Regulamentação de free shops pela Receita Federal abre nova perspectiva para municípios da fronteira
Instrução Normativa publicada no Diário Oficial da União (DOU) dessa segunda-feira (19.3) pela Secretaria da Receita Federal regulamenta, após quatro anos de espera, a Portaria 307/2014 do Ministério da Fazenda, que dispõe sobre a aplicação do regime aduaneiro especial de loja franca em fronteira terrestre – os chamados free shops.
“Existia uma expectativa muito grande com a instalação desses free shops nas cidades gêmeas, que fazem fronteira terrestre com municípios dos países vizinhos ao Brasil. Agora, com a publicação da regulamentação da Receita Federal, abre-se uma perspectiva positiva para a dinamização da economia e uma oportunidade de desenvolver a faixa de fronteira”, comentou o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruk, que está em Assunção, no Paraguai, representando o governador Reinaldo Azambuja no Diálogo Pu´blico – Privado de Alto Nível promovido pelo Grupo de Lideranzas Empresariales (LIDE).
Na avaliação do secretário, “a Instrução Normativa é positiva, mas se restringiu às cidades que já possuem unidade da Receita Federal, que é o caso, em nosso Estado, somente de Mundo Novo, Ponta Porã e Corumbá. Esse é um fator que limita o número de lojas que podem ser instaladas em Mato Grosso do Sul, mas sem dúvida, é um primeiro passo, importante”.
O secretário da Semagro lembra que, sob o ponto de vista do desenvolvimento de fronteira, “só faltava a regulamentação e com isso a gente cria uma nova perspectiva, possibilitando o acesso a turistas e a futuros comerciantes que poderão ter os seus free shops nessas áreas, inclusive, com área de estoque vendendo o produto nas mesmas condições do pais vizinho”, finalizou.
O que diz a Receita
O regime aduaneiro especial de lojas francas, mais conhecidas como duty free ou free shops, permite a instalação de estabelecimento comercial em portos ou em aeroportos alfandegados para vender mercadoria nacional ou estrangeira a passageiro em viagem internacional, sem a cobrança de tributos, contra pagamento em moeda nacional ou estrangeira. Em 2012, foi autorizada no Brasil também a instalação de lojas francas em fronteiras terrestres, em municípios caracterizados como cidades gêmeas.
A Instrução Normativa publicada nesta segunda-feira regulamenta e detalha a instalação e o funcionamento dessas lojas francas, incluindo a operacionalização de sistema de controle informatizado, além de obrigações e penalidades por eventuais descumprimentos. O texto esclarece, por exemplo, que somente em “cidade gêmea” constante de ato do ministro da Fazenda poderá ser instalada a loja franca beneficiária do regime especial.
O texto também diz que a empresa contemplada pelo regime especial poderá manter, em área contígua à loja franca, depósito para guarda de mercadorias que compõem seu estoque. Em caráter excepcional, no entanto, poderá ser autorizada a instalação de depósito em área não contígua, desde que esta esteja localizada no mesmo município da loja franca.
Dentre os vários requisitos e condições, o regime especial de loja franca na fronteira poderá ser concedido a empresa estabelecida no País que “esteja localizada em município que autorize, por meio de lei municipal e em caráter geral, a instalação de lojas francas em seu território”, “cumpra os requisitos de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional” e “possua patrimônio líquido igual ou superior a R$ 2 milhões” – caso a empresa não atenda a esse requisito, poderá apresentar garantia, fiança bancária ou seguro aduaneiro em favor da União para entrar no regime.
Os interessados em conseguir os benefícios do regime especial devem apresentar requerimento à unidade da Receita com jurisdição aduaneira sobre o local onde pretende instalar a loja franca.
Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), com informações da Receita Federal e do jornal O Estado de São Paulo. Foto: Lile Correa
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Certificação Digital oferece segurança nas informações tributárias de MEIs
Levantamento do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), com base nos dados da Jucems, Receita Federal e outras instituições do País, apontou que houve um aumento no número de Microempreendedores Individuais (MEIs) em Mato Grosso do Sul de 2010 a 2017.
Somente no ano passado houve aumento de 16,53%, em relação a 2016, e até fevereiro de 2018 foram registrados mais de 95 mil estabelecimentos dessa categoria no Estado. De 28 de fevereiro a 10 de março de 2018 foram abertas 699 empresas do Simples e 539 MEIs.
