Nota fiscal de saída: saiba o que é e como emiti-la
É proibido vender produtos ou prestar serviços sem emissão de documento fiscal, o que configura crime de sonegação de impostos.
Acompanhe a seguir tudo o que você precisa saber sobre essas questões para proceder corretamente.
Diferença entre notas de entrada e saída
A distinção entre os documentos fiscais é simples. Enquanto a saída registra prestação de serviço ou venda — faturamento —, a de entrada oficializa uma compra ou tomada de serviço. Mas ambas podem configurar também operações sem movimentação de valores, como envio de produto para amostra ou recebimento de mercadoria em bonificação.
Em resumo, as saídas partem do empreendimento. E nas entradas ele é agente passivo da operação — tanto que geralmente não emite documento por isso, apenas o recebe do agente.
Emissão da nota fiscal de saída
Primeiramente, precisamos dizer que o documento fiscal sempre deve ser emitido previamente no caso de venda — pois mercadorias não podem circular sem nota. Já na prestação de serviços, a emissão pode ser feita posteriormente, sendo expedida uma ordem de serviço anterior ao fato gerador do faturamento.
Destinatário ou tomador
O receptor do documento precisa ter os dados completos de endereço e, conforme a situação do tomador, outros campos, como Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou CPF, Inscrição Estadual e/ou Inscrição Municipal, informados na nota fiscal de saída.
Objeto da transação
A descrição da mercadoria ou do serviço deve ser a mais completa possível. No caso de produtos, as quantidades, os valores unitários, totais e de impostos e a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) precisam ser informados.
Para os serviços, os dados de valor total e impostos são obrigatórios. Outros dados podem também ser necessários, mas como serviços são regulamentados por municípios, cada um tem processo próprio para emissão de documento pelo prestador e há diversas diferenças entre cidades.
Frete
Nas vendas, deve-se escolher entre frete por conta de destinatário ou de emissor, ou ainda operação sem frete. Independentemente da contratação de terceiros pelo responsável pela entrega, o CNPJ e os dados do motorista e do veículo devem ser preenchidos, além de embalagem de transporte e número de unidades.
Classificação fiscal da operação
Como a nota fiscal de saída para prestação de serviço é sempre de soberania do município responsável, nem todas elas pedem esse dado.
Mas nas vendas de mercadorias, a informação é sempre obrigatória. É preciso então selecionar de acordo com o regime tributário da empresa e com o que a legislação diz sobre a operação. Por exemplo, a mercadoria pode ser tributada com ou sem substituição tributária de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) .
Informações adicionais
Esse campo é destinado a algo que a empresa necessite escrever, como ordem de compra recebida, crédito de ICMS dado ou impossibilidade de geração dele por alguma situação prevista em lei.
Validação e transmissão
Após o preenchimento de todos esses dados, é preciso validar a nota. Para isso, osoftware de elaboração e emissão da nota fiscal de saída verifica se todos os dados e cálculos estão corretos.
Então, o documento é assinado, recebendo a identidade da empresa emissora. Depois disso, é feita a transmissão à Secretaria da Fazenda. Esse último processo é o envio do conteúdo elaborado ao órgão de fiscalização para liberação do seu uso e do arquivo XML.
Portal Contábeis
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Prejuízos de uma reforma do PIS/COFINS são apresentados ao ministro da Casa Civil
O deputado federal Laércio Oliveira, presidente da Comissão de Desenvolvimento da Câmara dos Deputados e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), esteve no dia 16 de agosto com o ministro-chefe da Casa Civi, Eliseu Padilha, para tratar dos impactos negativos da reforma do Pis/Cofins no setor de serviços, anunciada pelo governo anterior.
