MS fecha 1,8 mil vagas em julho
Mato Grosso do Sul encerrou julho com o terceiro pior resultado em geração de empregos em todo o Brasil.
Conforme informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho e Emprego, no mês passado foram registradas 18.591 admissões contra 20.418 demissões, gerando saldo negativo de 1.827 postos de trabalho extintos no Estado.
O resultado é bem diferente do comportamento do mercado apresentado em todo o País – que teve saldo positivo de 35,9 mil vagas a mais no estoque – e faz com que Mato Grosso do Sul fique na frente somente dos estados do Espírito Santo, que fechou 1.841 postos de trabalho, e Rio de Janeiro, com 9.320 postos de trabalho extintos no mês passado.
Um dos responsáveis por este comportamento foi o setor de serviços. Ainda segundo dados do Caged, a atividade econômica extinguiu, somente no mês passado, o total de 2.038 vagas de emprego formais.
Os setores de alojamento, alimentação, redação e manutenção foi um dos mais afetados e chegou a fechar 2.358 mil postos de trabalho no mês passado, perda que foi equilibrada pelo comportamento apresentado em outros serviços, como o de transporte e comunicação e de imóveis e valores imobiliários, que tiveram saldos positivos de 277 e 219 empregos formais criados no estoque, respectivamente.
Em julho de 2016, o Estado havia obtido saldo positivo de 652 empregos a mais no estoque, graças principalmente ao desempenho da agropecuária, que atingiu 935 vagas criadas e segurou a queda em outros setores, como o da indústria (-216) e do próprio serviços, que naquele mês também tinha registrado queda de -542 postos de trabalho.
O QUE SALVOU
No quadro geral, a situação de Mato Grosso do Sul só não foi pior graças ao desempenho apresentado em setores como de comércio, que manteve a recuperação apresentada desde junho e fechou julho com saldo positivo de 506 novos postos de trabalho. Desde total, 296 destinados ao comércio varejista e os outros 210, ao atacado.
Além do comércio, o setor agropecuário também fechou com saldo positivo, com 247 vagas a mais no estoque.
Em contrapartida, a indústria da transformação e a construção civil, que chegou a mostrar recuperação no mês passado, voltaram a encerrar o mês no vermelho. Ao invés de criar novas vagas, os setores extinguiram 231 e 277 postos de trabalho, respectivamente.
Ao mesmo tempo, a atividade extrativa mineral encerrou o mês com quatro vagas a mais no estoque.
Com o resultado do mês passado, Mato Grosso do Sul reduz o número de vagas criadas no estoque de empregos no decorrer do ano.
O Estado chegou chegou a figurar entre os maiores geradores de emprego do País nos primeiros cinco meses de 2017.
Correio do Estado
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Brasil tem a maior queda em indicador de clima econômico
O Clima Econômico da América Latina (ICE) recuou 5,5 pontos entre abril e julho, atingindo 72 pontos e ficando 17 pontos abaixo da média histórica dos últimos dez anos.
A constatação é do Indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina, elaborado numa parceria pelo Instituto alemão Ifo e a Fundação Getúlio Vargas.
A queda entre abril e julho é explicada “tanto pela situação corrente que se encontra a América Latina quanto pelas perspectivas de curto prazo: o Indicador da Situação Atual (ISA) caiu 2,2 pontos indo para 37,4 pontos; e o Indicador das Expectativas (IE) recuou 10,3, ficando em 116,5 pontos.
A queda mais acentuada do indicador se deu no Brasil, onde o ICE, ao variar 20 pontos, foi de 79 para 59 pontos entre abril e julho.
Segundo a divulgação, apesar de se manter na zona favorável de 134,6 pontos em julho.
O Indicador das Expectativas foi o que mais contribuiu negativamente para queda da ICE ao cair 54,7 pontos em relação a abril.
Já o Indicador da Situação Atual, mesmo recuando 3 pontos, se manteve na zona desfavorável (7,7 pontos) em relação a abril.
Ao analisar a publicação, a pesquisadora da FGV/Ibre, Lia Valls Pereira, disse que o indicador do clima econômico do mundo ficou estável na zona favorável, com o ICE até melhorando nos países/regiões das economias de renda alta.
