Banco Central reduz juros básicos da economia para 12,25% ao ano
Pela quarta vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, de 13% ao ano para 12,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.
Com a redução, a Selic retorna ao nível de março de 2015, quando também estava em 12,25% ao ano. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história, e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia.
Em comunicado, o Copom informou que a inflação está perdendo força em todos os setores da economia, com ajuda dos alimentos. “O comportamento da inflação permanece favorável. O processo de desinflação é mais difundido e indica desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. Houve ainda uma retomada na desinflação dos preços de alimentos, que constitui choque de oferta favorável”, destacou.
De acordo com a nota, o Banco Central admitiu que algumas projeções internas baseadas nas estimativas das instituições financeiras podem abrir espaço para os juros básicos caírem quase três pontos percentuais até o fim do ano. “No cenário de mercado, as projeções do Copom recuaram para em torno de 4,2% em 2017 e mantiveram-se ao redor de 4,5% para 2018. Esse cenário embute hipótese de trajetória de juros que alcança 9,5% e 9% [ao ano] ao final de 2017 e 2018, respectivamente”, acrescentou o texto.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 0,38% em janeiro, o menor nível registrado para o mês desde o início da série, em 1979.
Nos 12 meses terminados em janeiro, o IPCA acumula 5,35%. Até o ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecia meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Para 2017, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto percentual. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano.
Inflação
No Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA encerraria 2017 em 4,4%. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,43%.
Até agosto do ano passado, o impacto de preços administrados, como a elevação de tarifas públicas, e o de alimentos, como feijão e leite, contribuiu para a manutenção dos índices de preços em níveis altos. De lá para cá, no entanto, a inflação começou a desacelerar por causa da recessão econômica e da queda do dólar.
A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores impulsionam a produção e o consumo num cenário de baixa atividade econômica. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de apenas 0,48% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2016. No último Relatório de Inflação, o BC reduziu a estimativa de expansão da economia para 0,8% este ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.
Agência Brasil
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2017 pode ser o ano do pequeno comércio
Conversamos com Leonídio de Oliveira Filho, empresário e criador do site Dica de Preço, sobre como o pequeno lojista pode aproveitar o momento de instabilidade para transformar seus produtos em vendas reais e se afastar de vez da crise no País.
As perspectivas do mercado para 2017 são de que as coisas melhorem um pouco, porém muito lentamente. Como o pequeno lojista pode atravessar este momento sem viver com as contas apertadas?
Realmente será bem lento. Para que ele sobreviva terá que otimizar, o que não quer dizer somente “cortar” ao pé da letra, e sim cortar com inteligência e também fazer melhor por menos. Como bom equilibrista foque nos seguintes pontos: Custos, Produto, Marketing. No caso de Produto, o seu consumidor só está comprando o necessário e/ou barato, então identifique (em seus produtos de estoque) quais pertencem a esse grupo, e o que não pertencer é melhor transformar em ofertas para atrair e não repor novamente. Quanto ao Marketing, use tudo o que for de graça para promover sua loja ou suas ofertas, sendo que a internet é a melhor ferramenta.
Quais são os maiores erros que o lojista comete com o uso da internet?
O lojista tradicional está acostumado a esconder seus preços e, às vezes, o temor pelo concorrente ter informações é tão grande que ele nem divulga certos produtos. Os tempos mudaram, o consumidor precisa ganhar tempo e está procurando se informar ao máximo antes de entrar em uma loja. Portanto, se o lojista não fizer parte dessas informações disponíveis na internet, continuará a perder clientes. Então use a internet como ferramenta de divulgação e vá além do que todos fazem – procure criar conteúdo.
Como a internet influencia nos negócios? E como ela pode fortalecer a sua marca no mercado?
Hoje a internet tem um poder tão grande quanto da televisão. Veja pelos YouTubers, que até ontem eram pessoas desconhecidas e hoje têm milhões e milhões de pessoas seguindo. Por que a sua marca não poderia estar também sendo seguida pelos internautas? Quanto vale uma marca com milhões de pessoas como seguidoras? Então use e divulgue.
Existem inúmeros pormenores que o pequeno lojista não conhece quando se fala de sites e buscadores de preço. Como saber que não estará entrando em uma “furada”? Afinal, as grandes redes varejistas são as primeiras no topo das buscas.
