Gastos de estrangeiros cresce 6% em sete meses
Os gastos de visitantes estrangeiros no Brasil cresceram cerca de 6% de janeiro a julho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita cambial turística acumulada no ano alcançou a marca de US$ 3,6 bilhões, frente aos US$ 3,4 bilhões registrados em 2015, segundo informação do Ministério do Turismo.
Somente em julho, mês que antecedeu a abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, os gastos internacionais chegaram a US$ 466 milhões. “Com a entrada de mais de 540 mil estrangeiros no país durante os jogos, nossa expectativa é de aumento da receita cambial turística em agosto”, afirma o ministro interino do Turismo, Alberto Alves.
No mesmo período houve queda no gasto de brasileiros no exterior. De R$ 11,6 bilhões, em 2015, para 7,8 bilhões, uma diferença de 32%. Em julho a despesa cambial foi 18,8% menor do que a registrada no mesmo mês de 2015.
Ministério do Turismo
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Primeira parcela do 13º salário começa a ser paga hoje a beneficiários do INSS
Os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem um salário mínimo e têm cartão com final 1, desconsiderando-se o dígito, começam a receber hoje (25) a primeira parcela do décimo terceiro salário.
Tem direito ao décimo terceiro quem recebeu, durante o ano, benefício previdenciário como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, auxílio-reclusão ou salário-maternidade.
Os pagamentos serão feitos até o dia 8 de setembro. A segunda parcela será paga em novembro.
Os beneficiários do INSS chegaram a ter a antecipação do benefício ameaçada pelo ajuste fiscal, mas após negociações com centrais sindicais e associações de aposentados e pensionistas, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, anunciou, no fim de junho, que o adiantamento estaria garantido.
A antecipação de 50% do décimo terceiro salário aos beneficiários do INSS é feita desde 2006.
Agência Brasil
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Número de empresas devedoras mostra desaceleração em julho
O número de empresas devedoras ainda é alto, mas pelo quarto mês seguido houve uma desaceleração no crescimento da inadimplência. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que o total de pessoas jurídicas com pendências atrasadas cresceu 11,61% em julho na comparação com o mesmo mês do ano anterior, percentual referente a quatro regiões pesquisadas – Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul. A região Sudeste não foi considerada devido à Lei Estadual nº 15.659 que vigora no estado de São Paulo e dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas no estado.
Entre as quatro regiões analisadas, o Nordeste foi a que apresentou a maior variação no número de empresas com o CNPJ registrado nas listas de negativados: um avanço anual de 14,22%. No Norte, a inadimplência de pessoas jurídicas também registrou forte avanço, crescendo 11,56% na comparação entre julho e o mesmo mês do ano anterior. As regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram variações menores do número de devedores mas, ainda assim, os números são expressivos: 9,69% e 9,66%, respectivamente.
“A inadimplência das empresas cresceu significativamente ao longo de 2015, e desde o início de 2016 vem mostrando certa acomodação. O resultado de julho representa a quarta desaceleração consecutiva do indicador, ainda que este continue crescendo de forma bastante significativa em relação à série histórica como um todo, o que reflete as dificuldades econômicas enfrentadas no país”, explica o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “O aumento do desemprego, a inflação em patamares elevados e a baixa confiança dos consumidores e empresários afetam a capacidade de pagamento tanto das empresas quanto da população”, analisa.
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, o crescimento da taxa de inadimplência demonstra o quanto o aprofundamento da recessão, que somente agora parece começar a ceder, afetou as empresas. “A alta da inadimplência observada entre as empresas é um duro reflexo do cenário que limita o crédito e engessa o crescimento das pessoas jurídicas”, afirma. “A economia brasileira deteriorou-se rapidamente, o que impactou a renda das famílias e o faturamento das empresas.”
Setor de Serviços concentra maior parte das dívidas pendentes
O setor credor de Serviços, que engloba os bancos e financeiras, lidera a participação no total de dívidas em atraso das empresas em todas as regiões pesquisadas, ou seja, para quem as empresas e pessoas estão devendo. Em todas as quatro regiões analisadas, o setor concentra mais da metade das dívidas. O segundo maior credor em todas as regiões é o setor de Comércio.