“Mas, em algumas regiões de economias emergentes/em desenvolvimento, como na América Latina, o ICE piorou”, afirmou.
Ela ressaltou que essa piora ocorre num cenário externo favorável com preços das commodities em alta e crescimento do comércio mundial.
“Na América Latina, questões domésticas de cunho econômico e/ou político explicam o recuo do ICE”, acentuou.
“Incertezas quanto aos resultados de eleições (Chile e Argentina); piora na avaliação de riscos por agências de rating (Chile e Brasil); temas de corrupção (Peru e Brasil, por exemplo), baixo crescimentoeconômico generalizado na região e questões fiscais envolvendo vários países” são fatores que dominam o cenário da região, explica Lia.
Segundo ela, “chama a atenção”, porém, o fato de que “se tiramos o Brasil, os países do Mercosul apresentaram resultados mais favoráveis de clima econômico que os da Aliança do Pacifico”.
NO MUNDO
Os dados da Ifo/FGV indicam, também, que o Índice de Situação Econômica do Mundo ficou estável em julho, fenômeno que vem de uma trajetória de melhora desde julho de 2016.
“Nas principais economias mundiais desenvolvidas, o ICE está na zona favorável, sendo exceção o Reino Unido, que teve uma queda de 51 pontos e está na zona desfavorável. Entre o Brics (grupo de países chamados emergentes e que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil só não está pior que a África do Sul”, destaca o relatório.
O estudo comprova que a Rússia e a China estão próximas da zona favorável e a Índia desponta como o país de melhor avaliação entre os cinco do grupo.
A piora na América Latina se dá, apesar da tendência de melhora a partir de janeiro de 2016, com interrupções entre outubro de 2016 e janeiro de 2017 e agora em julho.
“Ainda assim, o ICE da América Latina não conseguiu voltar para a zona de avaliação favorável que havia sido dominante na primeira década do século XXI e no período de boom das commodities”, ressalta o estudo.
AMÉRICA LATINA
O Clima Econômico da América Latina cai na comparação entre abril e julho para 7 dos 11 países analisados mais detalhadamente no relatório da Sondagem da América Latina. Há melhora para a Argentina (+ 0,6 ponto), Bolívia (+20,1 pontos) e México (+18,5 pontos) e a Venezuela permanece no patamar mínimo do indicador.
Apesar da queda no ICE, os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), exceto o Brasil, estão na zona favorável de avaliação.
Em contrapartida, nações da Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México e Peru) encontram-se na zona desfavorável.
Diário do Comércio
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Levantamento mostra alta de 5,5% na procura por crédito varejista no 1º semestre
A procura por crédito dos varejistas junto aos atacadistas, ou seja, o abastecimento dos pequenos e médios comércios varejistas nos grandes distribuidores, cresceu em todo o país 5,5% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado.
Em comparação, a demanda geral das empresas por crédito caiu 4,5% neste primeiro semestre em relação a 2016.
O crescimento do setor atacadista é comemorado após recuo de 13,8% em 2016 ante 2015. Os dados foram divulgados hoje (7), em São Paulo, pela Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad) durante o maior encontro da cadeia de abastecimento em São Paulo.
“Isso significa que o varejo está procurando, não significa que já impactou no resultado do atacado, mas isso vem corroborar a expectativa que o segmento atacadista está tendo de um melhor segundo semestre”, disse o responsável pela área institucional e relações governamentais da Serasa Experian, Paulo Melo. A empresa de consultoria de crédito fez a pesquisa.
A região Centro-Oeste foi a que mais evidenciou essa retomada no primeiro semestre, com crescimento de 27,4% em relação ao mesmo período de 2016.
“A safra agrícola foi muito forte, isso faz com que essas regiões que têm essa alavancagem cresçam mais por uma demanda maior”, ressalta Melo.
Em segundo lugar, vem a região Sul, com aumento de 11,1%, seguida pelo Sudeste (1,5%) e Nordeste (1,4%). A região Norte manteve o desempenho negativo no primeiro semestre com retração de 4,8% na comparação semestral 2016/2017.