Jogar fora a possibilidade de uma venda é, sim, uma furada. O lojista deve abraçar todas as formas de divulgar seus produtos ou marca. Claro que se houver custo, este deve ser avaliado; mas caso contrário, siga em frente. Participe de comparadores que não cobrem por clique, fuja de lutas em que o poder econômico fala mais alto. Lembre-se: o consumidor escolherá o que é mais barato e/ou conveniente para ele.
A questão do preço não é somente atrativa para o consumidor, mas também a localidade onde se encontra o produto. Você acredita que o consumidor já está ciente desta vantagem? O pequeno lojista consegue observar as vantagens deste mesmo ponto?
Boa parte dos consumidores já processa essas informações. O engraçado é que o lojista ainda não sabe como usar isso a seu favor. Parece difícil para ele imaginar que a internet, algo que é virtual, e que é habitat do seu pior vilão (o e-commerce), pode ajudá-lo no mundo real. Um comparador, por exemplo, trabalha bem com o mundo real e virtual porque acredita que ambos têm seus valores. Você andaria com seu carro por quilômetros só para ir a um shopping, grande magazine, ou esperaria dez dias para resolver a compra de uma pilha para seu mouse?
Qual é a melhor maneira se de investir, pouco e bem, na internet?
Mídias sociais, comparadores gratuitos, blogs, vlogs. Procure primeiro tudo o que é de graça e observe os resultados. Ajuste sua estratégia e, quando estiver obtendo algo, potencialize investindo em ferramentas pagas.
Diante do momento de crise, muitos podem fechar suas portas. Porém, este não seria o momento de arriscar mais e se fortalecer na região?
Este é o momento de agradecer sua região e seus clientes, e fidelizá-los. Tente entendê-los. Dê a eles o que as grandes empresas não podem dar. E não se esqueça que a internet é uma ferramenta para todos; portanto, um lugar muito justo para concorrer com os grandes. A maioria das grandes empresas não enxerga o que você pode ver nelas, pois existem muitas pessoas envolvidas nesse processo, entre o real comprometido com o negócio e seus clientes.
Portal Varegista
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Novo corte da Selic começa a ser debatido hoje
Após a surpresa com o corte do juro em janeiro, o Banco Central volta a se reunir nesta terça-feira (21/02), e amanhã, diante da firme aposta do mercado financeiro de que o ritmo de redução da taxa básica (Selic) continuará em 0,75 ponto porcentual.
A recente inflação de janeiro, que ficou no menor patamar em quase 40 anos, mexeu com os ânimos e tem sido usada como argumento de pressão – até mesmo no próprio governo – para que o Comitê liderado por Ilan Goldfajn acelere o passo.
Analistas reconhecem que há algum espaço para ação mais agressiva, mas a maioria absoluta dos economistas e de analistas do mercado financeiro – como mostrou levantamento do Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado – acredita que o BC manterá o ritmo. Parece não haver dúvida entre analistas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC continuará com o processo de desaperto da economia.
Das 68 instituições financeiras ouvidas pelo Projeções Broadcast, 67 apostam em corte do juro de 0,75 ponto, de 13,00% para 12,25% ao ano. Apenas uma casa prevê redução mais agressiva, de 1 ponto, o que levaria a Selic para 12%.
Confirmado qualquer um dos dois cenários, esse terá sido o quarto corte seguido do juro, no processo iniciado em outubro de 2016.
O pano de fundo para o movimento é a clara tendência de desaceleração dos preços. O dado mais recente do índice oficial de inflação, o IPCA, mostrou alta de 0,38% em janeiro, no menor patamar da série, iniciada em 1979.
Esse dado, aliás, foi amplamente comemorado pelo governo e serviu como gatilho para a nova onda de pressão sobre o BC.
O presidente Michel Temer voltou a falar publicamente do tema e lembrou que o governo conseguiu reduzir a inflação pela metade em poucos meses, do pico de 10,7% para os atuais 5,35% no acumulado em 12 meses.
Esses números têm motivado autoridades e empresários, que cobram pressa na redução dos juros para acelerar a retomada da atividade.
Economista de formação, o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu abertamente a queda de um ponto porcentual.
Ao comentar que falava "como economista", argumentou que a inflação está em trajetória descendente, os preços administrados estão controlados e não há pressão pelo câmbio.
Apesar do discurso aberto de um dos "homens fortes" de Temer, a pressão política dentro do governo parece menos intensa que a vista em janeiro.
