencidas até 30 de novembro de 2016.
Meirelles afirmou que o programa de regularização tributária deve gerar, no mínimo, R$ 10 bilhões em arrecadação. Para débitos em litígio, os contribuintes terão que desistir das ações judiciais para aderir ao programa.
— Num momento de crise é muto importante nós permitirmos que as empresas possam regularizar o mais rapidamente possível sua situação fiscal, posam tomar crédito, cresce. Isso permite uma arrecadação maior por parte do governo — explicou o ministro.
Meirelles afirmou que não há uma contabilização de quanto o governo vai perder ao permitir que empresas utilizem prejuízos fiscais para abater parte das dívidas tributárias. O programa de regularização autoriza que as empresas e pessoas físicas amortizem prejuízos desde que paguem 20% de entrada, à vista. Um eventual saldo remanescente poderá ser parcelado em até 60 meses.
Segundo o ministro, a Receita não considera que há uma perda nesse caso porque, com a situação econômica ruim, a equipe econômica não considerava que esses montantes entrariam, de fato, nos cofres públicos.
— Grande parte desse débito tributário não teria condições de ser resolvido rapidamente. O resultado seria o governo não receber, não arrecadar, as empresas não poderem se regularizar, não participarem de licitações, não produzirem, continuamos nesse ciclo vicioso. O programa é a resolução desse nó tributário criado pela recessão.
O governo também pretende regulamentar a letra imobiliária garantida para estimular o crédito imobiliário. Meirelles afirmou que esse tipo de título, por ser seguro e de longo prazo, é uma “fonte alternativa importante para o crédito imobiliário e aumenta a oferta desse crédito no longo prazo para o setor”. Essa medida terá que passar por consulta pública e depois regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
REDUÇÃO DO 'CUSTO BRASIL'
O ministro da Fazenda afirmou que um dos focos do pacote econômico é desburocratizar as cobranças de impostos e acelerar os processos para empresas. O objetivo, disse, é reduzir o chamado "custo Brasil". Segundo ele, o pagamento de obrigações trabalhistas serão unificadas. O ministro mencionou que um total de 13 encargos distribuídos em quatro órgãos — INSS, Receita Federal, Caixa Econômica Federal e Ministério do Trabalho — serão centralizados.
O governo também anunciou que irá criar uma rede nacional para reduzir o tempo de abertura de empresas para cinco dias. Meirelles citou que atualmente a média é de 30 dias, podendo chegar a 100 dias em grandes cidades. No caso da Receita Federal, o ministro afirmou que os procedimentos para a restituição de contribuições serão acelerados.
— Esse é o tipo de coisa que nós brasileiros temos de enfrentar com vigor, uma das coisas que encontro nas minhas conversas com empresários e líderes do mundo todo é o que se chama de "custo Brasil", o alto custo de se produzir no Brasil. Estamos trabalhando numa ampla série de questões que encarecem a vida de quem produz no Brasil. No momento em que o Brasil volta a criar condições de crescer, é importante que tenhamos condições para crescer mais — afirmou.
Também foi anunciada a implementação de notas fiscais eletrônicas para a prestação de serviços, a exemplo do que já é possível fazer com o comércio de mercadorias. Meirelles disse que há um projeto piloto em andamento para ser multiplicado em todos os municípios do país.
ACESSO AO CRÉDITO VIA BNDES
Oliveira, anunciou ainda medidas para facilitar o acesso ao crédito para micro, pequenas e médias empresas. Assim, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai ampliar de R$ 90 milhões para R$ 300 milhões o limite para enquadramento dessas empresas.
O governo prevê também aumento da participação máxima da TJLP (taxa de juros de longo prazo, mais baixa do que a taxa corrente) de 50% para 80% para projetos de investimento e aquisição de máquinas e equipamentos. A medida anunciada prevê ainda que as micro, pequenas e médias empresas poderão duplicar o limite do cartão de crédito, de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões.
Ainda dentro das medidas anunciadas em parceria com o BNDES, o governo prevê que as empresas com faturamento até R$ 300 milhões poderão solicitar refinanciamento de todas as parcelas vencidas e vincendas com recursos do BNDES por meio de agentes financeiros. As empresas de grande porte, com faturamento maior que esse montante, só poderão renegociar dívidas do Programa de Sustentação do Investimento.
Segundo a equipe econômica, o potencial de dívidas a serem renegociadas é de R$ 100 bilhões. Oliveira, no entanto, estima que serão efetivamente negociados entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões.
DESCONTO VIA CARTÃO DE CRÉDITO
Temer afirmou que o governo estuda permitir que as compras feitas com cartão de crédito tenham desconto. Meirelles disse que a intenção é, na prática, permitir que o lojistas possam diferenciar os preços à vista do cartão de crédito, o que é proibido por lei atualmente. Ele lembrou que é comum as lojas darem desconto para compras feitas em dinheiro, mas não ocorre o mesmo no cartão de crédito.
Com isso, a intenção do governo é que os juros do cartão comecem a cair. Temer ponderou, contudo, que a medida ainda precisa passar pelo crivo do Banco Central:
— Hoje há uma queixa grande, quando alguém vai a uma loja para fazer uma compra, de que não pode receber desconto se pagar no cartão de crédito. Esse é um dos tópicos que estão sendo apresentados e que demandarão apreciação do Banco Central. Isso pode permitir uma redução substanciosa dos juros do cartão de crédito, mas essa fórmula só se aplicará quando se concluírem os estudos do BC a respeito dessa matéria — disse o presidente.