INADIMPLÊNCIA
A inadimplência do varejo recuou 7,2% entre janeiro e junho deste ano em relação a igual período do ano passado. Segundo a Serasa, a queda foi mais expressiva que o recuo da inadimplência da economia em geral, de 6,4%.
“[Isso] traz uma boa notícia de que realmente a tendência de melhora existe. Podemos colocar também o índice de confiança do consumidor e do varejo, são situações positivas com tendência a melhoria”, explicou Melo. Segundo dados da Abad, 53,7% do consumo nacional são abastecidos diretamente pelo atacado.
FATURAMENTO SETOR
O presidente da Abad, Emerson Luiz Destro, afirmou que o segundo semestre deve seguir a tradição de aumento nas vendas, mas que as reformas [a serem votadas pelo Congresso Nacional] podem impulsionar o faturamento.
“No nosso segmento, o segundo semestre representa 55% do faturamento do ano e a gente acredita que, com essas reformas estruturantes que estão acontecendo, seja na redução das taxas de juros, na reforma da Previdência e até uma mini reforma tributária, elas vão trazer um nível de confiança para os comerciantes do setor, pela própria indústria e isso com certeza alavanca um crescimento”, finalizou.
Agência Brasil
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Lucro de R$ 7 bi do FGTS será dividido entre trabalhadores
O presidente Michel Temer antecipou hoje (8) que R$ 7 bilhões referentes ao lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) serão distribuídos entre os trabalhadores. O anúncio oficial deve ocorrer na quinta-feira (10).
De acordo com o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, o valor equivale a 50% do lucro líquido do fundo em 2016. Será depositado para os trabalhadores com conta no FGTS até 31 de dezembro do ano anterior. "Essa é a regra. Isso vai para a conta das pessoas e nós iremos pagar àqueles que tiverem direito a fazer o saque”, disse.
Segundo Occhi, os dividendos serão distribuídos até o dia 31 de agosto. Ele acrescentou que os detalhes – como índice a ser utilizado, valores, quais trabalhadores terão o benefício e quem poderá sacar – serão anunciados pelo presidente na quinta-feira.
“Ainda temos que fechar o balanço do fundo de garantia, será fechado essa semana e a Caixa vai estar preparando toda essa distribuição dos dividendos ao trabalhador. O que muda é que pela primeira vez há uma distribuição dos lucros do FGTS”, finalizou Occhi.
Antes, todo o lucro do fundo ficava para os cofres públicos.
Agência Brasil
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MP do Refis é prorrogada por mais 60 dias
A medida provisória (MP) que institui um regime de refinanciamento de dívidas das empresas com o Fisco foi prorrogada nessa terça-feira ( 8) por mais 60 dias. A prorrogação é praxe quando uma MP não é votada no prazo inicial de 60 dias nos quais tem de ser analisada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. A MP perderá a validade por decurso de prazo se não for votada pelos parlamentares dentro dos próximos dois meses.
A MP do Refis já teve relatório do deputado Newton Cardoso (PMDB-MG) aprovado na comissão especial mista que analisou o texto enviado pelo governo. No entanto, ainda precisa ser votada no plenário da Câmara e no do Senado. Segunda (7), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou que o governo pretende trabalhar pela elaboração de um novo relatório para ser apresentado na Câmara por um deputado da base aliada.
Segundo o ministro, o objetivo é fazer “um projeto mais equilibrado e justo” que o projeto de lei na qual a MP foi convertida na comissão especial. “O projeto [do Refis] visa, ou deve visar, dar oportunidade aos devedores de pagar a sua dívida, mas também levar à arrecadação do país. Não se pode incentivar as empresas a deixar de pagar imposto”, disse o ministro.
Desde o dia 15 de julho, a MP tramita em regime de urgência e tranca a pauta da Câmara dos Deputados. Apesar de a prorrogação ter sido publicada hoje no Diário Oficial da União, o prazo conta a partir do dia 12 deste mês, quando os primeiros 60 dias se cumprem. Assim, a MP terá que ser votada pelas duas Casas até o dia 11 de outubro.