A preferência na hora de abrir a empresa é para o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, seguido por serviços ligados à área de beleza (cabeleireiros, manicures e pedicures); obras de alvenaria; lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares; comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – minimercados, mercearias e armazéns.
O Microempreendedor Individual (MEI) foi criado a partir da Lei Complementar nº 128/2008 cujo principal objetivo era de reduzir a quantidade de empreendimentos informais no mercado. Além disso, o optante pelo MEI tem direito a benefícios previdenciários, como aposentadoria e auxílio-maternidade.
A partir deste ano, ocorreram adequações quanto ao enquadramento do MEI, passando de R$ 60 mil para até R$ 81 mil o faturamento bruto anual, e à necessidade de emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).
“Nota-se em meio a esse cenário, que conforme foi aumentando o número de empresas dessa natureza, intensificou-se também a necessidade da visão empreendedora e de identificação de mecanismos que possibilitem maior eficiência de procedimentos empresariais, como a certificação digital”, explica a economista do IPF-MS, Daniela Dias.
A gerente de Produtos e Serviços da Fecomércio-MS explica que na prática o MEI precisa cumprir os mesmos requisitos aplicados às empresas que emitem a NF-e. “A certificação digital é um documento de identificação no meio eletrônico que permite ao empresário ou ao seu contador realizar diversos serviços, dentre eles a assinatura de documentos com validade jurídica”, destaca Audrea Cortes.
A utilização da certificação digital oferece, ainda, maior agilidade e diminui o tempo na execução de serviços ligados à Receita Federal, como a entrega a Declaração de Imposto de Renda, consultar dados cadastrais e declarações emitidas.
Em Mato Grosso do Sul, a Junta Comercial do Estado (Jucems) lançou, recentemente, a plataforma Jucems Digital que permite a abertura de empresas ou alterações diversas por meio eletrônico. Para acessar estes serviços, também será necessária a certificação digital. Os arquivos encaminhados deverão ser autenticados por meio de certificação digital, a E-CPF A3, como já ocorre no sistema da Receita Federal. Cabe destacar que nos próximos seis meses a JUCEMS continuará recebendo a documentação em meio físico e digital, após esse período, o funcionamento será totalmente digital.
“A importância do certificado ocorre devido a sua função de validar de modo eletrônico as transações da empresa, oferecendo segurança em meio às trocas de informação pela internet, ao demonstrar a autenticidade do processo”, destaca o presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo.
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Nova legislação tributária para setor de turismo terá consultoria da Fecomércio-MS e Abav
Novo projeto de lei que propõe a adequação da base de cobrança sobre serviços aplicados ao setor de turismo terá a consultoria da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul (Fecomércio-MS) e da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), junto ao Executivo de Campo Grande (MS).
Após encontro entre representantes das entidades ligadas ao setor de turismo, realizado na sede da prefeitura, nesta terça-feira (20/01), ficou definido este apoio que, dentre outros aspectos, atenderá à alteração do artigo 65 da Lei Municipal Complementar 59/2003 proposto pelo Executivo Municipal.
O objetivo desta nova proposição é tornar mais equilibrada a cobrança de impostos e recolhimentos por parte do município. Pela Lei atual, a cobrança do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), aplicado ao setor, é calculada sobre o valor total das atividades e serviços prestados pelas agências e operadoras de turismo, o que se propõe é a alteração da legislação tributária do município para que a cobrança incida somente sobre a comissão recebida por estas empresas.
“Espera-se que a incidência do imposto não recaia sobre valores que não são recebidos pelas agências e operadoras de turismo, isto é, pagamentos que são tão somente repassados aos fornecedores e consumidores das agências”, explica a Gerente de Relações Institucionais da Fecomércio-MS, Tatiana Maachar.
Também ficou defina com a Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec ) a adequação do sistema de geração de Nota Fiscal (NF) para as empresas ligadas ao setor de turismo, semelhante à NF emitida pelas agências de propaganda. De acordo com o Diretor presidente da Agetec, Paulo Fernando Garcia Cardoso, a implementação deve ocorrer em breve.