Na ocasião, Laércio destacou que a reforma vai prejudicar empresas de todos os setores, mas em especial as áreas de educação, saúde, construção, telecomunicações, segurança, informática, entre outras, que geram mais de 20 milhões de empregos. O ministro ficou sensibilizado com os problemas que poderiam ser causados pela reforma e informou que abordaria o tema dentro de um grupo de trabalho dos Ministérios da Fazenda e Planejamento. O parlamentar apresentou dados que confirmam que, conforme a reforma anunciada, essas empresas, que pagam hoje uma alíquota somada de Pis/Cofins de 3,65% sobre o faturamento, migrariam para 9,25%, com poucos créditos para compensar. Elas passariam para o complexo regime não cumulativo, ampliando a já sufocante burocracia fiscal. Laércio demonstrou que as consequências dessa reforma seriam o aumento da mensalidade escolar, do plano de saúde, da conta de celular e de tantos outros serviços que pesam no bolso do cidadão, além da possibilidade de demissão de cerca de 2 milhões de trabalhadores.
O assessor da Mobilização Nacional contra o aumento do Pis/Cofins, Emerson Casali, que também participou da reunião, afirmou que os prejudicados não teriam como absorver custos de uma reforma que onerem ainda mais os setores intensivos em mão de obra. Para Casali, o setor empresarial está muito confiante no governo e essa ameaça de aumento de impostos tem que ser retirada logo da agenda para que todos possam fazer seus planos de negócio e realizar investimentos para a economia voltar a crescer. O ministro Padilha reafirmou que o governo acredita que, com uma carga tributária de 37% do PIB, não é possível aumentar impostos e que a prioridade é realizar as reformas para estancar o crescimento dos gastos. Já Laércio Oliveira confirmou ao ministro Eliseu Padilha que o setor empresarial estará pronto a apoiar o governo nas agendas necessárias ao crescimento do País.
cnc
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Crise: oportunidade para internacionalizar
Toda crise pode ser encarada como um momento de reflexão. O cenário econômico atual no Brasil vem ocasionando um período de grande recessão ao mercado, mas também tem oferecido muitas oportunidades de mudanças, negócios e, por que não, internacionalização?
De um modo geral, tempos de crise não são muito favoráveis para as empresas expandirem operações em outros países. No entanto, cada caso é um caso e, muitas vezes, a internacionalização do negócio pode funcionar como uma boa saída para conquistar novos mercados, maximizar a procura e o volume de vendas, além de consolidar a reputação da marca.
Para o plano de internacionalização ser bem sucedido, independentemente do momento do país, é fundamental estar bem preparado e avaliar os recursos necessários. Startups que não requerem a implantação de estrutura física e equipe no local de atuação acabam por ter o processo de expansão mais viável. Este foi o nosso caso, quando no ano passado iniciamos a internacionalização do Cuponomia para a América Latina. Por se tratar de serviços e parcerias com lojas online, o processo aconteceu de forma rápida e com custos menores.
A principal preocupação da expansão de mercado, no entanto, deve ser a de oferecer um modelo que funcione bem. É importante investir tempo aprendendo e melhorando os serviços da startup antes de atravessar as fronteiras. Caso contrário, o impacto negativo para a marca pode ser irreversível e, como diz o ditado popular, o “tiro sair pela culatra”.
Claro que esta não é uma decisão tomada do dia para a noite, mas, tendo alguns pontos em mente, é possível criar oportunidades e fazer o seu negócio crescer além do território nacional:
Lembre-se que talvez seja necessário criar ou desenvolver uma cultura no mercado alvo. Você pode ter um grande desafio de criar a demanda por um serviço que o mercado pode não conhecer e nem saber que precisa;
Aprender a lidar com a mudança de cultura e idioma é um desafio que qualquer negócio irá enfrentar para se internacionalizar. Mas por mais que se planeje, esses dois fatores só vão aparecer na hora que você já estiver lá;
Conheça o máximo sobre o mercado que você está entrando – tamanho, potencial de crescimento, possíveis parceiros;
Ter uma estratégia de marketing local também é fundamental.
Desafios sempre existirão, por isso, esteja preparado. Criatividade é o diferencial para evoluir.
*Antônio Miranda é CEO do Cuponomia, plataforma que reúne cupons de desconto dos principais players de comércio eletrônico do país, e que recentemente iniciou operações no México, Chile e Colômbia.
Portal Administradores
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Veja 4 serviços para usar a internet a favor do seu negócio
O termo marketing digital ainda assusta e causa dúvidas entre muitos empreendedores. O que poucos sabem é que possível utilizar plataformas gratuitas para dar maior visibilidade ao negócio. Seja para aumentar as vendas, melhorar o relacionamento com os clientes ou divulgar um novo produto, a internet oferece soluções que atendem as mais variadas necessidades das micro e pequenas empresas.