Considerando o total de dívidas em atraso pendentes das empresas, englobando os segmentos de serviços, indústria, comércio, agricultura e outros setores, o destaque também fica no Nordeste: um aumento de 17,69% na comparação entre julho de 2016 e o mesmo mês do ano anterior. Na região Norte, o crescimento do número de dívidas de pessoas jurídicas também foi alto, de 14,80% e, com variação menor, aparecem o Sul (12,70%) e o Centro-Oeste (11,81%).
SPC Brasil
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Confiança da indústria na economia cai em agosto
Após cinco elevações consecutivas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou queda de 1 ponto em agosto, atingindo 86,1 pontos. A maior marca do ano foi registrada em julho (87,1) e entre março e julho houve um ganho de 12,4 pontos, segundo o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) na pesquisa Sondagem da Indústria.
Em nota, o superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, Aloisio Campelo Junior, afirmou que “a queda do ICI em agosto pode ser interpretada como acomodação após uma sequência de altas expressivas, sem alterar a tendência de alta do índice no ano. A combinação de resultados mostra continuidade da tendência de ajuste de estoques associada a uma calibragem para baixo do nível de atividade”.
De acordo com o economista, mesmo com a sequência de alta nos últimos cinco meses, a indústria mostra lentidão na recuperação da demanda interna. Ele informou que o recuo em agosto não reflete a maioria dos segmentos. Foram registradas baixas em apenas nove dos 19 segmentos consultados.
A consulta, feita entre 1º e 24 de agosto, reuniu as informações coletadas em 1.107 empresas. O que mais influenciou a retração foi a percepção mais negativa em relação aos meses seguintes. O Índice de Expectativas teve queda de 1,7 ponto, passando para 87,3 pontos, e é analisada pela FGV como uma acomodação, após subir 21,4 pontos entre abril e julho.
O Índice da Situação Atual apresentou a mesma variação de julho (85,2 pontos), que foi a maior marca desde fevereiro de 2015 (86 pontos). Esse resultado é atribuído a uma combinação de melhora na avaliação dos estoques com piora na percepção sobre a demanda e o ambiente de negócios.
Para 14,1% das empresas consultadas, o nível de estoques está excessivo, percentual abaixo do constatado em julho (14,5%). As que avaliam como insuficiente aumentaram de 4,6% para 5,4%.
A pesquisa também mostra que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) caiu 0,5 ponto percentual, passando para 73,8%, o mesmo registrado em maio deste ano.
Agência Brasil
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Nota fiscal de saída: saiba o que é e como emiti-la
É proibido vender produtos ou prestar serviços sem emissão de documento fiscal, o que configura crime de sonegação de impostos.
Acompanhe a seguir tudo o que você precisa saber sobre essas questões para proceder corretamente.
Diferença entre notas de entrada e saída
A distinção entre os documentos fiscais é simples. Enquanto a saída registra prestação de serviço ou venda — faturamento —, a de entrada oficializa uma compra ou tomada de serviço. Mas ambas podem configurar também operações sem movimentação de valores, como envio de produto para amostra ou recebimento de mercadoria em bonificação.
Em resumo, as saídas partem do empreendimento. E nas entradas ele é agente passivo da operação — tanto que geralmente não emite documento por isso, apenas o recebe do agente.
Emissão da nota fiscal de saída
Primeiramente, precisamos dizer que o documento fiscal sempre deve ser emitido previamente no caso de venda — pois mercadorias não podem circular sem nota. Já na prestação de serviços, a emissão pode ser feita posteriormente, sendo expedida uma ordem de serviço anterior ao fato gerador do faturamento.
Destinatário ou tomador
O receptor do documento precisa ter os dados completos de endereço e, conforme a situação do tomador, outros campos, como Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou CPF, Inscrição Estadual e/ou Inscrição Municipal, informados na nota fiscal de saída.
Objeto da transação
A descrição da mercadoria ou do serviço deve ser a mais completa possível. No caso de produtos, as quantidades, os valores unitários, totais e de impostos e a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) precisam ser informados.
Para os serviços, os dados de valor total e impostos são obrigatórios. Outros dados podem também ser necessários, mas como serviços são regulamentados por municípios, cada um tem processo próprio para emissão de documento pelo prestador e há diversas diferenças entre cidades.
Frete
Nas vendas, deve-se escolher entre frete por conta de destinatário ou de emissor, ou ainda operação sem frete. Independentemente da contratação de terceiros pelo responsável pela entrega, o CNPJ e os dados do motorista e do veículo devem ser preenchidos, além de embalagem de transporte e número de unidades.