A formulação do novo projeto de lei está ligada à Secretaria de Finanças e Planejamento (Sefin) do município. Estiveram presentes na reunião o Secretário da Sefin, Pedro Pedrossian Neto, o Secretário Adjunto, Sérgio Antônio Padovan, o superintendente Municipal de Receita da Capital, Ricardo Vieira Dias. Representando a ACICG, Roberto Oshiro, representante da Abav, Sebastião Rosa, a assessoria jurídica do vereador Dr. Lívio, e representando a Fecomércio-MS, Tatiana Maachar.
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Intenção de consumo dos campo-grandenses registra aumento de 1,4% em março
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) campo-grandenses registrou 88,8 pontos no mês de março, um crescimento de 1,4% em relação ao mês de fevereiro, que teve 87,6 pontos. Já em comparação com o mesmo período de 2017 (80,6), o aumento é de 10,2%. Os dados são da pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O índice é maior para as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos, que apresentou melhora de 3,2% na comparação mensal. Já as famílias com renda acima de dez salários mínimos o índice de queda foi de 7,6%.
Dos sete indicadores apurados, quatro apresentaram índices positivos e três negativos. O indicador com maior índice foi o de perspectiva de consumo (5,8%), seguido por compra a prazo (acesso ao crédito), com 4,8%, depois perspectiva profissional (4,4%) e emprego atual (0,7%).
Já os índices negativos foram liderados por momento para duráveis (- 4,0%), seguido por renda atual (- 2,0%) e nível de consumo atual (- 1,5%).
“Mesmo que pequeno, percebemos um índice constante de crescimento do otimismo do consumidor. Isso se deve a uma melhora gradativa das condições de consumo, com a inflação menor, condições de crédito e evolução do mercado de trabalho. Tudo isso favorece o poder de compra”, afirma o presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Edison Araújo.
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Fecomércio-MS e Prefeitura de Campo Grande propõem nova aplicação da legislação tributária para o setor de turismo
Projeto de lei deve ser apresentado pelo Executivo para definir nova base cálculo do ISSQN do Turismo em Campo Grande
A partir de uma solicitação do setor de turismo de Campo Grande, por meio da Abav e Conselho Empresarial de Turismo (Cetur) da Fecomércio-MS, foi proposto um projeto de lei (PLC 537/2017) que altera a base de cobrança do imposto sobre serviços aplicado ao setor de turismo. Inicialmente, apresentado e aprovado pela Câmara, foi vetado pelo Poder Executivo com parecer de inconstitucionalidade da Procuradoria do Município.
Após a decisão do Executivo, foi provocada uma reunião entre os representantes do setor de turismo, prefeitura por meio da Secretaria de Finanças e Planejamento (Sefin), Associação Comercial de Campo Grande (ACICG), vereadores Dr. Lívio e Chiquinho Telles, e o Cetur/Fecomércio-MS com o objetivo de discutir nova proposição que possa tornar mais equilibrada a cobrança de impostos e recolhimentos por parte do município às empresas ligadas à prestação de serviços do turismo.
“Hoje, a cobrança do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) é calculada sobre o valor total das atividades e serviços prestados pelas agências e operadoras de turismo, o que se propõe é a alteração da legislação tributária do município para que a cobrança incida sobre a comissão recebida por estas empresas”, explica a Gerente de Relações Institucionais da Fecomércio-MS, Tatiana Maachar.
Para a Coordenadora do Cetur/Fecomércio-MS, Kassilene Cardadeiro, o projeto de Lei é oportuno pois incentivará a competitividade dos serviços turístico, trazendo fomento para a economia local, por meio da arrecadação correta de impostos, e desenvolvimento por meio de novas contrações, por exemplo.
“O turismo é um importante transformador de economia e da sociedade, promove inclusão social, gera oportunidades de emprego e renda. Assim, percebe-se que a matéria é de relevante interesse público e privado, devendo prosperar pela sua importância”, destaca o vereador Dr. Lívio, autor do projeto de Lei.
Novos trâmites
Após reunião realizada na sede da Prefeitura, na segunda-feira (12/03), com a presença do Secretário de Finanças e Planejamento (Sefin), Pedro Pedrossian Neto, Secretário Adjunto Sérgio Antônio Padovan, representando a ACICG, Roberto Oshiro, assessoria jurídica do vereador Chiquinho Telles, Marcos Paulo, presidente da Abav, Cristiano Cicuto, representando a Fecomércio-MS, Tatiana Maachar, e da Cetur, Kassilene Cardadeiro, ficou acordado um novo encontro com a Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec) para alteração da Nota Fiscal (NF) a ser emitida pelo setor de turismo, e a construção de um Projeto de Lei, desta vez de proposição do Executivo, para alteração do artigo 65 da Lei Municipal Complementar 59/2003.