Conheça as redes sociais e serviços online gratuitos que estão disponíveis para as micro e pequenas empresas:
Site
Invista em um site apresentável, bonito, informativo e organizado. Disponibilize informações sobre a empresa, os produtos e os serviços ofertados e todas as formas de contato possíveis, inclusive, as redes sociais, se houver. Construir e hospedar um site demanda tempo e conhecimentos técnicos de design gráfico, programação e hospedagem online. Por essas razões, é recomendável a contratação de uma agência ou profissional capacitado.
Blog
Pode funcionar como um segmento do site ou de forma independente. Use para escrever sobre assuntos que interessem a público e não sobre os assuntos de interesse da empresa. Essa é uma ótima maneira de aproximar a marca dos consumidores. A plataforma WordPress (https://br.wordpress.com/) é gratuita, fácil de ser utilizada e oferece uma série de ferramentas para monitoramento e personalização de blogs.
Facebook / Instagram
Ótimos canais para divulgar produtos e serviços, receber feedback dos clientes e entender melhor como o público se comporta. Procure manter uma identidade visual que seja coerente com o seu negócio, mantenha as páginas organizadas e inclua o máximo de informações. Críticas e reclamações são comuns nesses espaços, portanto, esteja preparado para solucionar eventuais problemas de maneira cordial e eficiente. No caso do Facebook, faça a opção por criar uma “página” e não um “perfil”.
Além de funcionar como um contato alternativo entre clientes e empresa, o serviço de mensagens e comunicação instantânea pode agir como uma central de atendimento ao consumidor e de divulgação do negócio. Para usar o serviço da melhor maneira é preciso construir e manter uma lista de contatos atualizada. Responder dúvidas e reclamações de forma rápida e cordial também é importante. Na hora de divulgar um produto ou serviço tome cuidado para não ser invasivo e/ou oportunista – observe o horário e o dia em que a mensagem será enviada e não seja repetitivo.
Revista PEGN
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Ministério do Turismo apresenta mapa da sustentabilidade
Turistas, empresários, agentes de viagens e gestores públicos já podem consultar no mapa da sustentabilidade do turismo brasileiro iniciativas de sucesso na área. O site, lançado na terça-feira (9) na Casa Brasil, no Rio de Janeiro, permite que o interessado localize, com apenas um clique, todas as iniciativas vencedoras do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade.
As informações estão apresentadas de forma georeferenciada e funcionam como um facilitador e até mesmo um convite para que turistas apreciem destinos e empreendimentos com ações sustentáveis no país. O lançamento ocorreu durante o evento Um dia de Cruzeiros no Rio que reuniu, na Casa Brasil, representantes da Associação Brasileira de Agentes de Viagem (Abav), da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) e da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar).
Desenvolvida pelo Ministério do Turismo, em parceria com a Braztoa, a plataforma digital batizada de “Turismo Sustentável no Brasil: Iniciativas Premiadas – Braztoa e Ministério do Turismo” permite uma consulta de forma simples e dinâmica. As informações sobre as 56 iniciativas premiadas, desde 2012, estão disponíveis em inglês, espanhol e português.
"Esperamos que o mapa sirva de inspiração para que agências, hotéis e outros segmentos do setor também implementem iniciativas de sustentabilidade. Certamente essa será uma ação que irá impactar no surgimento de novos projetos de sucesso", comentou a coordenadora-geral de Sustentabilidade do Ministério do Turismo, Isabel Barnasque.
Ministério do Turismo
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Sesc MS comemora 70 anos com atrações musicais no dia 11 de setembro
O Parque das Nações Indígenas fica nos Altos da Avenida Afonso Pena, 7000 – Jardim Veraneio. Informações (67) 3311-4300.
Sesc-MS
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Demanda das empresas por crédito registra queda em julho
A demanda das empresas por crédito abriu o segundo semestre em retração, segundo o indicador Serasa Experian. O levantamento mostra variação negativa de 5,9% em julho em relação a junho. Houve queda também de 3% na comparação com julho do ano passado.