Classificação fiscal da operação
Como a nota fiscal de saída para prestação de serviço é sempre de soberania do município responsável, nem todas elas pedem esse dado.
Mas nas vendas de mercadorias, a informação é sempre obrigatória. É preciso então selecionar de acordo com o regime tributário da empresa e com o que a legislação diz sobre a operação. Por exemplo, a mercadoria pode ser tributada com ou sem substituição tributária de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) .
Informações adicionais
Esse campo é destinado a algo que a empresa necessite escrever, como ordem de compra recebida, crédito de ICMS dado ou impossibilidade de geração dele por alguma situação prevista em lei.
Validação e transmissão
Após o preenchimento de todos esses dados, é preciso validar a nota. Para isso, osoftware de elaboração e emissão da nota fiscal de saída verifica se todos os dados e cálculos estão corretos.
Então, o documento é assinado, recebendo a identidade da empresa emissora. Depois disso, é feita a transmissão à Secretaria da Fazenda. Esse último processo é o envio do conteúdo elaborado ao órgão de fiscalização para liberação do seu uso e do arquivo XML.
Portal Contábeis
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Prejuízos de uma reforma do PIS/COFINS são apresentados ao ministro da Casa Civil
O deputado federal Laércio Oliveira, presidente da Comissão de Desenvolvimento da Câmara dos Deputados e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), esteve no dia 16 de agosto com o ministro-chefe da Casa Civi, Eliseu Padilha, para tratar dos impactos negativos da reforma do Pis/Cofins no setor de serviços, anunciada pelo governo anterior.
Na ocasião, Laércio destacou que a reforma vai prejudicar empresas de todos os setores, mas em especial as áreas de educação, saúde, construção, telecomunicações, segurança, informática, entre outras, que geram mais de 20 milhões de empregos. O ministro ficou sensibilizado com os problemas que poderiam ser causados pela reforma e informou que abordaria o tema dentro de um grupo de trabalho dos Ministérios da Fazenda e Planejamento. O parlamentar apresentou dados que confirmam que, conforme a reforma anunciada, essas empresas, que pagam hoje uma alíquota somada de Pis/Cofins de 3,65% sobre o faturamento, migrariam para 9,25%, com poucos créditos para compensar. Elas passariam para o complexo regime não cumulativo, ampliando a já sufocante burocracia fiscal. Laércio demonstrou que as consequências dessa reforma seriam o aumento da mensalidade escolar, do plano de saúde, da conta de celular e de tantos outros serviços que pesam no bolso do cidadão, além da possibilidade de demissão de cerca de 2 milhões de trabalhadores.
O assessor da Mobilização Nacional contra o aumento do Pis/Cofins, Emerson Casali, que também participou da reunião, afirmou que os prejudicados não teriam como absorver custos de uma reforma que onerem ainda mais os setores intensivos em mão de obra. Para Casali, o setor empresarial está muito confiante no governo e essa ameaça de aumento de impostos tem que ser retirada logo da agenda para que todos possam fazer seus planos de negócio e realizar investimentos para a economia voltar a crescer. O ministro Padilha reafirmou que o governo acredita que, com uma carga tributária de 37% do PIB, não é possível aumentar impostos e que a prioridade é realizar as reformas para estancar o crescimento dos gastos. Já Laércio Oliveira confirmou ao ministro Eliseu Padilha que o setor empresarial estará pronto a apoiar o governo nas agendas necessárias ao crescimento do País.
cnc
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Crise: oportunidade para internacionalizar
Toda crise pode ser encarada como um momento de reflexão. O cenário econômico atual no Brasil vem ocasionando um período de grande recessão ao mercado, mas também tem oferecido muitas oportunidades de mudanças, negócios e, por que não, internacionalização?
De um modo geral, tempos de crise não são muito favoráveis para as empresas expandirem operações em outros países. No entanto, cada caso é um caso e, muitas vezes, a internacionalização do negócio pode funcionar como uma boa saída para conquistar novos mercados, maximizar a procura e o volume de vendas, além de consolidar a reputação da marca.