Agencia Brasil
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Mão-de-obra mais cara faz custo da construção civil subir 2,14% em MS
O custo médio para construir em Mato Grosso do Sul fechou o mês de julho em R$ 1.048,78 por metro quadrado, uma alta de 2,14% em relação ao mês anterior, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (09) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os dados do Sinapi (Índice Nacional da Construção Civil) indicam que o resultado foi influenciado pelos reajustes salariais por acordo coletivo e pela alta no custo dos materiais.
Mato Grosso do Sul teve a segunda maior variação no índice em julho. O Estado fica atrás apenas do Rio de Janeiro, que registrou alta de 3,03%.
Se comparado com o mesmo período do ano passado, o índice teve alta 2,99% no Estado, já no acumulado de janeiro a julho, a alta foi de 3,11%.
Na média nacional, o custo da construção civil é 0,34% mais caro em relação aos valores registrados em Mato Grosso do Sul. No país, construir custa, em média, R$ 1.052,75.
Região – No Centro-Oeste, o estado mais caro para construir é o Distrito Federal, com custo médio de R$ 1.098,29. Já Goiás é o mais barato da região, com custo médio de R$ 1.025,72.
Campo Grande News
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IPCA atinge 0,24% em julho e fica abaixo do piso da meta em 12 meses, diz IBGE
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,24% no mês de julho em relação a junho, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O maior impacto veio do aumento das contas de luz. Ainda assim, foi o menor resultado para julho desde 2014, quando o índice ficou em 0,01%.
No acumulado em 12 meses, o índice foi para 2,71%, abaixo do piso da meta de inflação estipulada pelo governo pela primeira vez desde março de 2007, nesta base de comparação. O piso da meta é de 3% ao ano (1,5 ponto percentual abaixo do centro da meta, que é de 4,5% ao ano). Este patamar foi o menor para 12 meses desde fevereiro de 1999, quando o índice acumulou 2,24%.
O gerente da Coordenação de Índices de Preços do IBGE, Fernando Gonçalves, enfatizou que a alimentação é o item que mais tem ajudado a segurar a inflação abaixo do piso da meta para o acumulado em 12 meses.
De janeiro a julho, o IPCA ficou em 1,43%, bem abaixo dos 4,96% registrados em igual período do ano passado.
Habitação e transportes
Em julho, os grupos habitação e transportes puxaram o índice para cima, com variação positiva de 1,64% e 0,34%. Já o grupo alimentação e bebidas, que responde por 25% das despesas familiares, recuou pelo terceiro mês seguido (-0,47%).
Gonçalves, destacou que a alimentação no domicílio ajudou a puxar o índice para baixo. A queda no país foi de 0,81% neste grupo de consumo. Segundo o economista, além do aumento na oferta de alimentos, em razão da safra recorde deste ano, ele enfatizou que há também efeito da demanda na queda dos preços dos alimentos.
“O desemprego segue em alta e a renda restrita. Isso segura o consumo. Embora não se possa cortar a alimentação, as famílias podem economizar na alimentação, escolhendo produtos mais baratos, por exemplo”, disse.]
Com o maior impacto no IPCA, a energia elétrica (do grupo habitação) subiu 6% e foi o item que mais contribuiu para o resultado de julho. "Isso ocorreu devido à entrada em vigor da bandeira tarifária amarela, a partir de 01 de julho, representando uma cobrança adicional de R$ 2,00 a cada 100 Kwh consumidos", diz o IBGE.
Dos itens não alimentícios com preços em queda em julho, Gonçalves destacou as roupas femininas (-0,95%), automóvel usado (-0,93%), roupa infantil (-0,87%) e automóvel novo (0,64%). “Estes quatro itens são impactados pelo fator demanda”, salientou.
Alta dos combustíveis
Segundo o coordenador de Índices de Preços do IBGE, Fernando Gonçalves, depois da energia elétrica os maiores impactos na inflação em julho partiram do reajuste nos planos de saúde e da gasolina. Ambos tiveram alta de 1,06% no país e representam, cada uma, 0,04 pontos percentuais de impacto na composição do IPCA.