Na equipe econômica, há percepção de que a surpresa da reunião passada amenizou a ansiedade de alguns setores – o que estaria suavizado a pressão sobre o BC.
O próprio presidente Temer adotou tom ameno. "Evidentemente, os juros vão caindo também responsavelmente, porque é importante que os juros reais sejam incentivadores do investimento.
Mas o mais importante nisso tudo, é exata e precisamente aconfiança. E a confiança vem sendo restabelecida", disse nesta segunda-feira 20, em evento em São Paulo.
O chefe de pesquisa macroeconômica para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, reconhece que o espaço para a redução do juro cresce à medida que as expectativas para a inflação cedem.
Ele cita como exemplo a "grande possibilidade de que a inflação terminará 2017 em 4,5% ou abaixo". Mesmo assim, prevê queda de 0,75 ponto pelo cenário externo.
"A alta do juro em dólar e o aumento do peso das incertezas globais demandam cautela contra eventual excesso no ciclo de afrouxamento", diz.
Mesmo assim, Ramos não descarta ação mais agressiva do BC em breve. "Levando-se em conta que o Copom cortará 0,75 ponto, nós procuraremos mudanças nos indicadores que podem sinalizar ou sugerir a abertura da porta para aceleração nos cortes para 1 ponto na reunião de 12 de abril", afirma o economista.
O diretor de gestão de renda fixa e multimercados da Quantitas Gestão de Recursos, Rogério Braga, afirma que a janela para cortes maiores da Selic, de 1 ponto porcentual, ficará aberta até o fim do primeiro semestre. Até lá, o Copom se reúne nesta semana, em abril e em maio.
"É possível que o BC caminhe para 1 ponto, dependendo de como a inflação caminhar. A inflação corrente despencou muito rápido", lembrou.
"Só que quanto mais baixo estiver a Selic, mais perto do ponto de equilíbrio ela estará. Então, menor a probabilidade de o BC acelerar os cortes. Se o BC não fizer essa aceleração no primeiro semestre de 2017, é difícil fazer depois."
Na tarde desta segunda, no mercado futuro da BM&FBovespa, os ativos ligados a juros indicavam cerca de 16% de chances de o Copom reduzir a Selic em 1 ponto porcentual já na reunião desta semana. Os outros 84% das apostas são de que o corte será de 0,75 ponto porcentual.
Diário do Comércio
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Como gastar menos com o ponto comercial
A crise econômica trouxe ao menos um benefício para os empreendedores: a possibilidade de negociar os custos de ocupação com o dono do imóvel. No entanto, é preciso saber como e com quem dá para pleitear valores melhores. Uma parte dos proprietários de fato tem sido mais flexível. São donos de imóveis ou administradoras de shoppings que sentiram a crise e viram seus inquilinos fechar as portas. Essas pessoas estão mais abertas a negociar os valores para não deixar o ponto parado.
Por outro lado, há também os proprietários de locais que não sofreram tanto ou que preferem manter os preços altos, mesmo que os imóveis fiquem vagos. É preciso analisar os imóveis e as regiões para entender em que medida será possível negociar um desconto. Se houver essa abertura, fique atento nos tópicos a seguir.
Pontos de rua
Os empreendedores que buscam pontos comerciais na rua podem economizar no aluguel, no valor do ponto em si e na carência de pagamento. “O desconto pode ser proporcional à reforma que a empresa irá fazer no local, ou seja, quanto o empreendedor irá agregar ao patrimônio. Por exemplo, uma melhoria na vitrine”, diz Ana Paula Tozzi, CEO da AGR Consultores.
Polos comerciais
Caso tenha interesse em montar uma loja em ruas especializadas, como aquelas que reúnem as lojas de móveis ou de vestidos de noiva, fique de olho no número de estabelecimentos fechados. “Se a quantidade de lojas diminui, a frequência e o fluxo de pessoas caem também. A chance de retorno é menor nessas situações”, afirma Ana Paula.
Pontos de shopping
Os aspectos a serem negociados com o shopping são as luvas (que podem ser abatidas) e o aluguel. Este pode ser reduzido ao seu valor mínimo por um tempo, e o aluguel variável (proporcional às vendas da loja) passa a ser cobrado depois de um número de meses. Quando for conversar com a administradora, leve informações para fundamentar o pedido de desconto, como um plano de negócios e uma projeção de vendas. “Passou a época em que a relação entre shopping e lojista não era transparente. O shopping pode ceder, mas vai exigir o retorno do aluguel que você deixou de pagar no começo”, diz Ana Paula.