Para o plano de internacionalização ser bem sucedido, independentemente do momento do país, é fundamental estar bem preparado e avaliar os recursos necessários. Startups que não requerem a implantação de estrutura física e equipe no local de atuação acabam por ter o processo de expansão mais viável. Este foi o nosso caso, quando no ano passado iniciamos a internacionalização do Cuponomia para a América Latina. Por se tratar de serviços e parcerias com lojas online, o processo aconteceu de forma rápida e com custos menores.
A principal preocupação da expansão de mercado, no entanto, deve ser a de oferecer um modelo que funcione bem. É importante investir tempo aprendendo e melhorando os serviços da startup antes de atravessar as fronteiras. Caso contrário, o impacto negativo para a marca pode ser irreversível e, como diz o ditado popular, o “tiro sair pela culatra”.
Claro que esta não é uma decisão tomada do dia para a noite, mas, tendo alguns pontos em mente, é possível criar oportunidades e fazer o seu negócio crescer além do território nacional:
Lembre-se que talvez seja necessário criar ou desenvolver uma cultura no mercado alvo. Você pode ter um grande desafio de criar a demanda por um serviço que o mercado pode não conhecer e nem saber que precisa;
Aprender a lidar com a mudança de cultura e idioma é um desafio que qualquer negócio irá enfrentar para se internacionalizar. Mas por mais que se planeje, esses dois fatores só vão aparecer na hora que você já estiver lá;
Conheça o máximo sobre o mercado que você está entrando – tamanho, potencial de crescimento, possíveis parceiros;
Ter uma estratégia de marketing local também é fundamental.
Desafios sempre existirão, por isso, esteja preparado. Criatividade é o diferencial para evoluir.
*Antônio Miranda é CEO do Cuponomia, plataforma que reúne cupons de desconto dos principais players de comércio eletrônico do país, e que recentemente iniciou operações no México, Chile e Colômbia.
Portal Administradores
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Gerenciamento de estoques: 5 dicas campeãs para não perder dinheiro
Por ser tão importante, esse controle requer uma atenção especial, que procura planejar melhor e aprimorar os processos.
Confira a seguir algumas dicas de gerenciamento de estoques que vão ajudar a maximizar seus resultados e evitar perder dinheiro!
Analise o giro dos materiais
O giro de um produto é o tempo que ele fica no estoque, considerando sua data de entrada e saída. O acompanhamento dessa informação é fundamental para que o setor de compras tenha dados sólidos para saber, com maior precisão, quando e em quais quantidades os itens devem ser comprados.
Essa análise ajuda a evitar excessos de mercadorias, que podem ocasionar perdas e desperdícios, além do risco de alguns se tornarem obsoletos. Dessa forma, o foco fica mais direcionado para os itens que têm maior saída, tornando o investimento do capital de giro mais assertivo.
Faça previsões de demanda
As previsões de demanda são análises que consideram o histórico de vendas e o comportamento do consumidor. Elas ajudam na elaboração da estimativa de vendas para determinado período e permitem que o setor de compras faça aquisições mais condizentes com a realidade da empresa.
Nessas previsões, é importante considerar os períodos de sazonalidade (caso existam), que podem causar pico ou queda na procura dos clientes.
Integre a área de estoque com outros setores
Os processos dos setores de compra, vendas e gerenciamento de estoques estão relacionados entre si e têm influência uns nos outros. Portanto, para otimizar esses processos de trabalho e alcançar uma eficiência e eficácia maior, o ideal é integrar essas áreas, mantendo a comunicação fluida e compartilhando informações relevantes para o sucesso do negócio.
Faça planejamentos de médio e longo prazo
Por ser considerada uma área operacional, é muito comum encontrar gestores da área de estoques que atuem em prol de resolver demandas que surgem ou que planejam apenas as rotinas de recebimento, movimentação e expedição.
Porém, se o objetivo é aprimorar o gerenciamento de estoques, o ideal é planejar aspectos como alterações no mercado, sazonalidade e demanda, por exemplo. Esse planejamento pode ser feito em conjunto com compras e vendas e ajuda a entender como funciona o fluxo doestoque e como planejar melhor as aquisições de produtos.
Analise indicadores de desempenho de gerenciamento de estoques
Os indicadores de desempenho são ferramentas de análise que ajudam a compreender melhor os resultados da área. Por meio deles, é possível identificar as oportunidades que podem ser melhor aproveitadas, além das falhas e pontos fracos que precisam de correções.