No grupo transportes, que subiu 0,34%, o destaque foi a alta de 0,92% dos combustíveis. O litro do etanol ficou, em média, 0,73% mais caro. Já a gasolina subiu 1,06%. Em julho, foram anunciados reajustes (aumentos e reduções) nos preços da gasolina na refinaria e, em 20 de julho, o aumento na alíquota do PIS/COFINS dos combustíveis.
Em 25 de julho, esse aumento foi suspenso por uma liminar, derrubada em 26 de julho. Uma nova liminar em 03 de agosto, derrubada no dia seguinte, também suspendeu o efeito do decreto que reajustou as alíquotas do PIS/COFINS dos combustíveis.
3 capitais têm deflação
Três capitais registraram deflação em julho. A mais expressiva foi em Campo Grande (-0,24%), seguida por Porto Alegre (-0,12%) e Rio de Janeiro (-0,03%). Em junho, todas as capitais haviam registrado deflação.
A maior alta na inflação por região foi registrada em Curitiba (0,49%). Em seguida, aparecem São Paulo e Goiânia, ambas com alta de 0,38%. Na sequência, as demais capitais que com inflação maior que a geral do país foram Salvador (0,35%), Belo Horizonte (0,31%), Recife (0,29%) e Brasília (0,28%).
O coordenador de Índices de Preços do IBGE, Fernando Gonçalves, destacou que todas as capitais registraram inflação abaixo do piso da meta em julho.
Deflação em junho
No mês de junho, o índice teve deflação de 0,23%, a primeira em 11 anos, puxada pelas contas de luz e alimentos. O resultado foi o mais baixo para um mês de junho desde o início do Plano Real.
A última vez que o índice teve variação negativa foi em junho de 2006, quando a taxa caiu 0,21%. O IPCA nunca foi tão baixo desde agosto de 1998, quando a taxa atingiu -0,51%.
Expectativa para agosto
Para agosto, o IBGE estima que o IPCA poderá vir com alta. Isso porque o índice sofrerá impacto dos reajustes nos preços em vários itens de consumo entre o final de julho e o começo de agosto.
As tarifas de água e esgoto foram reajustadas em 3,6% no Rio de Janeiro, em 8,69% em Belo Horizonte e em 6% em Vitória. O gás encanado no Rio de Janeiro foi reajustado em 1,03% e o botijão de gás teve reajuste de 6,9% no país.
Outros impactos relevantes na composição do índice em agosto virão da tarifa de energia elétrica, cuja cobrança está na bandeira vermelha (R$ 3 a cada 100 kwh consumidos) em todo país. Além disso, houve reajuste de 8,53% na tarifa cobrada em Vitória e de 6,87% em Belém.
Houve ainda reajuste de 4,65% nas passagens dos ônibus intermunicipais em Goiânia, reajuste entre 3% e 4% nos pedágios do Rio e de São Paulo e de aproximadamente 14% nos planos de saúde antigos.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,17% em julho, ficando acima da taxa negativa de 0,30% de junho. No acumulado dos últimos doze meses, o índice desceu para 2,08%, ficando abaixo dos 2,56% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2016, o INPC foi de 0,64%.
G1
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Mulheres superam homens na criação de novos negócios, mas enfrentam obstáculos
As mulheres brasileiras estão à frente dos homens na criação de novos negócios. Mas, quando se trata de negócios já estabelecidos, elas mostram presença menor que a do sexo masculino. As informações estão na pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2016, coordenada no Brasil pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ).
Segundo o estudo, em 2016 a taxa de empreendedorismo entre os que têm um negócio com até três anos e meio de existência ficou em 15,4% entre as mulheres e em 12,6% entre os homens. A taxa de empreendedores estabelecidos, ou seja, que tocam um negócio há mais de três anos e meio, ficou em 19,6% entre os homens e 14,3% entre as mulheres.
A pesquisa revelou também que as mulheres empreendem por necessidade mais frequentemente do que os homens. No grupo feminino, 48% delas afirmaram ter buscado o empreendedorismo porque precisaram. No masculino, esse percentual cai para 37%.