No acumulado do ano de janeiro a julho, a demanda das empresas por crédito caiu 2,3% frente ao mesmo período do ano passado. Na análise por porte, a queda na demanda empresarial por crédito em julho foi puxada pela retração observada de 6,1% nas micro e pequenas empresas. Nas médias e grandes empresas, houve quedas de 1,8% (médias) e de 0,7% (grandes) na procura por crédito.
Na análise por setor, as empresas de serviços recuaram a demanda por crédito em 7,5% em julho, ante junho. As empresas dos setores industrial e comercial acusaram retrações de -4,6% na indústria e -4,4% no comércio.
Economistas da Serasa consideram que a queda da demanda das empresas por crédito ocorre em meio ao atual quadro de retração da economia, diminuindo a necessidade de capital de giro, combinada com as condições mais restritivas do crédito nas instituições financeiras.
Agência Brasil
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O que leva atletas ao alto desempenho também pode levar você
Ao sucesso não se chega por meio de atalhos e qualquer prova da Olímpiada corrobora essa tese. O esporte, aliás, é um grande professor neste quesito.
“Treinar, superar limites, competir, aprender com as vitórias e derrotas faz parte do dia a dia de um campeão”, diz o coach André Franco. As atitudes que levam um atleta ao pódio levam um profissional ao topo de qualquer carreira. Confira quais são elas, segundo coaches e especialistas:
1. Sonho
“Todo atleta tem ao menos um grande sonho. A partir disso, uma história de realizações e conquistas é construída”, diz Franco.
Qualquer semelhança com o destaque no mundo dos negócios não é mera coincidência. O livro Sonho Grande, que apresenta a trajetória de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, ilustra bem o papel do propósito no sucesso.
Vencedores não deixam que limites de seus recursos deem o contorno de seus sonhos, segundo o especialista. “Quando sonham não pensam em suas limitações financeiras, culturais ou habilidades disponíveis no momento”, diz.
Se Flávio Augusto da Silva, fundador da Wise Up! tivesse se deixado abater pelos seus problemas, no início de carreira, certamente não estaria hoje entre os bilionários.
Você precisa saber qual é a sua meta para focar e investir todos os esforços em busca da sua realização”, diz Janaina Manfredini, coach da Effecta Coaching.
2. Estratégia
“Uma série de fatores pesam para uma vitória”, diz o médico, escritor e palestrante Roberto Shinyashiki. E esses aspectos são levados em conta na hora de desenhar a estratégia, ou seja, o planejamento para atingir os objetivos de carreira.
Para um atleta é preciso determinar as competições em que se inscrever e a rotina de treinamentos, entre outros aspectos, que funcionarão como seu plano de carreira.
“Na vida gastamos muito tempo, energia e dinheiro em atividades que geram pouco ou nenhum resultado que seja relevante para atingir nossos sonhos”, diz Franco. Pessoas de sucesso se concentram em atividades que estão alinhadas aos seus objetivos finais, segundo o coach.
Ele indica aos profissionais que anotem as etapas realizadas no início, meio e fim do objetivo. Determinar como, por quem e quando cada tarefa será realizada e prestar atenção em tudo que evidencie que o rumo tomado é o certo também são algumas dicas de André Franco.
3. Competência
Reconhecer o impacto no desempenho da carência ou do déficit de uma habilidade é próprio dos atletas vencedores. “O atleta vencedor sabe que dom e talento não são suficientes para garantir as vitórias, e que é necessário treinar muito para desenvolver suas competências e obter cada conquista”, diz Franco.
A competência da ginasta Simone Biles, medalhista de ouro no individual geral da Olímpiada, é um dos aspectos que mais chamam a atenção nas suas apresentações. Sua técnica considerada perfeita para aceleração, salto e aterrissagem são parte do show que ela deu ao disputar a final da competição.
Quais as habilidades necessárias para que você atinja seu objetivo profissional? Quais sacrifícios está disposto a fazer para chegar lá?
4. Ação
“De nada adianta termos grandes sonhos, uma excelente estratégia e competência necessária se não colocarmos em prática nossas ideias”, diz Franco.