Dentre os indicadores mais acompanhados, podemos citar giro dos produtos, índice de rupturas, acuracidade de inventário e produtividade, por exemplo.
Como se pode ver, para conseguir um gerenciamento de estoques impecável é necessário muito planejamento e análise, que ajudam a compreender melhor como as operações acontecem e quais fatores influenciam nos resultados. Além disso, a comunicação é fundamental e deve ser estimulada, visto que todos os setores trabalham em prol de objetivos em comum: garantir a satisfação dos clientes e aprimorar os resultados.
Portal Contábeis
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Desemprego cresce em todo o País e vai a 11,3% no 2º trimestre, diz IBGE
A taxa de desocupação subiu em todas as grandes regiões do país, fechando o segundo trimestre do ano em 11,3% comparativamente ao mesmo período de 2015. Os dados foram divulgados hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que as taxas são as mais altas já registradas para cada uma das regiões do país, desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), em janeiro de 2012.
Na região Norte, a taxa de desocupação foi de 8,5% para 11,2%; no Nordeste, de 10,3% para 13,2%; no Sudeste, de 8,3% para 11,7%; no Sul, de 5,5% para 8,0%; e no Centro-Oeste, de 7,4% para 9,7%. No primeiro trimestre de 2016, as taxas haviam sido de 12,8% no Nordeste, 11,4% no Sudeste, 10,5% no Norte, 9,7% no Centro-Oeste e 7,3% no Sul.
Entre as unidades da federação, as maiores taxas de desemprego no segundo trimestre de 2016 foram observadas no Amapá (15,8%); Bahia (15,4%) e Pernambuco (14%), enquanto as menores taxas estavam em Santa Catarina (6,7%), Mato Grosso do Sul (7%) e Rondônia (7,8%).
11,6 milhões de desempregados
Dados divulgados anteriormente pelo IBGE indicam que a taxa geral de desemprego, de 11,3% no trimestre encerrado em junho, é também a maior da série histórica e indicava uma população desocupada de 11,6 milhões de pessoas, um crescimento de 4,5% em relação aos primeiros três meses do ano. Quando a comparação se dá com o segundo trimestre do ano passado, no entanto, o aumento da população desocupada chegou a 38,7%.
A pesquisa indica, ainda, que o nível de ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) ficou em 54,6% para a totalidade do Brasil no segundo trimestre deste ano.
As regiões Nordeste (48,6%) e Norte (54,4%) ficaram abaixo da média do país. Já nas demais regiões, o nível de ocupação variou dos 59,1% verificados na região Sul, passando pelos 59,2% do Centro-Oeste e até os 56,1% do Sudeste.
Por estado, Mato Grosso do Sul (61,1%), Santa Catarina (59,4%), Paraná (59,2%) e Goiás (59,2%) apresentaram os maiores percentuais, enquanto Alagoas (42,9%), Pernambuco (46,6%) e Rio Grande do Norte (47,2%) apresentaram os níveis de ocupação mais baixos.
Carteira de trabalho assinada
Os dados divulgados hoje pelo IBGE, relativos à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua, referentes ao segundo trimestre do ano, apontam a região Sul do país como a que registra o maior percentual de empregados com carteira de trabalho assinada (85,4%), seguida do Sudeste (82,7%) e Centro-Oeste (com 77,5%), todos com percentual de trabalhadores formais superiores à média nacional do país, que fechou o segundo trimestre em 77,3%.
No Nordeste, este percentual de trabalhadores com carteira assinada encerrou o segundo trimestre do ano em 62,25%, enquanto no Norte o índice estava em 61,5%, todos abaixo da média nacional.
Por estado, Santa Catarina (89,7%), Distrito Federal (86,2%) e Rio de Janeiro (85,7%) apresentaram os maiores percentuais de empregados no setor privado com carteira de trabalho, enquanto Maranhão (51,8%), Piauí (52,3%) e Pará (57,4%) exibiram os menores.
Rendimento médio
Os dados da pesquisa indicam que três das principais regiões metropolitanas do país apresentavam um rendimento médio real habitual dos trabalhadores brasileiros acima da média nacional, de R$1.972. Na região Sudeste, o rendimento médio real era no fechamento do segundo trimestre de R$ 2.279, no Centro-Oeste (R$ 2.230) e no Sul (R$ 2.133). Já na região Norte, ele ficou em R$ 1.538 e Nordeste (R$ 1.334), em ambos os casos abaixo da média nacional.