“Se a remuneração efetiva das agências de viagens é a comissão a ela paga, não há outra interpretação aceitável que não seja a incidência do imposto exclusivamente sobre esta parcela, e não sobre valores que não são recebidos pela agência, isto é, pagamentos que são tão somente repassados aos fornecedores e consumidores das agências”, finaliza Tatiana Maachar.
Para o presidente do Sistema Fecomércio-MS, Edison Araújo, a Prefeitura entendeu que a cobrança sobre a comissão dos valores recebidos por agências e operadoras de turismo traz maior equidade ao setor e possibilita o desenvolvimento da cadeia produtiva do turismo de Campo Grande.
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MS registra crescimento nas vendas do comércio varejista em janeiro
Mato Grosso do Sul registrou aumento de 1% na receita nominal de vendas no comércio varejista ampliado, no mês de janeiro deste ano, em comparação a dezembro de 2017. Em relação ao volume de vendas, o aumento foi de 0,7%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O crescimento é maior que a média nacional, que registrou aumento de 0,9% nas vendas do varejo, em janeiro. Cinco dos oito segmentos do varejo tiveram crescimento nacional, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,8%) e equipamento e material para escritório, informática e comunicação (3,7%). Outros segmentos com alta foram supermercados, alimentos, bebidas e fumo (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (0,9%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,3%).
Na avaliação da economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Teixeira, o Mato Grosso do Sul seguiu a tendência nacional e em janeiro, especificamente, a realização de liquidações de início de ano e as férias podem ter contribuído para esse resultado um pouco mais otimista do comércio varejista. Isto porque, as férias trazem consigo maior fluxo de clientes em supermercados e similares e em atrativos culturais e de lazer. No que se referem as liquidações de início de ano, estas aos poucos estão se consolidando no Estado e têm sido esperadas pelos potenciais consumidores, por isso, a intenção de consumo nesse período tende a aumentar no que tangem aos bens duráveis – móveis, eletrodomésticos e semi-duráveis – roupas e calçados, conforme informações da pesquisa da CNC.
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Crescimento do varejo viabiliza novo corte da Selic
O crescimento do varejo brasileiro em janeiro, em conjunto com o último dado de inflação do IPCA, abre espaço para mais um corte da taxa básica de juros na próxima reunião do Copom, dias 20 e 21/3.
Essa é a avaliação de Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), a respeito da divulgação do desempenho do comércio nacional feita hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Nota-se claramente que a recuperação do consumo não está pressionando a inflação. E a ociosidade da indústria ainda é muito grande. Logo, é possível reduzir mais os juros”, diz Burti, acrescentando que fatores como eleições e câmbio também poderão impactar na definição da taxa Selic.
O presidente da ACSP destaca o desempenho do ramo de supermercados, em decorrência da queda do preço dos alimentos e do aumento da massa salarial, e também dos segmentos de móveis, eletrodomésticos, materiais de construção e automóveis, que se beneficiam da melhora das condições de tomada de crédito.
Ele afirma que o varejo registrará níveis de crescimento ainda maiores ao longo de 2018, em função principalmente da base fraca de comparação. “O varejo está se recuperando, mas é lenta, visto que o setor caiu praticamente 12% nos últimos dois anos”.
Analistas
O desempenho do varejo em janeiro indica que o consumo segue em recuperação, após os dados fracos do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre. Contudo, esse processo ainda é moderado, de acordo com economistas.
Os especialistas afirmam que a expectativa é positiva para o comércio varejista em função da esperada queda do desemprego, além da inflação e do juro baixos. Assim, o volume de vendas deve crescer em torno de 3% no caso do varejo restrito e de 4% no ampliado este ano.
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou aumento de 0,9% no varejo restrito em janeiro ante dezembro com ajuste sazonal.
O dado superou a mediana de 0,50% do Projeções Broadcast, mas ficou dentro do intervalo de zero a 2,30%. No caso do varejo ampliado, houve leve queda de 0,1%, que ficou abaixo da mediana de alta de 0,05%, com as expectativas indo de -2,20% a 1,70%.