O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, afirma que em tempos de crise o empreendedorismo é uma alternativa para vários brasileiros que perderam o emprego ou buscam uma renda extra. No caso das mulheres, ele destaca que a solução pode ser mais viável que um emprego com horário rígido, já que muitas delas têm de fazer a chamada jornada dupla.
“O dilema da mulher é entre a necessidade de trabalho e de cuidar da criança, da casa. O empreendedorismo tem se mostrado um grande caminho de conciliação. Quem quer fazer carreira em uma empresa tem que lidar com a disciplina dos horários, o que não facilita”, comenta.
Ele lembra que um número grande de brasileiras é responsável, sozinho, pelo sustento da família e pela organização do lar. “Há a mulher como arrimo de família. Elas são a única fonte de renda e ainda têm que cuidar da atividade doméstica. Então, a atividade de empreendedora em casa facilita muito. A maioria caminhou para isso por necessidade. Essa pesquisa trata do mercado formal, mas você tem um monte de mulheres por conta própria na informalidade”, destaca.
Mais suporte
Marcelo Minutti, professor de empreendedorismo e inovação da Faculdade de Economia e Finanças Ibmec, vê como positiva a maior presença feminina nos negócios novos. Ele acredita que isso é resultado do empoderamento das mulheres e avalia que, com o tempo, crescerá também o número das que estão à frente de negócios estabelecidos há mais tempo.
“A gente percebe, nos últimos anos, uma tendência forte para a mulher empreender. Inclusive, esses percentuais de crescimento atual resultam de uma defasagem muito grande [da presença delas nos negócios anteriormente]. Isso estava represado. Como esse empoderamento tem ganhado força apenas nos últimos anos, isso reflete, porque os negócios são mais novos também”, afirma.
Minutti destaca, contudo, que ainda há dificuldades a enfrentar para garantir equidade no mundo dos negócios. “Por mais que seja uma notícia positiva o fato de as mulheres ocuparem espaço maior, a gente tem algumas dificuldades. O preconceito dificulta muito as relações, ainda mais em ambientes majoritariamente masculinos. Por isso, só pedir para as mulheres se esforçarem não é suficiente. Precisa de política pública, que as empresas se adaptem à rotina das mulheres”.
No estudo do Sebrae e do IBPQ, técnicos também enumeram obstáculos apontados por mulheres empreendedoras e recomendam maior suporte. “[As mulheres] conseguem criar novos negócios, porém enfrentam dificuldades para fazer seus empreendimentos prosperarem. Tal fenômeno pode estar associado às condições relatadas, como preconceito de gênero, menor credibilidade pelo fato de o mundo dos negócios ser mais tradicionalmente associado a homens, maior dificuldade de financiamento e dificuldade para conciliar demandas da família e do empreendimento. Essa situação aponta para a necessidade de maiores investimentos para dar suporte”, ressalta a pesquisa.
Ajuda da família
Em março do ano passado, a turismóloga Mariana Alves Carvalho David, 32 anos, decidiu arriscar-se no mundo dos negócios. Desempregada, ela juntou a necessidade ao desejo antigo de ter o próprio negócio e abriu o restaurante Piccolo Emporium, na Asa Sul, zona central de Brasília.
“Na verdade, foram duas coisas. Meu pai vem desse ramo [de restaurantes] há muitos anos e eu tinha vontade de abrir alguma coisa. Aí, fiquei desempregada. Eu tinha um dinheiro e meu pai entrou comigo”, explica. Casada e mãe de dois filhos, ela tem a sorte de poder contar com a ajuda da família para conciliar a vida doméstica com a rotina de empresária.
“Eu não tive tanta dificuldade, pois meu marido já sabia como ia funcionar. Nós tínhamos conversado antes. E o fato de o meu pai estar junto comigo e a gente conseguir dividir [as tarefas do restaurante] facilitou muito. Se não fosse isso, realmente seria um pouco mais difícil”, diz.
Áreas de atuação
Além de enfrentar mais obstáculos para manter o negócio funcionando, as mulheres que decidem empreender atuam em menos áreas que os homens. Segundo a pesquisa do Sebrae e do IBPQ, em 2016, enquanto 49% das empreendedoras iniciais concentravam-se em quatro atividades, 50% dos homens começando a empreender estavam em nove segmentos.