Por estado, o Distrito Federal apresentou o maior rendimento (R$ 3.679), seguido por São Paulo (R$ 2.538) e Rio de Janeiro (R$ 2.287). Os menores valores foram anotados no Maranhão (R$ 1.072), Bahia (R$ 1.285) e Ceará (R$ 1.296).
Agência Brasil
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Lucro de shoppings cai 15% com calotes de lojistas e descontos em aluguel
Inadimplência de lojistas, descontos na locação dos pontos e provisões de perdas com calotes derrubaram os lucros das cinco maiores companhias do setor de shopping centers no País.
Juntas, BR Malls, Multiplan, Iguatemi, Aliansce e Sonae Sierra Brasil registraram lucro líquido de R$ 204,6 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 15% na comparação com o mesmo período de 2015.
Líder do setor, com participação em 45 shoppings, a BR Malls viu seus ganhos encolherem 31%, para R$ 63,1 milhões.
Pela primeira vez na história da companhia, houve retração nas vendas nas mesmas lojas – que caíram 1,7% no segundo trimestre -, o que levou a empresa a dar descontos nos aluguéis cobrados dos lojistas.
As negociações envolveram diminuição do aluguel por três meses, mas sem alterar os contratos, que continuam com cláusula de reajustes anuais baseados na inflação."Esse era o momento de dar mais desconto para o lojista continuar no shopping. Mantivemos a ocupação. A estratégia do desconto está correta", avaliou o diretor financeiro e de relações com investidores, Frederico Villa, em teleconferência com investidores e analistas.
A Iguatemi – dona de 17 shoppings – também adotou estratégia semelhante e vem trabalhando com descontos com duração de três a seis meses, sujeitos a renovação. O lucro líquido da companhia diminuiu 27%, para R$ 34,3 milhões. Já as vendas nas mesmas lojas cresceram 3% no segundo trimestre, o melhor resultado de todo o setor no período. Apesar disso, a companhia é conservadora em suas estimativas.
O diretor presidente, Carlos Jereissati, espera manutenção do patamar de descontos até o fim do ano, sob a avaliação de que a melhora na economia nacional ainda é percebida apenas nos indicadores antecedentes, como taxas de juros futuros e projeções de inflação, e ainda não surtiu efeitos mais robustos nas operações.
Devolução
Com 19 shoppings no portfólio, a Aliansce tem aceitado devolução parcial das lojas, que são relocadas a novos comerciantes. Essas negociações estão concentradas nas lojas âncoras, como varejistas de vestuário e eletroeletrônicos, que ocupam espaços maiores. "O resultado é uma melhoria do mix (de lojistas). E as âncoras têm obtido uma produtividade por metro quadrado mais alta", explicou Eduardo Prado, diretor de relações com investidores da companhia, que lucrou R$ 7,7 milhões no segundo trimestre, queda de 25%.
Para fazer frente a possíveis calotes, a empresa aumentou em 130% a sua provisão para devedores duvidosos (PDD), que atingiu R$ 9,4 milhões no segundo trimestre. Até o fim do ano, no entanto, o executivo afirmou que espera uma diminuição lenta da inadimplência.
A Sonae Sierra Brasil – dona de nove empreendimentos – realizou uma ampla negociação com lojistas para acerto dos pagamentos atrasados, e os novos prazos estão sendo cumpridos, segundo o diretor de Operação, Waldir Chao. A companhia também teve o balanço afetado pela inadimplência, que saltou de 4,2%, no primeiro trimestre, para 6,9%, no segundo trimestre. "Nosso sentimento é de que o pior já ficou pra trás. Devemos ver estabilidade e até mesmo queda na PDD daqui para frente", estimou Chao.
O lucro líquido da companhia atingiu R$ 55,62 milhões, queda de 45,2% em relação ao mesmo período do ano passado.A exceção do setor ficou por conta da Multiplan, única a expandir o lucro no período.
O seu resultado líquido chegou a R$ 99,2 milhões, leve alta de 2%. As maiores despesas com PDDs foram compensadas pelo faturamento maior com estacionamento e serviços. As vendas nas mesmas lojas cresceram 2,3% no segundo trimestre, mostrando aceleração ante o primeiro trimestre (+1,6%).