Os vencedores, diz ele, treinam como se estivessem competindo e mantêm uma consistência impressionante para conseguir aquilo que planejaram. As palavras chaves são disciplina e consistência.
“Em muitos esportes de alto rendimento, os índices de aproveitamento nas jogadas determinam o resultado e vence o indivíduo ou equipe que errar menos frente às oportunidades”, diz Franco. Muitas vezes são detalhes que separam a vitória da derrota.
O importante, segundo o especialista, é pensar em ganhos e benefícios de realizar o objetivo e avaliar as perdas possíveis ao não entrar em ação. Aprender com os resultados já obtidos e buscar melhoria contínua vão garantir cada vez mais ações eficazes.
5. Emoção
Preparação emocional é tão importante quanto a técnica para atletas e demais profissionais. “Assumir riscos, lidar com o medo, pressões e manter o controle de suas ações é o grande desafio dos campeões”, diz Franco. E de qualquer pessoa.
Gerir as emoções é uma habilidade que a cada dia ganha mais importância no trabalho. Para chefes é ainda mais crítica para o bom desempenho. Por quê? Porque que a influência na tomada de decisão é grande, perder a cabeça é fatal para estratégia.
Visualizar e se preparar para diferentes cenários, tanto positivos quanto negativos, ajuda ninguém menos do que o maior campeão de todos os tempos da natação. Antes de competir, Michael Phelps já tem vários planos de ação definidos na sua cabeça e os coloca em ação à medida que as coisas vão acontecendo.
Aprender com erros e fracassos também é um aspecto essencial, segundo atletas e executivos de sucesso. São essas experiências que proporcionam os ajustes de rota necessários para atingir o objetivo definido.
Exame
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Vendas no setor atacadista têm crescimento real de 2,26% em junho
O setor atacadista registrou crescimento real nas vendas de 2,26% em junho sobre o mesmo período do ano anterior, informou nesta manhã a Abad, entidade setorial que representa o setor de atacado e distribuição no país.
No acumulado do ano, o mercado apura leve queda real de 0,22%, sendo que houve desaceleração na queda — de janeiro a maio a retração era maior, de 0,7%.
Em termos nominais, a alta acumulada do ano até junho é de 9,41%. Apenas em junho a expansão nominal atingiu 11,31% sobre mesmo mês de 2015.
A entidade do setor prevê leve alta de até 1% nas vendas reais em 2016.
Valor Econômico
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Varejo vai aceitar usado na compra de celular novo
A partir de hoje, quem visitar uma loja do Magazine Luiza em busca de um smartphone novo, poderá entregar seu aparelho usado, em qualquer estado, para garantir um desconto no valor final da compra. O Magazine Luiza é a primeira grande rede de varejo a adotar o modelo de recompra de aparelhos – conhecido como “trade-in” – no País. Até o momento, somente operadoras de telecomunicações ofereciam essa opção, que ajuda o consumidor a viabilizar a troca do smartphone, mesmo em tempos de crise.
Na prática, basta que o consumidor leve o aparelho à uma loja e entregue ao vendedor. Com a ajuda de um sistema, ele fará a avaliação do produto: é preciso responder a cinco questões com base no estado do usado – como informar se ele está com a tela quebrada. O sistema, então, informa o valor de recompra do produto e, consequentemente, quanto ele vale na troca por um aparelho novo. A mecânica é parecida com a da venda de carros usados, mas, como os valores são tabelados, é difícil barganhar um preço melhor com o vendedor.
“Esperamos que isso aumente nossa receita com a venda de smartphones”, disse o vice-presidente do Magazine Luiza, Fabrício Garcia, em entrevista exclusiva ao Estado. “Vamos oferecer um serviço melhor para o consumidor, ao mesmo tempo em que ganhamos um diferencial em relação aos nossos concorrentes.”
A princípio, a venda de smartphones com desconto atrelada à entrega do aparelho usado vai funcionar nas 71 lojas do Magazine Luiza em São Paulo. Até o fim de 2016, todas as 786 lojas da varejista no Brasil vão adotar o trade-in – ele não vale para quem compra o smartphone por meio do site de comércio eletrônico.