Elas distribuíam-se nos setores de serviços domésticos (13,5 %) , cabeleireiros ou tratamento de beleza (12,6 %) , comércio varejista de vestuário e acessórios (12,3 %) e catering e bufê (10,3%).
Por sua vez, os homens estavam em todas as áreas ocupadas pelas mulheres, com exceção do serviço doméstico, e ainda na construção (14,8 %), restaurantes (7,7 %), manutenção de veículos (7,4 %), comércio varejista de hortifrutigranjeiros (3,2 %), atividades de serviços pessoais (2,8 %) e comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal (2,4 %) .
Para Marcelo Minutti, as barreiras do mundo corporativo e a própria formação cultural podem explicar a concentração das mulheres empreendedoras em áreas associadas ao universo feminino. “Ela pode se concentrar no espaço onde há mais facilidade para ela. Há uma carga cultural também, referente a como o homem é criado e a como a mulher é criada. Tem que começar um trabalho de base, desde que as meninas estão lá na escola até chegar à idade de empreender”, defende.
Agência Brasil
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Feira Central da Capital será declarada patrimônio cultural
O grande acontecimento da 12ª edição do Festival de Sobá de Campo Grande, programado para 10 a 13 de agosto, será o ato de registro da tradicional Feira Central como patrimônio cultural imaterial municipal, na categoria lugar. A declaração será oficializada pelo prefeito Marquinhos Trad na abertura do evento, às 19h do dia 10.
“Reconhecimento que valoriza um espaço que se identifica com a cidade e com a essência da nossa gente”, comemorou a presidente da Associação da Feira Central e Turística de Campo Grande (Afecetur), Alvira Appel Soares de Melo. “Passaremos a ser um produto cultural do município e isso agrega valor à feira como centro comercial e de entretenimento, e é motivo de orgulho para toda a comunidade”, acrescentou.
O próximo passo, segundo Alvira Melo, será buscar o reconhecimento estadual e federal, cujo processo, por meio de inventário, está em andamento, também como patrimônio cultural imaterial na categoria lugar. “A feira faz parte da nossa identidade, é o ponto de encontro, da prosa e das diversidades culturais, onde a gastronomia se destaca”, diz ela.
A origem da Feirona
Funcionamento desde outubro de 2006 na antiga Estação Ferroviária, a chamada “Feirona” ganhou espaço nobre e padronizado, tornando-se um dos pontos turísticos da cidade. A transferência das ruas José Antônio, Abrão Julio Rahe e Padre João Cripa para o novo local causou polêmica e muita discussão, na época, mas a ideia já agradava os feirantes que sonhavam com um espaço amplo.
A Feira Central uniu o comércio de hortifrutigranjeiros, produtos caseiros das fazendas e sítios o artesanato e introduziu a gastronomia regional e oriental, com destaque para o espetinho de carne bovina com mandioca amarela, o yakisoba e o sobá, este elaborado e difundido pelos descendentes de Okinawa e muito apreciado pela população e visitantes. Hoje o cardápio é variado
A história do sobá caminhou junto com a feira, fundada por meio decreto, em 4 de maio de 1925, pelo então entendente municipal Arnaldo Estevão de Figueiredo, ex-governador de Mato Grosso. O primeiro local da feira foi na Avenida Afonso Pena e funcionava inicialmente aos sábado e depois na quintas-feira e domingo.
A “Feirona” ainda passaria pela Avenida Calógeras e para a Rua Antônio Maria Coelho antes de, em 1966, por meio de decreto do então prefeito Antônio Mendes Canale, ser fixada entre as ruas José Antônio e Abrão Júlio Rahe. Lá, o espaço ganhou mais força, tomou conta da Rua Padre João Crippa e virou, definitivamente, um local tradicionalmente familiar.
Hoje, a Feira Central e Turística de Campo Grande, ponto de encontro da cidade das pessoas que a visitam, está instalada em um dos antigos pavilhões da Estação Ferroviária, construída em 1914, na rua 14 de Julho, 3.351. Funciona às quartas, quintas e sextas-feiras, a partir das 16h, e abre aos sábados e domingos depois das 12h.