Reservas
As provisões para devedores duvidosos (PDDs) da Aliansce, dona de 19 shopping centers, cresceram 130% no segundo trimestre, atingindo R$ 9,4 milhões; empresa espera redução na inadimplência até o fim do ano.
Fonte: revista PEGN
Inadimplência de lojistas, descontos na locação dos pontos e provisões de perdas com calotes derrubaram os lucros das cinco maiores companhias do setor de shopping centers no País.
Juntas, BR Malls, Multiplan, Iguatemi, Aliansce e Sonae Sierra Brasil registraram lucro líquido de R$ 204,6 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 15% na comparação com o mesmo período de 2015.
Líder do setor, com participação em 45 shoppings, a BR Malls viu seus ganhos encolherem 31%, para R$ 63,1 milhões.
Pela primeira vez na história da companhia, houve retração nas vendas nas mesmas lojas – que caíram 1,7% no segundo trimestre -, o que levou a empresa a dar descontos nos aluguéis cobrados dos lojistas.
As negociações envolveram diminuição do aluguel por três meses, mas sem alterar os contratos, que continuam com cláusula de reajustes anuais baseados na inflação."Esse era o momento de dar mais desconto para o lojista continuar no shopping. Mantivemos a ocupação. A estratégia do desconto está correta", avaliou o diretor financeiro e de relações com investidores, Frederico Villa, em teleconferência com investidores e analistas.
A Iguatemi – dona de 17 shoppings – também adotou estratégia semelhante e vem trabalhando com descontos com duração de três a seis meses, sujeitos a renovação. O lucro líquido da companhia diminuiu 27%, para R$ 34,3 milhões. Já as vendas nas mesmas lojas cresceram 3% no segundo trimestre, o melhor resultado de todo o setor no período. Apesar disso, a companhia é conservadora em suas estimativas.
O diretor presidente, Carlos Jereissati, espera manutenção do patamar de descontos até o fim do ano, sob a avaliação de que a melhora na economia nacional ainda é percebida apenas nos indicadores antecedentes, como taxas de juros futuros e projeções de inflação, e ainda não surtiu efeitos mais robustos nas operações.
Devolução
Com 19 shoppings no portfólio, a Aliansce tem aceitado devolução parcial das lojas, que são relocadas a novos comerciantes. Essas negociações estão concentradas nas lojas âncoras, como varejistas de vestuário e eletroeletrônicos, que ocupam espaços maiores. "O resultado é uma melhoria do mix (de lojistas). E as âncoras têm obtido uma produtividade por metro quadrado mais alta", explicou Eduardo Prado, diretor de relações com investidores da companhia, que lucrou R$ 7,7 milhões no segundo trimestre, queda de 25%.
Para fazer frente a possíveis calotes, a empresa aumentou em 130% a sua provisão para devedores duvidosos (PDD), que atingiu R$ 9,4 milhões no segundo trimestre. Até o fim do ano, no entanto, o executivo afirmou que espera uma diminuição lenta da inadimplência.
A Sonae Sierra Brasil – dona de nove empreendimentos – realizou uma ampla negociação com lojistas para acerto dos pagamentos atrasados, e os novos prazos estão sendo cumpridos, segundo o diretor de Operação, Waldir Chao. A companhia também teve o balanço afetado pela inadimplência, que saltou de 4,2%, no primeiro trimestre, para 6,9%, no segundo trimestre. "Nosso sentimento é de que o pior já ficou pra trás. Devemos ver estabilidade e até mesmo queda na PDD daqui para frente", estimou Chao.
O lucro líquido da companhia atingiu R$ 55,62 milhões, queda de 45,2% em relação ao mesmo período do ano passado.A exceção do setor ficou por conta da Multiplan, única a expandir o lucro no período.
O seu resultado líquido chegou a R$ 99,2 milhões, leve alta de 2%. As maiores despesas com PDDs foram compensadas pelo faturamento maior com estacionamento e serviços. As vendas nas mesmas lojas cresceram 2,3% no segundo trimestre, mostrando aceleração ante o primeiro trimestre (+1,6%).
Reservas
As provisões para devedores duvidosos (PDDs) da Aliansce, dona de 19 shopping centers, cresceram 130% no segundo trimestre, atingindo R$ 9,4 milhões; empresa espera redução na inadimplência até o fim do ano.
PEGN
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