O presidente afirmou ainda que estarão no pacote medidas de incentivo ao crédito imobiliário e de simplificação, para empresas, de pagamento de obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias.
BOVESPA OSCILA
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que operava com cerca de 0,5% de valorização, acelerou a alta por alguns minutos, após o início da fala do presidente. Mas logo cedeu e, às 17h23, ganha 0,17%, a 58.309 pontos.
Participam do anúncio o presidente do Senado, Renan Calheiros, o presidente da Cãmara, Rodrigo Maia, os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo Oliveira (Planejamento), Eliseu Padilha (Casa Civil), o secretário-executivo do Programa de Parcerias em Investimentos, Moreira Franco, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.
O Globo
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Último lote de restituições de 2016 será depositado nesta quinta-feira
O lote contempla também restituições residuais dos exercícios de 2010 a 2015. Para conferir se está incluso no lote de restituição, o contribuinte deve acessar a página da Receita na Internet, ou ligar para o Receita fone, no 146
Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível acessar o extrato da declaração, verificar se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento e, caso haja, fazer a auto regularização, mediante entrega de declaração retificadora.
A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não resgatar o saldo no período, deverá solicitar o valor na página da Receita Federal, através do Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF.
Caso o valor não seja creditado no prazo, o contribuinte pode procurar uma agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.
Campo Grande News
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Comércio de MS registra queda no mês de outubro
O comércio de Mato Grosso do Sul registrou queda de 2,4% na receita nominal do mês de outubro deste ano, em relação ao mesmo período de 2015, indicando retração no consumo. Os dados são da pesquisa Conjuntural do Comércio MS, do Instituto de Pesquisa da Fecomércio MS (IPF-MS).
O índice registrado em MS é ligeiramente mais positivo que a média nacional, que teve queda de 2,7%. Em MS, a atividade de Equipamentos e Máquinas para Escritório, Informática e Comunicação, pelo terceiro mês consecutivo, foi uma das que apresentaram maior queda: – 10,8%. Em contrapartida, o segmento de Artigos e Produtos de Uso Pessoal teve um aumento de 5,4%.
A Conjuntural aponta ainda a variação do estoque de emprego no comércio em setembro. Pelo segundo mês consecutivo, Mato grosso do Sul registrou variação positiva de 0,26%, mesmo índice da pesquisa anterior. A remuneração média em MS também apresentou aumento, de 0,5%, enquanto o índice no Brasil apresentou uma retração de 0,7%.
A pesquisa tem como objetivo acompanhar o comportamento dos principais segmentos do comércio varejista do Estado, usando como base a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE.
Confira o estudo em anexo:
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5 motivos para investir na excelência no atendimento
5 motivos para investir na excelência no atendimento
Por Maria Fonseca Costa
A área responsável pelo atendimento ao cliente é fundamental para a reputação de uma empresa, mas muitas vezes é deixada em segundo plano, terceirizada ou até mesmo negligenciada. Por outro lado, aqueles que lidam com o público e investem na excelência no atendimento, seja no mundo físico ou no online, percebem que este é um trampolim para alcançar o sucesso. Entenda os motivos:
1) Um mal atendimento é a forma mais fácil de perder o cliente
Quantas vezes você já foi a um restaurante em que a comida era maravilhosa, mas o atendimento era tão ruim que nunca mais quis voltar lá? Ou que já quis cancelar um serviço após a primeira tentativa de resolver algum assunto em uma central de atendimento? Esses são os casos clássicos de empresas que não investem como deveriam em um bom atendimento. Como consequência, tem uma "churn rate" (taxa de desistência) bem elevada. Um bom atendimento marca o consumidor positivamente, fazendo com que ele fique mais propenso a indicar sua empresa.
2) É muito mais caro conquistar um novo cliente do que manter
Uma pesquisa realizada pela agência americana Invesp estimou que o custo para atrair um novo cliente é cerca de cinco vezes maior do que o custo para fidelizar um cliente. Ou seja, é muito mais rentável investir em estratégias de fidelização, contudo, as empresas gastam muito mais esforços com suas áreas comerciais. A estratégias devem ser complementares: investir num bom atendimento é como garantir que não haja furos no seu balde, mas enchê-lo é destinar seu orçamento em marketing.
3) Atendimento personalizado é diferenciação do negócio
Quando as barreiras para novos entrantes é baixa e a competição é acirrada, fica cada vez mais difícil de se posicionar em relação ao mercado. Apostar na excelência do atendimento é um bom diferencial, e sem dúvidas um ponto importante levado em consideração pelos clientes na hora de escolher uma empresa.
4) Um bom atendimento é a forma mais eficaz de fidelizar o cliente
Quando você tem uma experiência de atendimento diferenciada, fora da curva, é bem provável que comente com algum amigo e venha a indicar esse serviço. No mundo virtual isso se potencializa: ter o controle do seu SLA (Service Level Agreement) e tratar o caso dos clientes com a devida importância faz com que eles confiem em você. Como consequência, seus clientes são fiéis e viram embaixadores da sua marca.
5) É uma questão de sobrevivência
No longo prazo, quem tem um mal atendimento não sobrevive. Todo mundo sabe que a melhor propaganda é o boca-boca. E, da mesma forma que as recomendações são feitas, reclamações também são. Com ajuda da Internet, o alcance dessas opiniões é muito maior. A tendência é que os consumidores utilizem cada vez mais canais como o "Reclame aqui" como referências na hora de escolher uma empresa.
Maria Fonseca Costa é líder de atendimento MundiPagg.
Portal Varejista
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