Festival de Sobá
O evento tem, como sempre, um grande apelo gastronômico, social, econômico e cultural ganhando proporção internacional pelo volume de pessoas que comparecem na feira, aliado à movimentação turística que proporciona nesta época na cidade, dentro das festividades do aniversário de Campo Grande, que este ano comemora 118 anos, no da 26.
Governador Reinaldo Azambuja deverá participar da abertura do festival, como no ano passado
A programação da 12ª edição do festival, divulgada pela Afecetur, será aberta no dia 10 mantendo, como todos os anos, a cerimônia do saquê, simbolizando e desejando prosperidade. A grande atração da noite será a apresentação ao vivo da dupla Guilherme e Santiago, às 20h, seguindo da cozinha show.
No dia 11, a partir das 19h, apresentação de Tai Chi Chuan, com a Academia Shaolin Norte de Kung Fu e Tai Chi Chuan) de karaokê (com Felipe Hidek Idie e Mary Okabayashi) e cozinha show. No dia 12, apresentações de danças japonesas (Grupo Sakura); do cantor Helder Hohagura; de Taiko (tambores japoneses), do grupo Ryu Kyu Koku Matsuri Daiko e cozinha show.
No dia 13, concurso de Cosplay, apresentações da Academia Brandão Fit e Kids Taekwondo; Odori, com o Grupo Ryubu; Schamissen, com o Grupo Okinawa Ongaku Kenkyukai; Taiko, com o Grupo Kariyushi Taiko; e Wadaiko, com o Grupo Shinsei; e cozinha show. Encerrando o festival, show com o Grupo Sampi.
Características próprias
O sobá servido em Campo Grande não é o mesmo prato do Japão. A iguaria não usa o mesmo tipo de macarrão, que na receita original, tem uma massa de cor mais escura e leva ainda cenoura ralada, frango, saquê, shoyu e um tipo de condimento à base de peixe.
A receita local é uma variação do prato que nasceu na ilha de Okinawa. O prato foi trazido à capital sul-mato-grossense pelos imigrantes japoneses e era refeição dos feirantes. Logo, passou a ser compartilhada com os moradores e acabou incorporada na culinária campo-grandense e hoje tornou-se um sabor regional.
Uma viagem em 360º
O Sebrae é um dos parceiros do Festival de Sobá e montará um estande no pavilhão da feita para apresentar ao público o projeto Brasil Central Turismo, que mostra as belezas naturais de regiões turísticas de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.
O espaço, aberto todos os dias do festival, contará com óculos rift e cubo de imersão com projeção 360º, bem como vídeos ilustrativos dos destinos e ferramentas interativas de realidade virtual, permitindo ao visitante um mergulho a cenários repletos de sons e aromas locais.
A mostra já rodou o Brasil e foi apresentado em grandes eventos nacionais, como as Olimpíadas do Rio, e foca as seis zonas de ação: Bonito-MS; região do Pantanal ( Corumbá-MS e Poconé-MT); Chapada dos Guimarães-MT; Chapada dos Veadeiros-GO; Pirenópolis-GO; e Brasília-DF.
Lugares (http://www.lugares.eco.br)
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De olho nas vendas, comércio de Três Lagoas tem horário especial para o Dia dos Pais
No domingo (13) será comemorado o Dia dos Pais. Para atender aqueles que saem do trabalho mais tarde ou quem deixou a compra do presente para a última hora, o comércio de Três Lagoas funcionará em horário especial nos dias que antecedem a data comemorativa.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Três Lagoas – Sindivarejo, Sueide Silva Torres, o horário especial já é tradicional e tem por objetivo facilitar as compras dos clientes locais e da região no comércio da cidade. "O Dia dos Pais é uma data comemorativa importante para o comércio. A expectativa é que contribua para melhorar as vendas deste mês de agosto, especialmente, naqueles segmentos mais influenciados pela venda dos presentes", disse.
Na sexta-feira (12), as lojas ficarão abertas até as 19h, já no sábado (13) o horário de funcionamento do comércio será das 8h às 18h.
Expressão MS
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