Foco no seu caso
Não é porque o dono da loja vizinha conseguiu um valor melhor que você também o conquistará. “Shopping não dá desconto de aluguel para todo mundo. Alguns segmentos foram mais afetados pela crise, mas muita gente está vendendo bem”, diz Marcos Hirai, sócio-diretor da consultoria GS&BGH. “O desconto será feito caso a caso, em razão da situação do lojista. A administradora do shopping sabe quem está mais afetado”, afirma ele.
Shoppings novos vs. consolidados
Segundo Hirai, os shopping com mais de quatro anos de atividade, tidos como consolidados, têm vacância mais baixa. “Nesses locais, os valores de entrada ainda são altos”, diz ele. Já nos novos há mais espaços desocupados. “Esses shoppings foram lançados quando o consumo já estava arrefecendo. Pode ser um momento de grandes oportunidades para os lojistas entrantes”, afirma Hirai.
Cuidado com as vendas
Antes de fechar com um ponto em um shopping com vacância alta e desconto bom, faça uma análise crítica. “Não caia na tentação de montar negócio em um lugar que não vá gerar renda”, diz Ana Paula. “Precisa ser um bom ponto no médio prazo. Se a região não está bem e não tem previsão de melhorar, evite”, afirma ela.
Peça ajuda ao franqueador
Os franqueados devem receber apoio e orientação na escolha do ponto. O franqueador pode até tomar a frente da negociação com o dono do imóvel ou a administradora do shopping. “Ele tem um conjunto de lojas para negociar e consegue melhores condições”, diz Hirai.
Revista PEGN
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Executivo envia projeto que acaba com multa de 10% do FGTS paga por empresas ao governo
O Executivo enviou à Câmara dos Deputados Projeto de Lei Complementar (PLP) 340/17 que acaba gradualmente com a contribuição adicional de 10% sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) paga pelas empresas ao governo quando demitem funcionários sem justa causa.
Hoje, segundo a lei, quando o trabalhador é demitido sem justa causa, a empresa deposita 40% na conta do FGTS do empregado e recolhe outros 10% para o governo, que usa esse dinheiro em programas, como o Minha Casa Minha Vida.
Conforme a proposta enviada pelo Executivo, a alíquota da contribuição será de 9% em 2018, com redução de um ponto percentual a cada ano até a sua extinção definitiva em 2027. O fim da popularmente chamada “multa”, já havia sido anunciado pelo governo em dezembro, quando lançou um pacote de medidas para reativar a economia.
Legislação
A proposta altera a Lei Complementar 110/01. A norma institui a contribuição adicional como forma de recompor as perdas que o FGTS sofreu em decorrência de planos econômicos na década de 1980.
O governo alega que desde agosto de 2012 os recursos arrecadados com o adicional de 10% são superiores ao necessário para recompor o saldo do fundo. Segundo o governo, a multa de 10% “além de onerar a empresa, afeta as decisões de gestão, distorcendo a alocação de recursos e reduzindo a eficiência”.
O impacto orçamentário da redução gradual da contribuição será debitado dos próximos orçamentos federais.
Aprovação
Posteriormente, Dilma enviou à Câmara o PLP 328/13, que transfere para o programa habitacional todos os recursos arrecadados com a multa. A proposta ainda tramita nas comissões da Casa.
Além do PLP 340, do governo, já tramita na Casa um projeto que acaba com o adicional pago pelos empregadores (PLP 332/13). O texto foi apresentado pelo deputado Otavio Leite (PSDB-RJ).
Portal Contábeis
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Olivier Anquier: “Restaurante deve ser um espaço aconchegante”
O francês Olivier Anquier chegou no Brasil em 1980. Hoje, com 57 anos, é um dos chefs mais renomados do país. O chef e empresário foi um dos palestrantes da Feira do Empreendedor de São Paulo e, além de contar um pouco de sua história, deu dicas a empreendedores para o ramo gastronômico.
Com 16 anos de idade, Olivier teve seu primeiro emprego em um mercado de Paris vendendo frutas e legumes. A partir daí, procurou sempre buscar sua independência trabalhando em diversos locais até vir para o Brasil, com 20 anos. Chegou no país sem nada no bolso e trabalhou muito até conseguir abrir seu primeiro negócio, em 1995.