No Brasil, todas as operadoras aceitam a venda de aparelhos seminovos na compra de novos smartphones. A prática também é adotada por alguns varejos especializados em tecnologia, como as lojas da Fnac (restrito ao iPhone) e revendas especializadas em produtos fabricados pela Apple.
Crise. O trade-in chega ao varejo em um momento em que as vendas de smartphones enfrentam forte queda, efeito da crise econômica no País. De acordo com dados da consultoria IDC Brasil, a venda de smartphones fechou o primeiro trimestre de 2016 em 9,3 milhões de unidades, 34,4% a menos do que no mesmo período do ano passado (leia mais ao lado). “A oscilação do dólar obrigou os fabricantes a repassar preços mais altos aos consumidores finais”, afirmou o analista de pesquisas da IDC Brasil, Diego Silva, em nota.
É por isso que o Magazine Luiza não deve ser o único varejista a considerar o trade-in em sua estratégia para smartphones por muito tempo. Segundo a Brighstar, uma das principais empresas que atuam no mercado de recompra de smartphones usados no País, outras grandes varejistas já negociam acordos similares com a companhia. “Os aparelhos têm um valor residual importante”, diz o presidente da Brightstar no Brasil, José Froes. “O desconto oferecido ajuda as lojas a aumentar o valor médio dos aparelhos vendidos.”
Depois que os smartphones seminovos são entregues nas lojas, a Brightstar recolhe esses aparelhos, que passam pela assistência técnica para ajustes, como trocar a tela se ela estiver quebrada ou atualizar o sistema operacional. Após a manutenção, o aparelho é revendido por lojas especializadas na revenda de smartphones usados. Quem compra um aparelho nessas lojas, recebe nota fiscal e garantia de três meses de uso.
“Existe uma camada de usuários que busca um smartphone premium, mas opta por comprar o mesmo modelo usado, pois não pode pagar pelo novo”, explica Froes. “Quando o aparelho está sobre a mesa, ninguém sabe se ele é usado, então o status é o mesmo.”
Explosão. A adoção do trade-in pelas grandes varejistas no Brasil deve ter impacto significativo no mercado de usados, já que esses canais respondem por cerca de 80% do volume de smartphones vendidos no País – segundo fontes, as operadoras são responsáveis pelo restante.
De acordo com Froes, a expectativa é que a empresa revenda 200 mil unidades de smartphones seminovos até o fim de 2016, o dobro do registrado no ano passado – as vendas de aparelhos novos deve chegar a 41 milhões no mesmo período, segundo estimativa da IDC Brasil.
Além da Brighstar, outras empresas estão de olho no crescimento do mercado de usados, como a Recomércio, a Brused e a Trocafone, que venderam 3 mil, 10 mil e 50 mil smartphones “de segunda mão” ao longo do ano passado. Essas empresas têm conseguido aumentar sua receita ao comprar aparelhos usados direto do consumidor e revendê-los por meio da internet. Só a Recomércio, por exemplo, conseguiu alcançar receita de R$ 1 milhão no ano passado com a aposta no segmento de celulares usados.
Preço médio de smartphones sobe 44% em um ano
O preço médio dos smartphones vendidos no Brasil no primeiro trimestre de 2016 foi de R$ 1.139,23, o que representa 44% acima do valor médio registrado no mesmo período de 2015. As informações são da consultoria IDC Brasil.
As transformações no mercado de smartphones resultaram na alta de preços. “A maioria dos usuários já está na segunda ou terceira compra, o que faz os fabricantes oferecerem mais celulares com especificações técnicas superiores”, explica o analista de pesquisas da IDC, Diego Silva. “Outro ponto é a oscilação do dólar, que obriga o fabricante a repassar os preços mais altos aos consumidores.”
Entre as faixas de preço que tiveram maior crescimento em vendas no primeiro trimestre do ano está a de aparelhos que custam entre R$ 1 mil e R$ 1,3 mil e os smartphones com valor acima de R$ 3 mil – as altas foram de 322% e 110%, respectivamente.
Os preços altos prejudicam, principalmente, quem ainda vai comprar o primeiro celular inteligente: a IDC estima que 35% da população brasileira ainda utiliza celulares básicos.
O Estado de S. Paulo
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