Mesmo o segundo recuo seguido no varejo ampliado não indica uma suspensão da recuperação do consumo, avalia o economista Alejandro Padron, da 4E Consultoria, uma vez que quase todos os componentes da pesquisa cresceram na comparação com janeiro de 2017.
Segundo ele, não houve surpresa com o declínio na margem porque eram esperados ajustes após a alta forte de 2,4% em novembro.
"Essas taxas perto da estabilidade e oscilando não surpreendem. Não esperamos um boom para o consumo este ano. Os dados do varejo também não mudam a trajetória de retomada", acrescenta Padron.
Revisão
Os dados do varejo em janeiro ainda foram influenciados pela revisão realizada nos resultados anteriores, lembra Isabela Tavares, analista da Tendências Consultoria Integrada. Em dezembro, a queda do varejo restrito passou de 1,5% para 0,5%, enquanto no varejo ampliado houve mudança de -0,8% para -0,4%.
De acordo com Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, as revisões foram motivadas pelo ajuste sazonal e pela entrada de novas informações fornecidas pelos participantes da pesquisa, especialmente os da atividade de supermercados.
"Se não fosse a revisão, o número de janeiro poderia ter sido maior, diz a analista da Tendências, ponderando que a primeira taxa de 2018 já compensou o resultado fraco de dezembro.
"A decepção com os dados do quarto trimestre, principalmente com dezembro, está sendo compensada, o que traz alívio que o consumo continua em recuperação no início deste ano." A consultoria espera avanço de 3,2% do varejo restrito e de 4,7% do varejo ampliado em 2018.
No Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre, o consumo das famílias cresceu apenas 0,1% ante o terceiro trimestre, representando uma desaceleração das taxas de 1,1% e 1,2% registradas nos trimestres imediatamente anteriores.
Para o PIB do primeiro trimestre ante o período de outubro a dezembro, o economista-sênior do Haitong, Flávio Serrano, estima que a inclusão de novas informações na PMC pode contribuir para um melhor desempenho do consumo das famílias.
Segundo Serrano, a PMC de janeiro não mudou o quadro da atividade, que é de recuperação moderada. Porém, Serrano diz que, com a queda do desemprego e consequente aumento da massa de rendimentos, além do efeito da redução dos juros, os segmentos "começam a esboçar crescimento mais consistente".
De maneira geral, o varejo ampliado ainda está 14% abaixo do pico alcançando em agosto de 2012, segundo o economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos. Já o varejo restrito está 8,9% abaixo do pico atingido em outubro de 2014.
"Apesar das leituras relativamente fracas em dezembro/janeiro, a perspectiva para o consumo e para as vendas do varejo permanecem positivas", avalia Ramos, citando a inflação de alimentos e em geral comportada, a crescente ocupação, as melhores condições de crédito e a confiança do consumidor.
Diário do Comércio
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Como encantar seus clientes e vender mais
Para vender um produto é necessário que tenha alguém interessado em comprar, certo? Mas não é tão simples assim fazer uma venda. Os consumidores estão mais exigentes e querem mais do que apenas comprar um item. É aí que entram os vendedores, parte fundamental do negócio. Com um bom atendimento, eles podem fazer um cliente sair satisfeito da loja e voltar mais vezes.
O consultor de marketing do Sebrae-SP Edgard Neto dá dicas para os vendedores melhorarem o atendimento e, consequentemente, as vendas. Veja a seguir:
A pré-venda
A loja tem que estar pronta para receber o cliente antes mesmo de ele entrar. “O espaço deve estar limpo, organizado e com um visual que combine com os produtos que são vendidos. Os vendedores também devem estar minimamente uniformizados para serem facilmente reconhecidos”, explica Neto.
Quebrar o gelo
É fundamental que o vendedor faça uma boa abordagem. Pode ser algo simples, como se apresentar e perguntar o nome do cliente. Em certos casos, o vendedor também deve dar espaço para que o consumidor ande pela loja, mas garantindo que ele vai estar em seu campo de visão caso ele precise de algo. Outra atitude simples que faz a diferença é oferecer água em dias muito quentes.