Era uma padaria francesa. “No Brasil, só comiam pão francês. Achei isso muito monótono! Coloquei minha curiosidade em prática e criei uma panificadora”, conta Olivier. Ele vinha de uma família de padeiros e executou sua ideia em um nicho de mercado que não existia. A padaria foi um sucesso e, depois disso, ele não parou mais. Atualmente, possui três restaurantes em São Paulo (SP) e ainda é apresentador de TV, comandando o Diário do Olivier e o Cozinheiros em Ação, no GNT.
Confira abaixo quatro dicas do chef Olivier para o seu restaurante.
1. Crie um espaço aconchegante
Para o chef, o mais importante de um restaurante é o quão aconchegante ele é. “Quando o cliente sai de casa para comer, está buscando algo a mais que não é a comida. A comida você pode fazer em casa”, explica. A ideia é ter um lugar onde o consumidor se sinta bem, muito aconchegante. Segundo ele, quanto mais simples, melhor, ou seja, o dinheiro não é sinônimo de um bom espaço. “Quem traz esse aconchego é o empreendedor. A alma do estabelecimento é a alma de quem o administra”, diz. Se o ambiente não estiver adequado – não importa o quanto a comida seja boa – o cliente não irá voltar.
2. Invista em atendimento capacitado
Um bom atendimento é o segundo ponto chave para o sucesso de um restaurante. A maneira como você está sendo recebendo e atendendo clientes em seu estabelecimento é essencial para fidelizá-los. Mas como treinar os funcionários para tal? Olivier dá a dica: “O empreendedor tem que se colocar ao mesmo nível de seu pessoal. Ninguém é superior a ninguém e é fundamental que os funcionários entendam isso”. O chef conta que, quando está em São Paulo, passa todos os dias em seus três restaurantes para verificar se os clientes estão satisfeitos com o atendimento. Para ele, os garçons devem entender que todos estão no mesmo nível e fazem parte de uma equipe. Dessa forma, terão orgulho de onde trabalham e passarão esse posicionamento aos clientes.
3. Confie em si mesmo
Para abrir o L'Entrecôte d' Olivier, Olivier recebeu muitos feedbacks negativos. Todos o chamavam de louco por abrir um restaurante que só tem um único prato, bife com batatas fritas e molho de mostarda. No entanto, ele persistiu na ideia e, hoje, cada unidade recebe mais de 10 mil pessoas por mês. Segundo ele, o brasileiro tem pouca confiança em si mesmo e isso acaba refletindo nos negócios. Se o empreendedor está certo que o conceito que ele criou irá fazer sucesso, deve seguir com a ideia. “Se você fugir da sua proposta original por insegurança, ela deixa de ser sua”, diz o chef. Ele também acredita que sorte não existe: “Quem tem sucesso é porque merece”.
4. Tenha imaginação
Não adianta querer copiar a ideia do vizinho que ganha dinheiro. No mundo gastronômico, se sai bem quem inova. No entanto, não é suficiente ter a melhor ideia do mundo se você não tem coragem. O bom empreendedor é aquele que sai de sua zona de conforto e é ousado o suficiente para colocar a ideia em prática. “Eu não inventei a padaria, mas fiz diferente. Eu não inventei o bife com batata frita, mas tive coragem de abrir um restaurante só com isso”, exemplifica Olivier. O chef também indica que o empreendedor fuja das modas e siga seu instinto, ou seja, invista no negócio que você sente que vai dar certo.
Revista PEGN
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Tentativas de fraude no e-commerce tiveram queda de 6,5% em 2016
“Os números apresentados neste estudo representam as tentativas de fraude, e não necessariamente as fraudes em si. A maior parte delas é barrada automaticamente pelo sistema, ou então a partir de uma revisão manual das equipes de risco dos estabelecimentos”, afirma Tom Canabarro, cofundador da Konduto.
Segundo a startup, a cada 28 pedidos que chegam nas lojas virtuais, ao menos 1 é feito por criminosos utilizando cartões de crédito clonados. O sistema mais usado é um desktop com o Windows e usando o navegador Google Chrome.
A pesquisa concluiu que os cibercriminosos escolhem o horário entre as 18h e 21h59 para fazer suas fraudes. É nesse horário que cerca de 30% das tentativas de golpes no comércio eletrônico brasileiro ocorrem.
“Essas informações desmentem um estereótipo que se faz do fraudador – um hacker que realiza as compras fraudulentas durante a madrugada, utilizando supercomputadores e navegando em redes criptografadas. Para se ter uma ideia, menos de 7% das tentativas de fraude ocorrem entre 1h e 7h da manhã”, acrescenta Canabarro.
A Konduto confirmou no estudo que o aumento da utilização de dispositivos móveis pelos consumidores brasileiros no momento da compra também se verifica nas tentativas de fraude. Assim, o mobile é cada vez mais utilizado para a realização de compras ilegais tendo registrado um aumento de 2,5%, passando a representar 19,92% das mesmas.
A redução na tentativa de fraudes não está relacionada à diminuição do número de fraudes em si, mas ao aumento de vendas registrado durante o segundo semestre de 2016 com iniciativas como a Black Friday e as festas de fim de ano.
A empresa refere que o índice de tentativas de fraude é alto, pois “um e-commerce considerado saudável não deve ter taxa de fraude superior a 1% sobre o faturamento”.
O Raio-X da Fraude no E-commerce Brasileiro considerou uma amostragem de cerca de 30 milhões de transações entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2016.
Portal Varejista
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Sistema de franquias brasileiro cresce 8,3% em 2016
O setor nacional de franquias aumentou a receita em 8,3% em 2016, em comparação a 2015, totalizando faturamento de R$ 151,24 bilhões. No ano anterior, o faturamento atingiu R$ 139,59 bilhões. O nível de empregabilidade subiu 0,2%, em um setor responsável por 1.192.495 empregos diretos no ano passado. Os segmentos que mais cresceram foram saúde, beleza e bem-estar (15,5%); serviços automotivos (11,6%) e moda (10,4%). Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
O presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, atribuiu esse resultado positivo à utilização de outros canais de negócios pelo sistema de franchising, como a venda porta a porta e o comércio eletrônico (e-commerce). “Se há cinco ou seis anos, o foco era muito limitado à unidade física, à loja do franqueado, nos últimos anos os franqueadores começaram a utilizar outros canais no modelo de negócios”, disse.
A trajetória de queda da inflação e o aparecimento de sinalização de melhoria do consumo também contribuíram para o resultado mas, segundo Cristofoletti, os frutos decorrentes da reestruturação da economia serão observador de forma mais acentuada em 2017. Para este ano, a expectativa é de aumento do faturamento ainda em um dígito, entre 7% e 9%.
Unidades
O número de unidades de franquias em operação no Brasil também subiu (3,1%), passando de 138.343 pontos de venda para 142.593. De acordo com a ABF, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro concentram o maior número de unidades no país, com 13% e 6,6% do total, respectivamente. Houve redução em relação a 2015, quando os números eram 15,5% e 6,9%. A única cidade que não é capital incluída no ranking dos dez municípios com maior número de unidades é Campinas (SP), com participação de 1,6%.
Em consequência da retração do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços produzidos no país, e do consumo, o número de redes de franquia caiu 1,1% em relação a 2015, somando 3.039 marcas, contra 3.073, no ano anterior. Na avaliação do presidente da ABF, a diminuição do número de marcas e o aumento do número de unidades de franquias mostra que o mercado brasileiro está ficando mais maduro. “Está indo para uma tendência que existe nos Estados Unidos, onde tem menos marcas, mas com número maior de unidades por marca”. No Brasil, a média de unidades por marca é de 50. Nos Estados Unidos, ultrapassa 500. “É uma tendência que vai acontecer no Brasil”, diz Cristofoletti.
Interiorização
O balanço do setor revela também um movimento de penetração das redes de franquia no interior do país, tendência que deve se acelerar este ano, ao lado da inserção de marcas em municípios que apresentem arranjos econômicos mais estruturados, como o agronegócio, onde há movimentação de recursos e criação de empregos por empreendedores interessados em levar essas marcas para suas cidades. A ABF espera crescimento nesse movimento de interiorização superior a 2%, o mesmo registrado no ano passado. Em 2016, o franchising alcançou 42% (ou 2.321) dos 5.567 municípios brasileiros.
Embora exista uma rotatividade natural no setor, a projeção da ABF para emprego, em 2017, é de ampliação entre 1% a 2%. Segundo Cristofoletti, a expansão do mercado de trabalho vai depender de o índice de confiança do empresariado e do consumidor se transformar em algo real, em eventos concretos de investimento e geração de novos postos de trabalho.