Evitar dizer não
Nem sempre a loja vai ter o produto exato que o cliente está procurando. Neste caso, Neto explica que o vendedor não deve dizer apenas que não tem. “Ele pode falar que vai dar uma olhada no estoque para ver se encontra o que o consumidor deseja. Mesmo se não tiver o produto, ele deve levar algumas opções que o cliente pode acabar comprando”
Ser simpático com os “influenciadores”
É muito comum ter uma companhia na hora de fazer compras, e ela podem influenciar o potencial comprador. “O vendedor precisa identificar essa pessoa e incluí-lo na venda. Deve ainda perguntar a sua opinião. Ele não deve jamais ignorar um influenciador, mesmo se ele não gostar do produto. O vendedor deve fazer o influenciador se sentir parte do negócio”.
Fazer o cliente gastar mais
Mesmo se a pessoa chegar procurando um item específico, o vendedor deve mostrar outras variedades. “Ele pode pedir para o cliente avisá-lo na hora de ir para o provador. Enquanto o cliente estiver experimentando a roupa, o vendedor já deve levar pelo menos duas ou três outras peças a ele. É levar a loja para dentro do provador.”
Além disso, a disposição dos produtos na loja também incentiva a compra de itens que combinam. “Colocar camisa com gravata, sapatos com meias, acessórios nos manequins”. Isto faz com que o cliente veja que as duas peças combinam e acabe comprando ambas.
E se a loja estiver muito cheia?
Este caso exige que o vendedor tenha uma certa experiência. “Ele precisa ser muito rápido, saber onde estão as coisas, a faixa de preço e se desdobrar para atender todos”, explica Neto. Mas em algumas situações específicas, como o Natal, não tem o que fazer: a loja vai precisar contratar mais vendedores.
Cadastrar o cliente e entrar em contato
Neto afirma que é uma boa tática fazer o cadastro do cliente no momento da compra. “O vendedor deve esperar um tempo e entrar em contato via e-mail ou WhatsApp para ver se ele gostou. Ele não deve perguntar sobre o produto e sim se ele ficou feliz com a compra. A felicidade do cliente é o mais importante."
Falar da rede social
As redes sociais são uma parte muito importante e servem como uma vitrine. Por isso, o vendedor deve sempre lembrar de incentivar os consumidores a curtir a página do Facebook, dar uma boa avaliação e seguir no Instagram.
O que não fazer
Para Neto, o maior erro que um vendedor pode cometer é mostrar desânimo ao fazer um atendimento. “Ele deve dar o seu melhor para o cliente. O profissional não pode mostrar que está tendo um dia ruim quando está tentando vender um produto."
Revista PEGN
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Novos hábitos de consumo permanecem após a crise
A maioria dos brasileiros (72%) mudou a rotina financeira por causa da crise econômica, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Oito em cada dez consumidores pretendem manter os hábitos caso a crise seja resolvida em 2018. Somente 19% garantem não ter feito mudanças.
Segundo as entidades, o orçamento mais curto fez com que muitas famílias modificassem a rotina de compras, além de repensar algumas de suas prioridades. Mais da metade (55%) usam de cautela extra, evitando o consumo de produtos supérfluos. Esse percentual aumenta para 68% entre os mais velhos e 69% entre os pertencentes às classes A e B.
Outros 55% reduziram os gastos com lazer, enquanto 54% passaram a fazer pesquisas de preço antes de adquirir um produto e 52% ficaram mais atentos às promoções, buscando preços menores.
Estabelecer estratégias a fim de diminuir as despesas em casa passou a ser comum para boa parte dos entrevistados: entre os consumidores que afirmaram ter mudado seus hábitos financeiros, 51% buscaram economizar nos serviços de luz, água e telefone, pensando no valor da conta; 46% adotaram a substituição de produtos por marcas similares mais baratas; 44% passaram a controlar os gastos pessoais e/ou da família; e 43% passaram a evitar parcelamentos muito longos.
A atitude menos adotada a partir da crise econômica foi o hábito de poupar ao menos uma parte dos rendimentos, mencionada por apenas 26%.
“Cada família encontrou um jeito de lidar com a situação, fazendo as despesas caberem no orçamento. Em momentos de sufoco financeiro, é importante os consumidores ficarem mais atentos aos gastos com itens supérfluos ou desnecessários e controlarem os gastos pessoais, mas atitudes como essas são recomendáveis em qualquer contexto para uma prosperidade financeira.