Internacionalização
Em 2017, terá seguimento o processo de internacionalização das marcas brasileiras dentro de um processo de planejamento e não mais por impulso. Parceria da ABF com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) visa promover o desenvolvimento de marcas brasileiras no mundo. Atualmente, 138 marcas brasileiras operam em 61 países. Em 2015, eram 134 redes presentes em 60 nações.
“O Brasil é muito respeitado lá fora, fruto de profissionalismo e do compromisso dos franqueados em desenvolver um franchising bem estruturado”, analisou Cristofoletti. No ranking do World Franchise Council, o Brasil aparece na quarta posição entre os países com maior número de redes de franquia. A China lidera a lista, com 4.500 marcas, seguida da Coreia do Sul (4.288) e Estados Unidos (3.828). O Brasil manteve a sexta colocação na relação dos países com maior número de unidades de franquia no mundo. Estados Unidos são os líderes globais, com 795.932 unidades, vindo a seguir a China, com 330 mil.
Agência Brasil
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Saques do FGTS devem gerar recuperação de crédito, diz SPC Brasil
O saque do dinheiro das contas inativas do FGTS deve injetar entre 30 bilhões e 35 bilhões de reais na economia do País, o que representa 0,5% do PIB. Dos 30,2 milhões de trabalhadores que poderão realizar os saques, 80% possuem até 1.500 reais nas contas.
Para o presidente do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roque Pellizzaro Junior, “os saques irão beneficiar principalmente os cidadãos das classes C, D e E, que devem utilizar o montante para as necessidades mais urgentes.” Com base em pesquisas recentes do SPC Brasil, estima-se que cerca de 50% do dinheiro sacado pelo trabalhador seja destinado ao pagamento de dívidas, 30% para economizar e o restante para outros gastos.
“O acesso ao dinheiro inativo das contas do FGTS é uma medida importante para injetar uma quantidade de dinheiro significativa na economia do País. Isso pode ajudar o cidadão afetado pela crise a sanar suas dívidas, limpar o nome e recuperar seu crédito”, avalia Pellizzaro. “Ao reduzir a inadimplência o impacto sobre a economia é positivo, resultando em menores taxas de juros cobradas ao consumidor”, finaliza.
SPC Brasil
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Caixa divulga calendário de saques do FGTS inativo de 2017
A Caixa Econômica Federal divulgou, na manhã desta terça-feira (14), o calendário de saques do FGTS inativo. Os pagamentos serão realizados entre março e julho. Beneficiários nascidos nos meses de janeiro e fevereiro poderão procurar as agências entre os dias 10 de março e 9 de abril.
Quem nasceu em março, abril e maio vai sacar entre 10 de abril e 11 de maio. Trabalhadores nascidos nos meses de junho, julho e agosto vão sacar entre os dias 12 de maio e 15 de junho. Nascidos em setembro, outubro e novembro vão receber os valores em entre 16 de junho e 13 de julho. Os trabalhadores nascidos em dezembro vão fazer o saque entre os dias 14 e 31 de julho.
Para reforçar os atendimentos, a Caixa vai abrir as agências em nos primeiros sábados dos cronogramas mensais de pagamento (com exceção de abril, mês que o cronograma de pagamentos coincide com a Semana Santa). As datas serão 18 de fevereiro, 11 de março, 13 de maio, 17 de junho e 15 de julho.
Como sacar o FGTS inativo
Os beneficiários terão quatro opções para recebimento dos valores: quem tem conta-corrente na Caixa poderá pedir o recebimento do crédito em conta, por meio do site das contas inativas. O saque também pode ser feito em caixas eletrônicos. Para valores de até R$ 1.500, é possível sacar só com a senha do cartão do Cidadão, mesmo que o beneficiário tenha perdido o documento. Para valores de até R$ 3.000, o saque pode ser feito com Cartão do Cidadão e a respectiva senha.
A retirada dos valores do FGTS inativo também pode ser feita em agências lotéricas e correspondentes Caixa Aqui. Neste caso, o beneficiário vai precisar do Cartão do Cidadão, da respectiva senha e de um documento de identificação.
Há, ainda, a possibilidade de retirar o dinheiro diretamente nas agências bancárias. Os documentos necessários são o número de inscrição do PIS e o documento de identificação do trabalhador. É recomendado levar também o comprovante da extinção do vínculo (carteira de trabalho ou Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho).
Agência Brasil
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