Além disso, ter uma reserva financeira te ajuda a passar por momentos de crise com segurança e tranquilidade”, destaca a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Manutenção
Em relação aos sentimentos vivenciados com a mudança de hábitos decorrente da crise, a pesquisa indica que quatro em cada dez entrevistados sentiram alívio e tranquilidade por não estourar o orçamento (42%), enquanto 36% relatam alegria por conseguir manter pelo menos o essencial.
Em contrapartida, 32% mencionam frustração por deixar de comprar certos produtos de que gostam e 31% fazem referência à limitação de querer comprar e não poder. Além disso, um em cada cinco consumidores se sente constrangido por não poder dar para família o que eles desejam (21%).
Ainda assim, as mudanças parecem ter sido bem assimiladas pela grande maioria dos entrevistados: supondo que a situação do país melhore em 2018, 83% pretendem manter os hábitos que adquiriram durante a crise e somente 8% pretendem abandoná-los.
Para o SPC Brasil e CNDL, essa disposição para manter atitudes adotadas no período de adversidades está relacionada aos efeitos positivos nas finanças pessoais: 52% poderiam dar continuidade aos hábitos adotados por terem conseguido administrar melhor o orçamento, enquanto 51% dizem ter aprendido a economizar dinheiro, 50% passaram a controlar o impulso por compras e 47% aprenderam a fazer compras melhores.
Por outro lado, o desejo de recuperar o antigo padrão de consumo levaria parte dos entrevistados a abandonar as práticas adquiridas no período de adversidades.
Dentre aqueles que mudaram seus hábitos em relação ao dinheiro durante a crise, mas voltariam ao antigo padrão de comportamento em caso de melhora do cenário econômico, 44% fariam isso porque querem voltar ao tipo de vida que tinham antes, ao passo em que 26% não se sentiriam mais inseguros em relação ao futuro e por isso não precisariam mais se controlar.
“Foram quase três anos consecutivos de recessão, que se estendeu de meados de 2014 ao final de 2016, mas a economia brasileira voltou a crescer em 2017, ainda que em ritmo bastante lento.
Por outro lado, o quadro geral da economia ainda é ruim, com poucos reflexos positivos diretos no dia a dia do consumidor. Portanto, é importante que as pessoas mantenham a prudência nos gastos e priorizem o planejamento e o controle do orçamento”, indica a economista Marcela Kawauti.
Diário do Comércio
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Comércio pode estar diante de um novo ciclo de consumo
Fabio Bentes, Maurício Filizola, Claúdia Brilhante (Fecomércio-CE) e Elizabet Campos, presidente do Fórum Nacional de Dirigentes dos Institutos Fecomércio
O comércio volta, gradativamente, a retomar o fôlego em 2018. A opinião é de Fabio Bentes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), exposta durante sua participação no segundo e último dia de atividades da 10ª edição do Fórum Nacional de Dirigentes dos Institutos Fecomércio, realizado pela Fecomércio-CE nos dias 8 e 9 de março, em sua sede, na capital do Estado.
De acordo com o economista, alguns fatores levam à expectativa otimista: o fim da mais longa recessão das últimas décadas (2014-2016); a trajetória benigna da inflação, que diminui em 2017; o aprofundamento do ciclo de afrouxamento monetário; e a gradual retomada de força do mercado de trabalho. “O consumo, desde o ano passado, vem puxando a recuperação econômica. E, mesmo que essa recuperação seja aquém do esperado, o mercado de trabalho começa a evoluir de forma positiva”, afirmou.
Para este ano, Bentes destaca que o cenário econômico global tende a continuar favorecendo o mercado doméstico, com a manutenção da elevada liquidez financeira; a recuperação gradual da atividade interna deve ganhar força, associada principalmente à expansão do consumo das famílias; e o surgimento de melhores condições de oferta e recuo no custo do crédito permitirão maior acesso a empréstimos, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas.
“É possível aguardar também o aumento da massa salarial, proveniente do crescimento da renda e do emprego, sem contar com o aumento da confiança das famílias e dos empresários e, por fim, a leve aceleração da inflação situando-se em torno do centro da meta”, disse o economista. Considerando um cenário ao final do ano no qual a inflação esteja próxima a 4% e os juros básicos em 6,5%, a CNC revisou de 2,6% para 2,8% sua expectativa de crescimento da economia brasileira para 2018 e, para este ano, crescimento de 5% do varejo.
CNC
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